Cantor do Cogumelo Plutão desmente boato de namoro com Renato Russo

O cantor Blanch Van Gogh, conhecido por liderar a banda Cogumelo Plutão, negou um boato antigo envolvendo seu nome e o de Renato Russo. Em entrevista ao canal MPB Bossa, ele foi direto: "Nunca fui namorado dele, como muita gente ficou dizendo por aí."

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O músico afirmou que sua relação com o líder da Legião Urbana sempre foi baseada em amizade e admiração mútua. "Quer entender o que era eu e Renato? Era como se fosse um encontro de expressionistas. A gente discutia técnica, literatura, cinema, fotografia... trocávamos informações. Era nesse nível", disse.

Segundo Blanch, o respeito vinha também do talento musical. "Ele tocava três ou quatro instrumentos. Eu já tocava 16 naquela época. Renato sempre me respeitou muito por isso." O primeiro contato entre os dois aconteceu por meio do primo de Renato, Zeido, com quem Blanch dividia uma banda chamada Quarto do Roque. O grupo ensaiava na Rua Maraú, na Ilha do Governador, em frente à casa da família Manfredini.

O episódio que aproximou os músicos foi um show realizado na Casa do Marinheiro, justamente no dia 27 de março, aniversário de Renato. O baixista da banda havia morrido de overdose e Blanch assumiu o posto de última hora. "Tive que aprender dez músicas em um dia", recorda.

Ele também menciona ter conhecido a então namorada de Renato, presente no evento, reforçando o caráter íntimo, mas jamais romântico, da convivência. "A gente se encontrava, falava sobre música dos anos 70, muitas que eu nem conhecia. Não tinha desrespeito. Era uma amizade intelectual."

O depoimento vem em meio a um crescente interesse por memórias da cena musical brasileira dos anos 1980, frequentemente marcada por mitos, exageros e confusões. Blanch, no entanto, faz questão de manter os pés no chão ao lembrar do passado: "O Renato era introspectivo, quase como Van Gogh. Genial. Mas o melhor da música dele ainda estava por vir."

Confira a entrevista completa abaixo.