A música "incomum" e "bizarra" que virou um dos grandes clássicos do Século XXI
Por Mateus Ribeiro
Postado em 19 de maio de 2025
O produtor americano Frederick Jay "Rick" Rubin tem um currículo impressionante. Em atividade desde a década de 1980, ele trabalhou com diversos nomes consagrados do rock e do heavy metal, como Red Hot Chili Peppers, Danzig, Johnny Cash, Audioslave, Limp Bizkit, Slayer, Metallica e Slipknot.
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Rick assina a produção de álbuns que se tornaram verdadeiros clássicos. Entre eles está "Toxicity", o segundo trabalho de estúdio da banda armênio-americana de nu metal System of a Down. Lançado em setembro de 2001, o disco mescla elementos de estilos diversos — do metal alternativo ao rock progressivo, passando pela música tradicional armênia.

Com mais de 10 milhões de cópias vendidas, "Toxicity" foi o disco que colocou o System of a Down no radar da música pesada mundial. E a canção que mais se destacou foi a sexta faixa do álbum: "Chop Suey!", que ainda hoje permanece como o maior sucesso da banda.
"Chop Suey!" faz parte da trilha sonora da vida de Rick Rubin — pelo menos é o que sugere uma entrevista concedida por ele à Rolling Stone, em 2016, para a série "My Life in 21 Songs". O produtor relembrou sua reação ao ver a banda pela primeira vez:
"Quando vi System of a Down pela primeira vez, gostei tanto deles que fiquei rindo. Não havia nenhum ponto de referência. Era muito incomum. É música pesada, mas muita música pesada soa muito parecida. Esta, apesar de pesada, é divertida, muito dançante e cheia de groove. E a emoção das apresentações realmente me atinge. Eu adoro isso."

Na mesma entrevista, Rubin contou que o título original da música seria "Self-Righteous Suicide", mas a gravadora vetou a ideia. "Era a Columbia de novo, como aconteceu com o Slayer", lembrou o produtor, referindo-se à polêmica envolvendo "Angel of Death". "Lembro que eu queria brigar para manter o título, mas a banda decidiu: ‘Vamos chamá-la de 'Chop Suey!', o que achei meio engraçado."
A estrutura fragmentada da música também chama atenção. Para Rubin, esse aspecto é parte do charme da faixa, que ele descreve como "incomum" — mas com um refrão digno de nota:
"É uma música incomum porque o verso é muito frenético. O estilo é muito fragmentado e incomum. É difícil de cantar e, sem dúvida, difícil de ouvir, mas o refrão é grande, alto, emotivo, vibrante e lindo."

Mais de duas décadas após o lançamento, "Chop Suey!" soma mais de 1,5 bilhão de reproduções no Spotify. O número impressiona, especialmente considerando a estrutura pouco convencional da música. Para Rick Rubin, o sucesso alcançado por uma faixa tão fora dos padrões é algo verdadeiramente surpreendente:
"É uma música muito incomum, e o fato de ter se tornado um sucesso é realmente incomum, porque é uma música muito bizarra (...).
Você não tem nenhuma perspectiva sobre algo assim na primeira vez que ouve. Mas o que é tão empolgante nessa banda é como eles pegam essas ideias incomuns e as executam em alto nível. Eles conseguem pegar algo que parece muito estranho e transmiti-lo de uma forma que você pode ver como algo bonito. Isso força você a abrir sua mente."

O clipe de "Chop Suey!" também superou 1 bilhão de reproduções no Youtube. Se quiser aumentar esses números, basta acessar o player abaixo e curtir essa música "bizarra". Boa diversão!

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