5 curiosidades sobre "Images and Words", a obra-prima do Dream Theater
Por Mateus Ribeiro
Postado em 17 de julho de 2025
Quando se fala no lado mais técnico do metal, é praticamente inevitável lembrar do Dream Theater. Formado em 1985, o quinteto norte-americano conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo com uma sonoridade envolvente, que mescla melodias marcantes a passagens instrumentais complexas e virtuosísticas. Embora parecesse uma combinação improvável, a fórmula deu certo — e muito bem.
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Referência incontestável do metal progressivo, o Dream Theater é responsável por álbuns que ajudaram a moldar o gênero. O mais emblemático deles é "Images and Words", seu segundo disco de estúdio, frequentemente apontado como a obra-prima da banda.
Lançado em julho de 1992, "Images and Words" marcou a estreia do vocalista James LaBrie e foi o trabalho que catapultou o grupo ao reconhecimento mundial na cena da música pesada. Entre os destaques do álbum estão três faixas emblemáticas: "Pull Me Under", "Metropolis – Part I: The Miracle and the Sleeper" e "Another Day".
A seguir, trago cinco curiosidades sobre "Images and Words", um verdadeiro marco do prog metal. Aperte o play e embarque nessa jornada sonora repleta de técnica, emoção e criatividade.

"Pull Me Under", o único hit do Dream Theater
Faixa de abertura do álbum, "Pull Me Under" é o único hit comercial da carreira do Dream Theater. Curiosamente, a música ganhou destaque em uma época dominada pelo grunge — vertente musical bem distante do som elaborado do prog metal.
"Conseguimos espaço nas rádios com essa música, e isso foi notável. Naquele momento, o grunge começava a dominar tudo. A menos que você fosse Nirvana, Pearl Jam ou algo do tipo, as estações de rádio simplesmente não se interessavam. Mas ‘Pull Me Under’ foi uma exceção", contou o guitarrista John Petrucci à revista Classic Rock.

O fato de "Pull Me Under" ser o único sucesso mainstream da banda é ironizado no título da coletânea "Greatest Hit (...And 21 Other Pretty Cool Songs)" — ou "Maior Sucesso (...E Outras 21 Músicas Muito Legais)", em tradução livre. Quem disse que os nerds do metal não têm senso de humor?
Produtor teria mixado "Pull Me Under" como veio ao mundo
"Images and Words" foi produzido por David Prater, com quem o baterista Mike Portnoy teve sérios atritos. Em uma entrevista de 2006 resgatada pela Prog, o músico deixou clara sua antipatia: "Lidar com esse babaca foi uma tortura".
Reza a lenda que Prater mixou "Pull Me Under" nu, com as luzes do estúdio apagadas. James LaBrie relembrou o episódio com bom humor.

"Já ouvi essa história e, felizmente, não estava lá para testemunhá-la. É uma imagem mental que eu poderia dispensar."
A parte 2 de "Metropolis"
"Metropolis – Part I: The Miracle and the Sleeper" é uma das primeiras composições épicas da banda e se tornou uma espécie de bandeira para os fãs. Sete anos após o lançamento de "Images and Words", a tão aguardada parte 2 chegou — e não em forma de música, mas de um álbum conceitual completo: "Scenes from a Memory".
Aclamado por público e crítica, o disco narra uma história repleta de reviravoltas e permanece entre os trabalhos mais ambiciosos e reverenciados do Dream Theater. Leia mais no link abaixo.

O tema abordado em "Another Day"
Embora tenha sonoridade de uma típica balada romântica, "Another Day" tem um significado muito mais íntimo. A canção é dedicada ao pai de John Petrucci, que na época enfrentava um câncer. Em entrevista ao Songfacts, o guitarrista explicou:
"‘Another Day’ eu escrevi quando meu pai estava lutando contra o câncer. Era uma música que expressava esse sentimento - ele era muito jovem quando ficou doente, morreu muito jovem. Essa não foi a única música que escrevi sobre esse assunto e sobre ele [nota: a outra é ‘Take Away My Pain’], mas simplesmente expressava: ‘Não vá embora ainda. Há mais vida à sua frente, espero’. É um filho querendo que seu pai fique por mais tempo."

A brincadeira com o Fates Warning
James LaBrie participou como vocalista convidado do álbum "Parallels" (1991), da banda Fates Warning. Na seção de agradecimentos, o nome de sua banda foi grafado incorretamente como "Dream Theatre". Em resposta bem-humorada, o encarte de "Images and Words" traz uma menção ao "Fatez Warning".
Agora que você sabe mais sobre "Images and Words", que tal revisitar esse clássico do metal progressivo? Aumente o volume, aperte o play e aproveite cada segundo dessa obra inesquecível.

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