O momento em que Renato Russo contraiu o HIV, segundo amigo próximo
Por Gustavo Maiato
Postado em 01 de março de 2024
A morte de Renato Russo, no dia 11 de outubro de 1996, devido a complicações da Aids, foi um capítulo trágico na história da música brasileira. Muito se atribui a contaminação ao ato sexual, mas de acordo com Luiz Fernando Borges, amigo pessoal do músico, a história não foi bem assim.
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Luiz Fernando, que também é produtor e roteirista do filme "Somos Tão Jovens", que aborda a vida de Renato Russo e da Legião Urbana, concedeu entrevista ao canal do Rodrigo Faour e contou que seu saudoso amigo contraiu o vírus provavelmente após consumir heroína com seu namorado.
"O Renato tinha altos e baixos em relação à saúde e ao alcoolismo. Suspeito até que na época em que ele se internou na reabilitação ele teve um câncer de estômago. Ele já estava com HIV positivo e me disse sobre possibilidade de sequelas. Ele resolveu parar de tomar remédio. Sobre a Aids, a história toda é que ele teve um namorado chamado Scott, que conheceu em São Francisco.
Ele trouxe o cara para cá e os dois estavam hospedados no Marina Palace. Eles se aplicaram heroína na veia nessa ocasião e acho que foi aí que aconteceu a tragédia toda. Mas o Renato não se viciou em heroína nem cocaína. Ele fumava um baseado e era isso. Alguns amigos acharam que ele estava bebendo e isso cortaria os efeitos dos remédios. Eu falei com o médico dele pelo telefone. Era início do celular. O médico disse nem que sim nem que não. O Renato estava desenganado. Os amigos, então, o internaram na Barra da Tijuca".
Renato Russo e Aids
De acordo com matéria de Igor Miranda, o ex-cantor e baixista do RPM, Paulo Ricardo, revelou em uma entrevista ao Vênus Podcast que a morte de Renato Russo, vocalista da Legião Urbana, em 1996, foi provocada "por livre e espontânea vontade".
Russo, que faleceu devido a complicações do vírus HIV, teria decidido parar de tomar o coquetel antiaids, incluindo a azidotimidina (AZT). A revelação foi feita durante uma lembrança da gravação da música "A Cruz e a Espada", realizada meses antes da morte de Russo, e apesar da tristeza da situação, as recordações da sessão em estúdio foram descritas como positivas. Russo já havia sido diagnosticado com o vírus HIV, mas não era algo amplamente divulgado na época. O cantor se manteve recluso, e sua decisão de interromper o tratamento com o coquetel antiaids foi descrita como difícil e triste por Paulo Ricardo.
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