O que João Gordo, Nando Reis e outros músicos brasileiros pensavam dos Mamonas Assassinas
Por Mateus Ribeiro
Postado em 01 de junho de 2025
Na segunda metade da década de 1990, um grupo de jovens irreverentes conquistou a atenção de milhões de brasileiros. Misturando rock com outros ritmos e uma boa dose de escracho, o quinteto dominou as rádios e marcou presença em programas de TV como Domingo Legal e Domingão do Faustão.
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Estamos falando dos Mamonas Assassinas, liderados pelo carismático vocalista Alecsander Alves, o Dinho. Com apenas um álbum lançado — homônimo —, o conjunto emplacou sucessos como "Pelados em Santos", "Vira-Vira", "Robocop Gay" e "Chopis Centis".

Em dezembro de 1995, no auge da fama, a revista Bizz publicou uma edição especial com depoimentos de músicos brasileiros sobre o fenômeno. João Gordo, vocalista do Ratos de Porão, fez críticas contundentes: "São uns sortudos que a mídia pegou pra sugar e jogar fora. Acho o som deles ridículo, mas o Brasil é ridículo também."
Bruno Gouveia, vocalista do Biquini Cavadão, adotou um tom mais moderado. O cantor também comentou a intensa exposição que o grupo vinha recebendo: "Eu respeito o trabalho deles. O que me espanta é o auê que a mídia está fazendo."
Roger Moreira, do Ultraje a Rigor, demonstrou ceticismo em relação ao grupo. Ele rejeitou as comparações com sua própria banda: "Não acho muito engraçado. Ficam comparando os Mamonas com o Ultraje, mas não tem nada a ver."

Na contramão das críticas, Nando Reis, então baixista e vocalista dos Titãs, elogiou os Mamonas. Seus filhos também curtiam o som feito por Dinho e companhia: "Tenho dado boas risadas com eles. Eles são legítimos e meus filhos adoram."
Dado Villa-Lobos, guitarrista da Legião Urbana, expressou simpatia pelos Mamonas. Apesar de não ouvir o estilo em casa, reconheceu o trabalho dos colegas de profissão: "A banda que desbancou o Legião! Não é o tipo de música que eu ouço em casa, mas eles são ótimos."
Infelizmente, os integrantes dos Mamonas Assassinas não se encontram mais entre nós. Três meses depois que a reportagem da Bizz foi publicada, todos eles faleceram em um acidente aéreo. Leia mais sobre esse triste episódio na nota a seguir.

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