A formação que o Angra vai ter quando retornar do hiato, segundo Rafael Bittencourt

O Angra fez uma pausa em sua carreira. Após uma turnê comemorativa pelos 20 anos do disco "Temple of Shadows" (2004), a banda encerrou temporariamente suas atividades no domingo dia 3 de agosto, com um show no Tokio Marine Hall, em São Paulo.

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A decisão pelo hiato, segundo os músicos, não veio de um momento de crise — ao contrário, foi tomada enquanto o grupo atravessa uma de suas melhores fases em termos de entrosamento, maturidade e criatividade. Em entrevista à Igor Miranda da Rolling Stone Brasil, o guitarrista e fundador Rafael Bittencourt revelou que a ideia é que, quando o retorno acontecer, a formação atual seja mantida.

"A ideia é voltar com essa formação do Angra", afirma Bittencourt. "A pausa é pela quantidade de compromissos, turnês e shows. É um freio necessário. Mas se houver um convite legal, uma celebração especial, festival… estamos abertos. Isso não significa iniciar um novo álbum ou turnê agora, mas se for algo pontual, pode acontecer."

A formação atual do Angra é composta por Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli (baixo), Fabio Lione (vocal), Marcelo Barbosa (guitarra) e Bruno Valverde (bateria). Embora três deles não tenham participado da gravação de "Temple of Shadows", todos participaram ativamente da turnê comemorativa, sendo elogiados pela entrega e pela interpretação respeitosa do repertório.

Durante a conversa, Bittencourt e Andreoli reforçaram que a pausa foi decidida para evitar um desgaste maior. Segundo eles, após uma sequência intensa de lançamentos, turnês e projetos paralelos, era hora de recarregar as baterias e dar atenção a outras áreas da vida. "Se está tudo tão bom, é melhor parar agora do que esperar implodir", observa Bittencourt. "Com 34 anos de história, nosso legado é forte. A pausa não é o fim. É preservação."

Felipe Andreoli acrescenta: "O que nos permite fazer essa pausa é o bom momento que estamos vivendo. Não fomos forçados a parar. É algo pensado, planejado e que todos entendem como necessário. E quando voltarmos, tenho certeza de que será ainda melhor."

A duração do hiato ainda é indefinida — dois ou três anos são cogitados, mas não há nada fechado. O que está claro, no entanto, é que o Angra quer retomar as atividades com a mesma força e unidade que construiu ao longo das últimas décadas. A pausa não representa um adeus, mas sim um "até logo". E, segundo Rafael Bittencourt, com a mesma formação.