Paul Stanley relembra como foi ouvir Van Halen pela primeira vez: "Mudou o jogo"
Por André Garcia
Postado em 08 de maio de 2025
Hoje em dia, em tempos de redes sociais, trends e virais, parece que a humanidade foi criativamente reduzida à mera mimese. Parece que todo mundo se limita a ver o que todo mundo está fazendo para fazer a mesma coisa atrás de curtidas.
No passado era o contrário: ao invés de fazer o mesmo que todo mundo, o pessoal buscava fazer o que ninguém tivesse feito ainda. Sobretudo nos anos 60 e 70, o rock era uma eterna corrida pela inovação, pela novidade, uma busca pela antecipação do futuro, da próxima grande tendência.
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Pelo menos uma vez por década surgia uma banda que mudava tudo: Beatles, Jimi Hendrix, Black Sabbath, Ramones, Van Halen, Joy Division, Guns N' Roses, Nirvana, Oasis… e assim caminhava a humanidade.
Gene Simons, baixista do Kiss, foi quem descobriu o Van Halen, quando eles ainda eram uma banda que tocava em festinhas pela Califórnia. Segundo Gene, ele quis apadrinhar a banda, mas não conseguiu convencer Paul Stanley e o empresário do Kiss, Bill Aucoin.
Se Paul realmente não se impressionou com o Van Halen à princípio, com o passar do tempo ele eventualmente deu o braço a torcer. Em vídeo disponível no YouTube ele relembrou:
"Eu conhecia! Van Halen soava demais no rádio. 'Runnin' With the Devil' soava ridiculamente [bem]. Tem certas coisas que são inegáveis, é só uma questão de observar o movimento das coisas. Quando aquele álbum [de estreia do Van Halen] saiu, mudou as regras do jogo. Toda banda com quem eles tocavam sofriam as consequências de ter eles fazendo a abertura. Porque eles eram uma força da natureza! Você não vai querer tocar depois daquilo."

Em entrevista para a Classic Rock Gene relembrou seu primeiro contato com o Eddie Van Halen no Starwood, em Hollywood, em 1976:
"Eu os vi naquela noite e fiquei incrédulo. Fiquei na frente do palco e não podia acreditar no que via e ouvia: era um homem fazendo todos aqueles sons com as mãos? Todo mundo na banda cantou e tocou ao vivo, e Eddie era uma verdadeira sinfonia de guitarra sozinho. Nos primeiros dias, às vezes Ed ficava de costas para a plateia porque não queria revelar seus truques. Mas mesmo que você visse como ele tocava aqueles riffs… como poderia possivelmente imitá-los?"
"Aí eu assinei a banda com a minha produtora, Man Of 1,000 Faces, voei com eles para Nova York e produzi uma demo para eles no Electric Lady Studios."

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