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Kiss: Análise vocal de Paul Stanley

Por Danilo F. Nascimento
Postado em 22 de maio de 2014

Stanley Eisen Bert, também conhecido como Paul Stanley, é a voz por trás de uma das bandas mais emblemáticas da história do rock, o Kiss.

Paul Stanley nasceu dia 20 de janeiro de 1952, em Manhattan (USA).

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Classificação vocal:

Timbre - Tenor Lírico-Spinto
Faixa cantada - E2-B5
Alcance total - E2-F6

Paul Stanley cresceu em uma família rígida, que cobrava excessivamente bons desempenhos escolares deles. Além disto, seus pais eram judeus e obcecados por música clássica, e obrigavam Paul a ouvir e estudar música clássica, tendo ele começado pelo piano.

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Entretanto, Paul gostava mesmo era de rock n' roll. Ele ficará encantado quando conheceu os Rolling Stones e os The Beatles nos anos 60. Ao chegar da escola, burlava s aulas d piano para ficar em seu quarto assistindo à programas de Tv que traziam os Stones e os Beatles para tocar ao vivo.

Desde então, Paul soube exatamente o que queria fazer da vida, decidindo então largar o piano, e se envolver com a guitarra.

Desde criança, Paul era teatral e glamouroso, e segundo ele próprio, a ideia para as maquiagens do Kiss estavam diretamente ligadas ao fato de que a maquiagem daria visibilidade à banda.

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"Você sabe, não éramos tão bons musicalmente como os Beatles ou os Stones, aliás, ninguém era. Então nós tínhamos que ter um diferencial, algo que extrapolasse os limites da música, algo que nos desse visibilidade, e a maquiagem foi a alternativa perfeita para isso."

Esta declaração descarta, de uma vez por todas, toda e qualquer hipótese de que o Kiss tenha copiadao o seu visual do grupo brasileiro Secos e Molhados, outra excelente banda, que merece ser respeitada, mas que inoportunamente declara que o Kiss os copiava.

Paul sempre soube que não seria um musicista clássico como seus pais queriam, e sim um rockstar, por este motivo, a sua maquiagem traz uma estrela em seu olho.

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Ainda nos anos 60, Paul conhecerá um jovem judeu que odiava a sua religião e tudo que ela pregava. Tratava-se de Chaim Witz, que logo rebatizou-se para Eugene Klein, e em seguida Gene Simmons, e o resto da história, bem, o resto da história todo mundo conhece, formava-se aí o embrião do que viria a ser o Kiss, antes chamado de Wicked Lester.

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Cantar para Paul Stanley era uma consequência, o que ele queria mesmo era tocar guitarra, noite após noite, custe o que custar. Porém, na falta de um frontman oficial, Stanley colocou-se à disposição para, além de tocar guitarra, cantar na Wicked Lester, e a partir daí, dava-se início a trajetória de um dos maiores vocalistas da história do rock.

Com a prática contínua, Paul passou a soar cada vez melhor, se compararmos o álbum homônimo da banda, lançado em 1975, com o espetacular Love Gun, de 1977, notaremos que a voz de Stanley passará a soar ainda melhor, muito embora ele exagerasse na utilização de algumas técnicas vocais sem prévio conhecimento delas.

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Geralmente, quando uma banda é contratada por uma gravadora, a mesma coloca um fonoaudiólogo à disposição do cantor, para alavancar o desempenho vocal, e dar possibilidade dele evoluir gradativamente. No caso de Paul, a evolução era nítida, muito embora ele não desse a devida importância as consultas fonoaudiólogas e exagerasse consideravelmente ao vivo, gritando a plenos pulmões sem suporte técnico para isto.

Embora ainda possuísse algumas dificuldades nas regiões dos graves, Paul se sobressaia com os seus agudos imponentes e de difícil reprodução.

Os agudos de Paul são consequência de uma forma de cantar cujas pregas vocais são esticadas em seu limite, proporcionando profundidade, densidade e agudos contundentes.

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Embora Paul frequentasse fonoaudiólogos e conhecesse exercícios que fortaleciam a musculatura de suas cordas vocais, proporcionando-lhe conhecimentos elementares para cantar, ele, certamente, exagerava ao vivo. Gritava até quando não precisava, e ele pagaria um preço caro por isto no futuro.

Sua voz continuava soando bem para os ouvintes, mas da forma como cantava, era absolutamente natural que um dia a sua voz iria apresentar problemas.

Paul sempre abusou exageradamente dos falsetes, sem conhecimento prévio para isto, além disto, ele cantava por intermédio da garganta, e não do palato mole, o que é um verdadeiro suicídio para qualquer cantor.

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É absolutamente plausível considerar que a utilização de falsete, sem a técnica apropriada, causa sérios problemas às cordas vocais. Stanley utilizava falsete somente com a garganta, reverberando a sua voz no peito de maneira errônea, sem obedecer as zonas de passagem.

No final dos anos 70, Paul se viu em uma delicada situação, sua voz estava estraçalhada e ele precisava de ajuda para controlar e dominar sua própria voz.

No início dos anos 80, Paul chegou as mãos do professor Ron Anderson, considerado, até hoje, o melhor professor de técnicas vocais voltadas para rock, do mundo.

Confira Ron dando uma demonstração de suas aulas:

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Observem a desenvoltura do professor, não há tensão em sua garganta e sua voz soa absolutamente natural e potente, com impostação perfeita e invejável. É, Paul Stanley, definitivamente, estava em boas mãos.

Entre alguns dos profissionais que já passaram pelas mãos de Ron Anderson estão:

- Chris Cornell
- Daughtry
- Axl Rose
- Jared Leto
- Chad Kroeger
- Tom Kiefer
- M. Shadows
- Jack Russell
- Cedric Bixler-Zavala
- Dokken
- Lenny Kravitz
- Michael Bolton
- Jerry Cantrell
- Layne Staley
- William DuVall
- Miles Kennedy
- Lita Ford

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Ron Anderson trabalhou arduamente para que Paul adquirisse técnicas imprescindíveis para um bom desempenho vocal, além de ter diagnosticado a sua tessitura, até então desconhecida pelo próprio cantor.

E os resultados foram plenamente satisfatórios, em álbuns como Creatures of the Night e Lick It Up a evolução técnica de Paul é notável, ele adquirirá maior controle sobre a sua extensão vocal, embora ele ainda ultrapassasse seus limites, no que tange a utilização de falsetes ao vivo.

Entre as técnicas desenvolvidas por Paul Stanley estavam o belting pleno (voz mista com predominância da musculatura tireoaritenóidea e selamento glótico pleno, resultando acusticamente em notas agudas encorpadas), o mixed voice (voz mista com TA e CT trabalhando sinergicamente e selamento glótico pleno, resultando acusticamente em notas agudas encorpadas), ora acompanhados de drives de epiglote, ora de vibratos laríngeos.

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Conceitos e termos acima são de cortesia do treinador vocal Ariel Coelho. Para mais informações:
http://www.arielcoelho.com.br/analises-vocais/

O autor que vos escreve, considera o período entre 1983 e 1999 a melhor fase da voz de Paul Stanley, tecnicamente falando.

Em 1999, Paul estava passando por uma excelente fase, tanto que foi convidado para o papel principal do musical "O Fantasma da Ópera", onde cantou divinamente bem.

A performance pode ser aferida abaixo:

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A conceituada revista Hit Parader classificou Paul Stanley como o 18º, em uma lista que visava externar os maiores vocalistas da história do metal.

Confira abaixo algumas performances de Paul, elencadas de acordo com os seus respectivos registros:

Notas altas significativas

F6 ("Lick It Up" live in Fresno 2003)

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D6 ("Detroit Rock City" live in Copenhagen 1984)

C♯6 ("Shout It Out Loud" live in Los Angeles 1977)

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C6 ("Cold Gin")

B5 ("I'm Alive", "Rock and Roll All Nite" live in Charlotte 1985, "Uh! All Night" live in Charlotte 1985)

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B♭5 ("Lick It Up")

A5 ("I Was Made for Lovin' You", "100,000 Years" live in New York 1973, "Rock and Roll All Nite" live in Charlotte 1985)

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G♯5 ("Keep Me Comin'", "100,000 Years" live in Detroit 1995, "Whole Lotta Live" live in Dusseldorf 1984)

G5 ("You Love Me To Hate You", "Whole Lotta Love" live in Oulu 1983/London 1984/Poughkeepsie 1987)

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F♯5 ("Communication Breakdown", "Detroit Rock City" live at Donington 1988, "Detroit Rock City" live in Oslo 1988, "Get All You Can Take", "Lick It Up" live in Oslo 1988, "Love Gun" live in Philadelphia 1987, "My Way" demo, "Won't Get Fooled Again" live)

F5 "Heaven's On Fire" live in New York 1988, "I Stole Your Love" live in Sao Paulo 1994, "Hooligan" live in Houston 1977, "Makin' Love" live in Sao Paulo 1994, "My Way", "Shocker", "Rise To It", "Tears Are Falling" live in New York 1988)

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E5 ("Crazy Crazy Nights" live in Monsters of Rock 1988, "Gimme More", "King Of The Mountain", "Lick It Up", "Radar For Love", "Read My Body", "Strutter" live at Donington Park 1988, "Shocker", "Time Traveler", "Under The Gun", "Won't Get Fooled Again/Paul's Speech" live in New Haven 1985)

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E♭5 ("Cold Gin", "Crazy Crazy Nights", "God Gave Rock 'N' Roll To You II", "Heart Of Chrome", "I Just Wanna", "I'll Fight Hell To Hold You", "I Stole Your Love", "I Was Made For Lovin' You" live, "King Of The Mountain", "Love Gun", "Psycho Circus", "Silver Spoon", "Tears Are Falling")

D5 ("A Million To One", "Creatures Of The Night", "Danger", "Heaven's On Fire", "Hide Your Heart", "I Still Love You", "I've Had Enough (Into The Fire)", "Jungle", "Master & Slave", "Rise To It", "Room Service", "Shocker", "Take It Off", "Tough Love", "Who Wants To Be Lonely")

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C♯5 ("Forever", "Heaven's On Fire", "In The Mirror", "It Never Goes Away", "I Just Wanna", "I Want You", "Lick It Up", "Master & Slave", "Nowhere To Run", "Shocker", "Spit")

C5 ("Detroit Rock City", "Down On Your Knees", "I Pledge Allegiance To The State Of Rock & Roll", "I Stole Your Love", "I Will Be There", "Rain", "Tears Are Falling", "Turn On The Night")

B4 ("A Million To One", "Crazy Crazy Nights", "Exciter", "Forever", "Hide Your Heart", "God Gave Rock And Roll To You II", "I Still Love You", "I Was Made For Lovin' You", "I've Had Enough (Into The Fire)", "Love Gun" from 1980s performances, "Strutter" from 1980s performances, "Sword And Stone", "Tears Are Falling" from 1980s performances, "Thrills In The Night," "Who Wants To Be Lonely", "Young And Wasted")

B♭4 ("100,000 Years," "Creatures Of The Night", "God Of Thunder" (Paul Stanley Demo), "I Still Love You" live Unplugged 1995, "I Want You", "Live To Win", "Love Gun", "Magic Touch", "Modern Day Delilah", "Psycho Circus", "Shout It Out Loud", "Strutter", "Sure Know Something" live Unplugged 1995, "The Oath")

Notas baixas significativas

E2 ("It's Not Me")

F♯2 ("Paul's Story/Love Gun" live in Charlotte 1985)

G2 ("I Will Be There", "Star Spangled Banner" live)

G♯2 ("It Never Goes Away", "Music Of The Night" live, "Shandi" live in Sydney 1997)

A2 ("Dreamin'")

B♭2 ("I Was Made For Lovin' You" re-recorded version, "Loving You Without You Now", "Psycho Circus", "Stand")

B2 ("Everytime I See You Around", "I Was Made For Lovin' You", "I Will Be With You (Where The Lost Ones Go)", "Shandi", "The Phantom of the Opera" live)

C3 ("I Will Be There", "Live To Win")

C♯3 ("Rain," "Master & Slave," "Say Yeah," "It Never Goes Away")

D3 ("Jungle," "Read My Body")

E3 ("I Will Be With You (Where the Lost Ones Go)", "Sword and Stone")

Tenho visto algumas pessoas com dúvidas pertinentes no que tange as notas alcançadas pelos vocalistas que venho analisando. Ninguém é obrigado a saber "ler" música, então vou tentar elucidar esta questão por meio de uma imagem simplória, que mostra como é constituída uma oitava.

Sim, a voz humana tende a mudar ao longo dos anos, a voz masculina, por exemplo, passa por sua última mudança fisiológica entre os 35 e 50 anos, variando de pessoa pra pessoa.

Mas esta mudança fisiológica não é a culpada pela voz de Paul Stanley estar tão deprimente nos dias de hoje. Sim, ele ainda é uma lenda, mas sua voz pagou um preço caro pelos anos de abusos constantes. Mudanças fisiológicas não tornam a voz ruim, apenas diferente, o que contribuí para piorar o quadro vocal de uma pessoa são os seus abusos com a própria voz.

O Dr. Wiens, membro do corpo docente do "Simpósio de cuidados com a voz profissional" comentou sobre a voz de Paul ao longos dos anos:

"É nítido que Paul abusou demais de sua voz. Estes abusos fizeram com que as cordas vocais dele ficassem mais frouxas. Ele não apenas cantava, ele também gritava, e gritava alto, noite após noite, colocando uma pressão exagerada sobre a sua voz. Lembro que ele reclamava de dores na garganta após os shows, e se há dores, pare, você está fazendo errado".

Paul definitivamente ia além dos seus limites ao vivo, além dos limites estabelecidos pelo seu professor para ele, e tais abusos fizeram com que Paul tivesse que passar por uma cirurgia de emergência em 2011. O procedimento reparou vasos sanguíneos danificados em suas cordas vocais.

Sobre o procedimento, Paul declarou:

"A cirurgia é para consertar alguns pequenos distúrbios causados por 40 anos ininterruptos de Rock and Roll. A natureza de um cantor de Rock é abusar da voz quando se faz muitos shows. Não há tempo para se recuperar e o problema vai acumulando. Estava ficando cada vez mais difícil trabalhar. Não sou mais jovem, estava desmoronando, e a cirurgia foi necessária".

É importante salientar que a cirurgia para reparação de vasos sanguíneos não serve para melhorar a voz ou algo do tipo. Ela apenas repara os vasos e faz com que as cordas vocais voltem a se tornar saudáveis na fala e no canto.

O procedimento médico responsável por "melhorar a voz", ou pelo menos rejuvenesce-la, é o Voicelift, procedimento já experimentado por profissionais como Steven Tyler e David Coverdale. Entretanto, não tenho quaisquer informações se Paul já tenha passado por este procedimento, acredito que não, mas seria leviano e pouco profissional afirmar algo do tipo sem embasamento para isto.

Em 2013 a performance vocal de Stanley no Sweden Rock Festival foi execrada pela imprensa sueca:

"A voz de Paul Stanley está em condição tão precária que ele bem que poderia ser substituído por um dublê com uma estrela pintada em um olho. Ele rebola sem muito entusiasmo, quebra uma guitarra com um olhar vazio e está forçando demais a barra para que sua voz funcione com seus olhos cerrados. A voz de Paul Stanley é um triste capítulo à parte. Em vãs tentativas, o vocalista e guitarrista tenta achar notas que não existem. ‘Heaven’s On Fire’ foi limada do set list, o que nos leva a concluir que ele não consegue alcançar aquelas notas".

É uma pena ler algo do tipo, mas infelizmente é a realidade. Paul teve aulas de canto com um dos melhores professores do planeta, mas nunca abandonou os abusos e seus hábitos maléficos, o que tornou sua voz propícia a adquirir pigarro com facilidade. Como dito anteriormente, os abusos deixaram suas pregas vocais frouxas e sua voz grave, tornando-a incapaz de atingir os agudos de outrora.

Recentemente, Paul têm dado mais prioridade a região dos médios e graves, o que têm deixando muitos fãs órfãos de seus agudos em falsete de outrora. Mas a princípio, não há outra solução, além de priorizar a região dos médios e graves, Paul precisa se cuidar, trocar o whiskey pela água, e principalmente, baixar o tom de algumas canções, talvez, meio tom abaixo seja o suficiente.

É importante que os fãs compreendam a atual situação de Paul e não cobrem dele os agudos de 30 anos atrás, pois ninguém é o mesmo de 30 anos atrás. O Paul poderia estar cantando melhor? Sim, poderia. Teve todas as chances para isto, e desperdiçou com seus abusos inapropriados, ele literalmente caiu no clichê do rock n' roll, de beber, fumar e cometer abusos.

Mas ainda é um bom vocalista, e há poucos frontmans como ele por aí. Acho que a partir do momento em que o cantor se torna profissional, e passa a viver disto, ele têm obrigação de se cuidar para oferecer o melhor aos fãs que vão aos shows e compram os discos, mas é compreensível que no rock n' roll as coisas funcionem diferente, há clichês e abusos que cercam esta vertente e a maioria dos músicos que atuam nela ainda seguem estes clichês primários. E infelizmente, os vocalistas acabam pagando um preço alto por isto, pois a corda de uma guitarra pode ser trocada e substituída, as cordas vocais não.

Fica aqui a dica para quem quer cantar profissionalmente, cuidem suas vozes, tenham bom senso e não cometam abusos inapropriados, pois o preço a pagar pode ser caro demais.


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Sobre Danilo F. Nascimento

Administrador por casualidade. Músico por instinto. Escritor por devaneio. Fascinado por música, literatura e cinema. Seu primeiro contato com o mundo do rock data de meados dos anos 90, uma época de transição entre o analógico e o digital, e, principalmente, uma época onde a MTV ainda era aprazível e relevante. Idolatra e cultua o legado instituído pela maior banda de todos os tempos, o Queen.
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