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Scorpions: O nome era sinônimo de garra e bom rock pesado

Por Bento Araújo
Postado em 25 de fevereiro de 2005

Para quem cresceu nos anos 80, o nome Scorpions era sinônimo de garra e de um bom rock pesado. Discos como "Blackout" e "Love At First Sting" iniciaram milhares de garotos no ofício de ouvir boa música, mas foi com o álbum "Lovedrive", lançado em 1979, que a banda alemã deu o pontapé inicial na fase mais popular de sua carreira.

A bombástica e excitante apresentação dos rapazes naquela primeira edição do Rock In Rio (85) não deixou dúvidas sobre a competência do grupo. Para o Heavy Metal que reinou nos anos 80, o Scorpions que colocou a Alemanha no mapa. Tornaram-se rapidamente um dos grandes nomes do estilo ao lado do Judas Priest, Van Halen, AC/DC e Iron Maiden. Se depois a Alemanha ofertou ao mundo bandas como o Accept, Helloween e toda essa troupe do Metal Melódico, pode ter certeza que os Scorpions foram os desbravadores.

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O Scorpions dos anos 70 era capitaneado pelo guitarrista virtuoso, Uli Jon Roth, uma espécie de Hendrix alemão. Roth ao lado do guitarrista Rudolf Schenker, formava uma dupla das mais impressionantes, não só em estúdio, mais principalmente em um palco. O grupo ia conquistando cada vez mais fãs por cada país que passava, e no Japão o sucesso é tanto que, depois de cinco álbuns de estúdio, a banda registra sua tour japonesa em disco sob o nome de Tokyo Tapes, em 1978. Esse foi o último disco lançado com Roth nas seis cordas.

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A década dos excessos (70's) estava por terminar e sem Uli Jon Roth, os alemães sentiam que havia chegado a hora do famoso "ou vai ou racha".

Apesar do Japão estar na mão do Scorpions, o maior mercado de Rock Pesado da época, os EUA, ainda não tinha sido conquistado, muito menos do que isso, por lá eles eram ilustres desconhecidos. Além disso, os anos 80 estavam por vir e toda uma nova geração estava sedenta por guitarras afiadas, a era de Eddie Van Halen e Randy Rhoads estava só começando.

Sacando tudo isso e desfalcados, justamente de seu guitarrista solo (Roth), o jeito que Rudolf Schenker achou de virar a mesa foi chamar seu irmão Michael Schenker, que havia recentemente debandado do UFO, para participar da gravação do novo disco de estúdio do grupo. Michael era um ídolo na América, cultuado por iniciantes da guitarra, e seu nome associado ao dos Scorpions seria um belo atrativo.

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Como Michael já vinha traçando a criação de seu novo grupo (o MSG), o rapaz avisou a galera que não ficaria muito, e provavelmente nem terminaria a tour do disco. Ficava claro que os Scorpions precisariam de um guitarrista fixo, alguém que vestisse a camisa e tivesse bala na agulha para competir com Rhoads e Halens da vida. A banda então anunciou na Melody Maker que estava procurando por um guitarrista solo. Depois de audições com cerca de 140 guitarristas, Matthias Jabs foi escolhido. Com três guitarristas, o Scorpions estava preparado para o que desse e viesse.

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E o que veio foi "Lovedrive", o melhor disco de estúdio da banda até hoje. Michael Schenker aparecia em três faixas que já faziam valer o álbum: a faixa-título (uma espécie de "Achilles Last Stand" do Scorpions), "Another Piece Of Meat" e na maravilha instrumental batizada de "Coast To Coast".

Com um time desses, é óbvio que as guitarras estão em primeiro plano na mixagem. Com uma "mãozinha" do produtor Dieter Dierks (o produtor oficial do Progressivo Alemão do início dos anos 70) a sonoridade de Lovedrive captava com agressividade os timbres azeitados não só das guitarras, mas também da voz altíssima de Klaus Meine, e da cozinha simples, porém correta, de Francis Buchholz e Herman Rarebell.

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Outros destaques de "Lovedrive" eram a irresistível levada de "Loving You Sunday Morning", o reggae, (sim, isso mesmo, alemão fazendo reggae) de "Is There Anybody There?", a paulada "Can't Get Enough" e as baladas "Holiday" (aqui em sua versão integral, obrigatória em qualquer show da banda) e "Always Somewhere", que começa com um dedilhado de guitarra bem parecido com o da música "Simple Man", dos sulistas do Lynyrd Skynyrd. (O Lynyrd lançou essa música em 1973!).

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"Lovedrive" teve a arte da capa confeccionada pelo famoso estúdio inglês Hipgnosis, que criava 99% das capas das grandes bandas da época. De gosto pra lá de duvidoso, ela foi censurada nos EUA (como muitas outras capas da banda), onde a famosa foto do "chiclete" (tanta coisa para se fazer com a garota e o sujeito foi grudar um cliclete na moça) foi trocada por uma menos ofensiva. "Lovedrive" foi também o primeiro disco da banda a alcançar ouro nos States. A tour de promoção por aquelas bandas foi muito concorrida, com os alemães tocando em imensos estádios, dividindo o palco com o AC/DC, Aerosmith e Ted Nugent, entre outros.

Uma nova era começava para o grupo, a era dos mega-festivais, dos quais os principais dos anos 80 eles estiveram presentes: Rock In Rio, Monsters Of Rock, US Festival, etc.

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Sobre Bento Araújo

Bento Araújo nasceu em 1976. É jornalista profissional e adora a música dos anos 60 e 70. É o editor chefe da Poeira Zine, a única publicação do país dedicada à música dos bons tempos. Lá ele escreve os textos, faz a diagramação, cuida da arte, do visual, faz 'a social' com os anunciantes, distribui, faz correio, banco, responde os e-mails e as cartas e também limpa o banheiro da redação... Além de tudo isso, o cara ainda tira uma onda tocando contra-baixo pela noite paulistana, além de vez ou outra fazer um 'bico' em alguma loja de discos em troca de raridades vinílicas... O Editor também oferece seus serviços jornalísticos e musicais a quem se interessar... (nada que uns bons dólares não possam resolver...)
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