Charlie Brown Jr: Músicos dão sequência ao festival O Som das Palafitas
Por André Azenha
Postado em 21 de outubro de 2020
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Até 28 de novembro nomes como Hamilton de Holanda, Moreno Veloso, Davi Moraes e Armandinho Macedo, entre outros, se apresentam no festival. Lives têm cunho social, visando arrecadar fundos para a compra de equipamentos e reforma da fachada da ONG. Lives têm cunho social, visando arrecadar fundos para a compra de equipamentos e reforma da fachada da ONG.
O festival O Som das Palafitas tem levado anualmente apresentações musicais – gratuitas - de nomes como Armandinho Macedo, Luiz Caldas, Geraldo Azevedo, Hamilton de Holanda e A Cor do Som ao Dique da Vila Gilda, em Santos, comunidade onde mais de 25 mil pessoas vivem sobre palafitas, a maior favela do gênero no país e uma das maiores da América Latina.
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A iniciativa do Instituto Arte no Dique e presente no calendário oficial da cidade busca promover a democratização do acesso à cultura, a formação de plateia para a música brasileira, o fomento da economia criativa local (moradores da comunidade podem armar barraquinhas e comercializar seus produtos), e o intercâmbio entre músicos consagrados da música popular brasileira e artistas regionais, que sempre abrem os shows.
Em virtude da pandemia do coronavírus, O Som das Palafitas é realizado online este ano. Se há a perda do contato próximo entre artistas e público, por outro lado o evento pode ser acompanhado em qualquer parte do mundo e ganha caráter filantrópico. Durante os shows, transmitidos na página do Facebook da instituição no formato live, há um QR Code no qual as pessoas poderão fazer doações. O valor arrecadado será usado para a compra de equipamentos utilizados pela entidade e instrumentos para as oficinas musicais, e também para a reforma da fachada da entidade.
Maior edição já realizada e homenagem a Moraes Moreira
Outro diferencial que chama a atenção é o aumento do número de atrações e também os destaques de alcance nacional. Em comum, todos os shows contarão ao menos com uma canção composta por Moraes Moreira, homenageado pelo projeto. O cantor e compositor baiano, que faleceu em 13 de abril, é um dos patronos do Arte no Dique. O presidente do instituto, José Virgílio Leal de Figueiredo é conterrâneo de Moraes e foi amigo do autor de clássicos como Acabou Chorare, Preta Pretinha e Pombo Correio, entre muitos outros hits. Moraes já se apresentou no espaço e batiza o estúdio da organização social. "Foi alguém fundamental na história do Arte no Dique, que nos ajudou a abrir portas, trouxe credibilidade para a ONG e levou o nosso nome Brasil agora", ressalta José Virgílio.batiza o estúdio da organização social. "Foi alguém fundamental na história do Arte no Dique, que nos ajudou a abrir portas, trouxe credibilidade para a ONG e levou o nosso nome Brasil agora", ressalta José Virgílio.
Fase nacional
Após dez apresentações musicais com nomes importantes da música santista, acontece a fase nacional do festival O Som das Palafitas. A cantora Sandra de Sá abriu a gaenda no último dia 10, seguida de José Gil e Maria no dia 17.gaenda no último dia 10, seguida de José Gil e Maria no dia 17.
Os shows seguem com os músicos do Charlie Brown Jr. (24 de outubro), Hamilton de Holanda (31 de outubro), Moreno Veloso (7 de novembro), Gilmelândia e Luciano Calazans (14 de novembro), Davi Moraes (21 de novembro) e Armandinho Macedo (28 de novembro) formam o line up do evento. Este último também será o mestre de cerimônias destas apresentações. Os shows acontecem sempre às 20h, ao vivo, e são transmitidos pela página www.facebook.com/artenodique.
Programação:
24.10 – Músicos do Charlie Brown Jr
31.10 - Hamilton de Holanda
07.11 – Moreno Veloso
14.11 - Gilmelândia e Luciano Calazans
21.11 - Davi Moraes
28.11 – Armandinho Macedo
Sobre o Arte no Dique
28 de novembro de 2002. Nessa data foi lançada a pedra fundamental do Instituto Arte no Dique. Passados 17 anos, mais de 15 mil pessoas, em grande parte moradores do Dique da Vila Gilda, em Santos, frequentaram as oficinas da instituição, tiveram acesso à cultura e à arte. "Cultura como um todo", como costuma dizer o presidente da ONG, José Virgílio Leal de Figueiredo, já que o Arte no Dique trabalha, com seus colaboradores, alunos, frequentadores, parceiros, a questão da cidadania. Desde a entrega semanal de leite para a comunidade, até as oficinas de percussão (que deram início ao projeto), violão, dança, informática, customização, as exibições de filmes seguidas de debates, shows. Artistas de renome como Gilberto Gil, Moraes Moreira, Sergio Mamberti, Lecy Brandão, Wilson Simoninha, Hamilton de Holanda, Armandinho Macedo, Luiz Caldas, Geraldo Azevedo, Luciano Quirino, entre outros, já se apresentaram no espaço.
Diariamente, cerca de 600 pessoas participam do projeto, que tem a missão de oferecer oportunidade de transformação e desenvolvimento humano e social a crianças, adolescentes, jovens e adultos através da participação da comunidade em ações educativas, de geração de renda, meio ambiente e valorização da cultura popular da região. O trabalho sério, que gerou importantes resultados inclusivos, levou a instituição a tornar-se referência em inclusão social, no Brasil e no exterior, sendo convidada diversas vezes festivais e congressos.
Sobre o Intercâmbio cultural:
O Intercâmbio Cultural Internacional teve início em 2012. Desde lá, os participantes do Arte no Dique tiveram a oportunidade de visitar e receber artistas e empreendedores sociais de diversos países da América do Sul e Europa. Com isso, foi possível oportunizar a troca, vivência e ganho de repertório cultural e social de crianças e jovens e de todo o público envolvido nessa ação.
Ao longo desse período, dois jovens que frequentavam as oficinas de percussão do Instituto Arte no Dique decidiram viver profissionalmente em solo europeu, eles são: Gabriel Prado, 22 anos, morador de Bari na Itália onde vive há quatro anos, e Jorge Henrique, da mesma idade, morador de Marselha, na França, há dois anos.
Em 2019, oito crianças entre 07 e 12 anos, moradores do Dique da Vila Gilda e de bairros vizinhos, estão realizando ensaios diariamente para uma nova oportunidade. A experiência foi repetida em 2020, com nove crianças. Tal jornada em outro país permite, ainda que por alguns, aos envolvidos encontrar um "novo mundo", onde têm acesso a outros hábitos, costumes, identidades, gastronomia, idiomas, horizontes, enfim, cultura.
Hoje o Arte no Dique faz parte do projeto Scholas Ocurrentes, do Vaticano.
Outras informações:
www.artenodique.com.br
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