O músico que Jimmy Page tremeu na base ao saber que teria que substituir: "Fiquei em choque"
Por Bruce William
Postado em 29 de junho de 2025
Antes de se tornar o cérebro por trás do Led Zeppelin, Jimmy Page já era um nome bem conhecido na cena musical britânica. Como guitarrista de estúdio, ele participava de sessões quase diariamente, acumulando experiência e confiança. Ainda assim, houve um momento em que ele sentiu o peso da responsabilidade, e tudo por causa de um baixista.
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Essa história começa quando Page entrou no The Yardbirds, banda que já havia passado por nomes como Eric Clapton e Jeff Beck. Com tanto talento envolvido, seria natural pensar que o desafio maior fosse dividir espaço com guitarristas do calibre deles. Mas não. Segundo o próprio Page, o que realmente o deixou nervoso foi substituir o então baixista Paul Samwell-Smith.
"Assumir o baixo no lugar do Paul não foi nada fácil", contou Page em entrevista de 2021 para a Classic Rock. "Eu admirava muito o jeito dele tocar. Não conhecia ninguém que soasse como ele. Aqueles riffs rápidos, pulsantes... Você ouvia e pensava: 'Que diabos foi isso?'". Na época, ele assumiu o baixo porque ainda não era o guitarrista principal da banda. O próprio Jeff Beck ainda estava lá, e a formação se reorganizava constantemente.

Paul Samwell-Smith não era um baixista comum. Ele tocava com agressividade, criatividade e, sobretudo, personalidade. O som de discos como "Five Live Yardbirds" já deixava isso claro. "Era energia pura", lembrou Page. "Eu tentava copiar o que ele fazia, e era difícil."
Naquela fase, a ideia de tocar acordes no baixo ou criar linhas melódicas elaboradas ainda não era algo comum. O instrumento era visto mais como base do que como protagonista. Samwell-Smith ajudou a mudar isso, criando frases que pareciam ter saído da cabeça de um guitarrista solo.
Quando finalmente se estabeleceu como guitarrista no Yardbirds, e mais tarde formou o Led Zeppelin, Page já estava em outro patamar. Com total controle sobre arranjos, timbres e gravações, ele pôde explorar seu lado criativo ao máximo, seja com o theremin em "Whole Lotta Love", seja nas longas improvisações ao vivo em "Dazed and Confused". Mas o curioso é ver que até alguém com o currículo e a segurança de Jimmy Page teve que lidar com inseguranças ao assumir o lugar de outro músico. "Foi sério. Eu estava tentando emular o cara. Isso mostra como ele era bom."

Se hoje ele é um dos maiores nomes da guitarra, é interessante lembrar que, um dia, ele também sentiu o peso da comparação - e que esse peso vinha, ironicamente, das quatro cordas do baixo.
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