Charlie Brown Jr: a reação inusitada de fã atingido por skate de Chorão em Portugal

Além de ser um fenômeno no Brasil, o Charlie Brown Jr era bastante popular em Portugal. Um episódio peculiar envolvendo uma lesão provocada em um fã pelo skate do vocalista Chorão mostra como a banda brasileira era adorada em território lusitano.

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A história é contada pelo jornalista Sérgio Martins em texto especial para a GQ Brasil. O artigo busca resgatar algumas histórias de Chorão, falecido em 2013, que não constam no novo documentário sobre ele, "Chorão: Marginal Alado".

O "causo" rolou quando o Charlie Brown Jr, que chegou a intitular seu quinto álbum de estúdio como "Bocas Ordinárias" (2002) devido a uma expressão típica de Portugal, foi escalado para se apresentar no festival Rock in Rio Lisboa de 2004. "O quarteto inflamou o público lusitano com sua mistura de rock, funk, reggae e hip hop", lembra, inicialmente, Sérgio Martins.

Em dado momento do show, o impulsivo Chorão atirou em direção ao público um skate - e acabou acertando a cabeça de um fã português, "fazendo-o sangrar em profusão". O homem foi atendido pelo serviço local de emergência e, horas depois, apareceu enfaixado no camarim do Charlie Brown Jr.

Será que o rapaz queria tirar satisfação com Chorão? Pretendia anunciar que iria processar a banda ou denunciá-la à polícia local por conta daquele episódio? Buscaria algum tipo de indenização informal?

Nada disso. Conforme revelado por Sérgio Martins: "Os roqueiros temem pelo pior, só que o rapaz saca um CD do Charlie Brown Jr., pede um autógrafo para o vocalista e diz: 'mas tens uma pontaria, não?'".

O jornalista concluiu: "Situações inusitadas como essa (sim, ele também feriu outras pessoas ao atirar skate no meio do povo em shows pelo Brasil afora) sempre fizeram parte do dia a dia de Chorão [...]. Era um roqueiro nato, com todas as confusões, vitórias, contradições e vícios que marcam a trajetória de muitos heróis desse gênero. A precoce despedida da vida, o comportamento irreverente e as letras das canções, que iam do confessional à autoajuda, o transformaram em um ícone da juventude".

A íntegra do artigo de Sérgio Martins sobre Chorão, com histórias que não constam no documentário "Chorão: Marginal Alado", pode ser lido no site da GQ Brasil. O filme, por sua vez, já está disponível para reprodução paga nas plataformas on-demand Now, Google Play, Apple TV, Vivo Play, Looke e YouTube.

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