Chorão: "cocaína potencializava o ódio dele", diz João Gordo
Por Igor Miranda
Fonte: UOL / Omelete
Postado em 06 de dezembro de 2019
O documentário "Chorão: Marginal Alado", sobre Chorão, falecido vocalista do Charlie Brown Jr, foi tema de um painel na CCXP, evento nerd/geek que acontece em São Paulo até domingo (8). O diretor Felipe Novaes, o roteirista Hugo Prata e os apresentadores João Gordo, Sarah Oliveira e Edgard Piccoli, todos ex-MTV Brasil, participaram do evento e deram depoimentos a respeito do cantor.
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Em meio à conversa com o público, João Gordo, também vocalista do Ratos de Porão, se recordou de muitas histórias com Chorão. Os dois viviam uma relação de amor e ódio: chegaram a brigar em uma premiação do Video Music Brasil (VMB), com direito a Gordo usar uma peixeira para se defender, mas logo fizeram as pazes.
O apresentador destacou que o colega "era muito amor e ódio". "Você tinha que falar bem da banda dele. Se fosse amigo, você tinha tudo. Se fosse inimigo, não tinha nada. Ele era muito louco. Cheirava pra caralho (...) A cocaína potencializa o ódio. O pouco de mal caráter que ele tinha multiplicava por algo gigantesco", afirmou, conforme relatado pelo UOL.
As histórias relacionadas com drogas protagonizaram os momentos mais divertidos do painel, segundo a publicação. "Uma vez, a Grazi, mulher dele, me convidou para discotecar na festa de aniversário surpresa dele", lembrou João Gordo. "Quando me viu, ele ficou muito feliz. Lá tinha daquelas buzinas de spray. Falei: 'Chorão, sabia que essa buzina te deixa louco?´. O negócio realmente dava um barato. E ele começou a experimentar. De repente só chega os pais deles olhando pra nós. Tipo: 'o que esses loucos estão fazendo cheirando buzina?'", completou.
Em outro momento, o vocalista do Ratos de Porão se recordou da homenagem feita a Chorão quando ele faleceu, em 2013. "Chorei muito quando ele morreu. E no dia resolvi fazer um baseado desse tamanho, um tabaco de baseado, e saí de carro para passar em frente ao prédio dele. Isso cheio de polícia, TV e fã, e eu fumando um pra homenagear o cara", disse.
Leia a matéria, na íntegra, no UOL.
'Não tinha como ser chapa-branca'
Os comentários mais específicos sobre o documentário "Chorão: Marginal Alado" ficaram a cargo do diretor Felipe Novaes e do roteirista Hugo Prata. Prata foi categórico ao dizer que "não tinha como fazer um filme chapa branca", conforme reportado pelo Omelete.
O roteirista destacou as escolhas que precisaram ser feitas para contar a história de Chorão em meio a tantos bons depoimentos. Nomes como Marcelo Nova, Serginho Groisman e Zeca Baleiro, além dos ex-VJs da MTV convidados para o painel, concederam depoimentos para complementar o longa, que explorou mais de duas mil horas de material.
"Para colocar em 70 minutos os 42 anos de um cara tão rico, a gente precisou fazer escolhas. Precisamos discutir o que queríamos contar", disse.
Hugo Prata afirmou, ainda, que a produção buscou mostrar todos os lados de Chorão. "A gente queria mostrar que ele tinha um lado muito mau, que ia para as manchetes do jornal, e outro muito benevolente. Ele era tipo um gangster brasileiro, né? Aquele cara que é agressivo, mas super bondoso com sua comunidade", declarou.
Leia a matéria, na íntegra, no Omelete.
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