O roqueiro brasileiro que Herbert Vianna revelou que gostaria de ser
Por Bruce William
Postado em 16 de junho de 2025
Um detalhe curioso sobre o começo da Legião Urbana veio à tona com o lançamento de "Será! Crises, Genialidade e um Som Poderoso", livro de José Emílio Rondeau (Amazon). Além de expor as tensões do estúdio, Rondeau conta como Herbert Vianna, já em ascensão com os Paralamas do Sucesso, foi peça-chave para a Legião sair do anonimato em Brasília.
Paralamas Do Sucesso - + Novidades

Na época, Herbert e os Paralamas faziam sucesso com faixas como "Vital e Sua Moto" e "Cinema Mudo", mas foi a música "Química" que chamou a atenção de Jorge Davidson, diretor artístico da EMI. Impressionado com a letra, ele quis saber quem era o autor. Foi quando Herbert não escondeu a admiração: "Renato é tudo o que eu gostaria de ser", contou em fala publicada no Brazil Journal, deixando claro o respeito pelo colega de geração.
Enquanto isso, o próprio Renato Russo tentava abrir portas por conta própria. Antes de fundar a Legião com Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, ele circulava por gravadoras usando o codinome Trovador Solitário, apostando em fitas demo carregadas de influências punk e folk.

Com a bênção de Herbert, o trio de Brasília ganhou força dentro da EMI, que escalou Rondeau, Mayrton Bahia e o engenheiro Amaro Moço para gravar o disco. O resultado, lançado em fevereiro de 1985, um mês após o primeiro Rock in Rio, combinou produção crua, letras afiadas e um amálgama de punk, folk e pitadas de disco music, criando a identidade que abriria o caminho para o boom do rock brasiliense.
Hoje, quatro décadas depois, aquele elogio do Herbert ainda soa como uma síntese: o roqueiro que ele queria ser moldou uma banda que, entre erros de gravação e versos copiados aqui e ali, ajudou a dar nova cara ao rock nacional.

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