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Charlie Brown Jr: como Chorão foi corrompido após ficar rico, segundo Tadeu Patolla

Por Igor Miranda
Postado em 02 de agosto de 2021

O Charlie Brown Jr enfrentou um longo caminho até conquistar a fama. A banda foi formada em 1992 - embora o projeto anterior, What's Up, tenha sido criado ainda em 1990 -, mas a consagração perante o público só veio em 1997, quando eles conseguiram lançar o álbum de estreia "Transpiração Contínua Prolongada".

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A partir daí, o grupo liderado pelo vocalista Chorão foi agraciado com popularidade e, como consequência, bastante dinheiro. Nesse momento, o cantor começou a mudar sua postura nos bastidores, de acordo com o produtor Tadeu Patolla.

O profissional de estúdio falou sobre o assunto em entrevista ao À Deriva Podcast, com falas transcritas pelo Whiplash.Net. Segundo ele, Chorão passou a agir de forma diferente já a partir do segundo álbum da banda, "Preço Curto... Prazo Longo" (1999).

"Eu ficava maravilhado com o sucesso e com a realização dele, porque de repente, do nada, eles começaram a ganhar dinheiro - o Chorão mais ainda. Só que teve uma coisa ruim nisso: a partir do momento que eles começaram a ganhar dinheiro, e que o Chorão começou a ganhar dinheiro, ele deu uma transformada legal", afirmou, conforme transcrito pelo Whiplash.Net.

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O que, exatamente, mudou em Chorão? Patolla explica: "Ele parou de ser aquele cara mais calmo - que, de repente, te ouvia e que agradecia ao fazer alguma coisa - para ser um cara mais intransigente, com dinheiro na mão, sabe?". Por outro lado, ele deixa claro que o cantor "ainda era o Chorão que todos conheciam".

"Corrompido pelo sistema"

Especificamente no período do álbum "Preço Curto... Prazo Longo", que apresentou músicas como "Zóio de Lula" e "Te Levar", o frontman do Charlie Brown Jr "já estava meio doidão", de acordo com Tadeu Patolla. "No segundo disco, o Chorão já estava meio doidão, já tinha ganhado dinheiro, podia fazer o que queria. Saía com aqueles bolos de dinheiro. Vida de rockstar", disse.

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O comportamento do vocalista passou a ser de alguém que foi "corrompido pelo sistema", na visão do produtor. "O Chorão foi corrompido pelo sistema, pela indústria. Começou a ver aquilo e ficar: 'isso aqui é meu, aquilo é meu, quero tudo, não sei o que', sabe? Ficava aquela aquela tensão", declarou.

Nessa época, relembra Tadeu, houve uma briga entre Chorão e o também produtor Rick Bonadio, que estava atuando como empresário da banda. "Eles tiveram uma briga muito feia, porque o Rick era muito centralizador e quando a coisa não está do jeito que ele gosta, já faz cara feia. Chorão começou a desafiá-lo e eles brigaram. Era uma discussão musical e também pessoal", afirmou.

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Assim, ocorreu uma mudança no time de produção do Charlie Brown Jr. Enquanto os dois primeiros álbuns foram gravados por Rick Bonadio e Tadeu Patolla, o terceiro disco, "Nadando com os Tubarões" (2000), teve seu processo conduzido somente por Patolla. Brigas entre os músicos também começaram a rolar nesse período.

"Eles já tinham muito dinheiro, então a pré-produção do 'Nadando com os Tubarões' foi feita no Guarujá, em uma casa que eles alugaram. Montaram um estúdio, eu ia todo dia. Depois dessa pré-produção, teve muita briga entre eles, por causa da intransigência do Chorão e da falta de entendimento de alguns integrantes de que o Chorão era o cara, o frontman, ele dava a letra e resolvia. Era sobre tudo: sobre música, coisas pessoais... foi uma época muito difícil", afirmou.

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Dificuldade em estúdio

Em 2000, após a pré-produção no Guarujá, o Charlie Brown Jr entrou em estúdio para gravar "Nadando com os Tubarões". Tadeu Patolla destaca que, especialmente por conta de Chorão, o álbum foi produzido "em uma situação muito louca".

"O Chorão estava completamente louco, completamente fora da casinha. [...] Fiz esse disco no meio de uma situação muito louca. Era o dia inteiro essa galera dentro do estúdio. Cheio de gente. Só gente do rap. [...] Os caras não faziam tanta baderna, mas o Chorão estava muito louco. Tinha dia que ele não ia ao estúdio. Já estava com o jogo ganho. E a EMI pagando tudo", declarou.

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Ele completou: "Tinha dia que simplesmente não tinha gravação. Ele não ia. Marcava com um cara de fazer a voz, ou alguma coisa, mas não ia. Ficava aquele estúdio vazio o dia inteiro, sendo cobrado por hora - sei lá, R$ 200 por hora -, sem produtividade. Foi muito difícil".

Apesar de ter sido "corrompido pelo sistema", nas palavras de Tadeu Patolla, Chorão continuou afiado em termos artísticos. A música "Rubão (O Dono do Mundo)", inclusive, nasceu da visão que o próprio vocalista tinha da indústria musical.

"Chorão escolheu 'Rubão' para ser a primeira do disco. Rubão era, na cabeça dele, o presidente da gravadora. Era o Aloísio Reis. No clipe, eles pegam um cara de limusine, de cabelo branco, igual ao Aloísio, para ilustrar o que ele chamava de 'nadar com os tubarões'. Ele já estava sacando que a galera só queria sugar ele. Essa foi uma das revoltas dele", comentou.

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O trecho da entrevista em que Patolla fala sobre o assunto pode ser assistido a seguir.

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O vídeo completo do bate-papo pode ser visto abaixo.

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Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
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