A banda de Rock que foi a "Legião Urbana" dos anos 2000
Por Bruce William
Postado em 30 de janeiro de 2024
Neste corte da participação do jornalista e historiador do rock nacional Júlio Ettore no canal Manual do Homem Moderno, é abordada a relevância do Charlie Brown Jr. para o rock nacional nos anos noventa e 2000, em uma comparação do trabalho da banda com aquele feito pela Legião Urbana nos anos oitenta.
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Depois de deixar claro que a ideia não é comparar o talento do Chorão com o do Renato Russo, Júlio coloca na mesa sua opinião: "O único cantor e a única banda que conseguiu produzir a mesma relação afetiva e base de fãs e uma obra consistente e duradoura como a Legião Urbana depois da Legião Urbana, foi o Charlie Brown Jr" diz Júlio, explicando que ele faz parte desta geração, "que vai desde Os Raimundos até o CPM22", e o cara que mais conseguiu encantar foi o Chorão. "Ele falava um pouco com a galera do rock, porque o Charlie Brown tinha muito de rock", explica Júlio, "Mas ele também falava com a galera das ruas, com a galera do skate, com a galera do hip hop".
Neste ponto, Júlio destaca um aspecto que mudou muito entre os anos oitenta e os anos 2000: "As periferias cresceram muito no Brasil, as cidades se desenvolveram e nos anos noventa as coisas não estão tão concentradas em algumas capitais. Você tem as favelas crescendo, as periferias. E essas pessoas querem ser representadas. Alguém que fale por por elas, que não sejam aqueles meninos brancos lá do eixo Rio-São Paulo", diz, explicando ainda que Lobão, Cazuza e contemporâneos "eram loucões também", mas eram pessoas que viviam outra realidade. "Eram classe média. Eram doidões mas não eram da periferia. Eram um 'doidão da classe média'". E o Chorão representa um outro Brasil, um Brasil que se urbanizou, cujas desigualdades aumentaram e isto gerou uma série de tensões, e ele canta sobre isso".
No resto do vídeo, são abordadas também as mudanças na sonoridade da banda ao longo dos anos e a complexidade emocional e psicológica enfrentada pelo Chorão, destacando os desafios e a pressão que ele sentia em relação ao público e à sua própria carreira. Confira no player a seguir.

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