Marty Friedman: "Era como uma música pop, se você puder chamar assim."
Por Gustavo Maiato
Postado em 08 de maio de 2025
O guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, ex-integrante do Megadeth e do Angra, anunciou recentemente uma turnê que passará por cidades brasileiras entre maio e junho. As apresentações contarão com a presença de Marty Friedman, que tocou no Megadeth entre 1990 e 2000.
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"Pare o que está fazendo e leia essa notícia! Turnê do álbum Theory of Mind no Brasil com o convidado especialíssimo, Marty Friedman! Isso mesmo, dois mundos se encontrando no palco para uma experiência única e imperdível", diz o anúncio publicado no Instagram oficial de Loureiro.
Em entrevista concedida a Gustavo Maiato para o Whiplash.Net, Friedman refletiu sobre o shwo com Loureiro e relembrou sua passagem pela formação clássica do Megadeth, destacando o processo colaborativo entre os músicos na criação das faixas. Ao comentar o hit "Symphony of Destruction", maior sucesso comercial da banda, ele foi direto: "Talvez tenha sido nossa primeira música pop. Era como uma música pop, se você puder chamar assim."

Segundo o guitarrista, apesar dos créditos formais em cada composição, o trabalho em grupo era essencial. "Escrevi bastante sobre isso na minha autobiografia, Dreaming Japanese. Um ponto importante que destaquei é que, independentemente de quem assinava a faixa, os quatro membros trabalhavam exatamente o mesmo tempo na criação. Todo mundo participava desde o zero até a finalização da música", explicou.
Lançada no álbum "Countdown to Extinction" (1992), "Symphony of Destruction" se tornou a faixa mais ouvida do Megadeth em plataformas digitais — e, para Marty, foi um marco. "Naquele momento, eu já estava há quase dois anos na banda e me sentia mais confortável. E fiquei feliz com a canção, porque é preciso ter músicas com apelo mais popular se você quer alcançar um público maior."

Mas Friedman faz uma ressalva importante: o desafio era ampliar a base de fãs sem trair a essência do grupo. "Você pode fazer uma música pop, mas se perder seu público principal, não é o que a gente queria. E acho que conseguimos fazer isso sem perder os fãs de metal."
Sobre as diferenças entre as fases da banda, o guitarrista também foi categórico. "O Megadeth era uma grande banda antes de eu entrar e continuou sendo depois que saí. Mas minha era tem um som e um visual muito próprios. É algo bem diferente de todas as outras fases. E foi muito legal", afirmou.
Confira a entrevista completa abaixo.

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