O clássico do Dire Straits que Mark Knopfler diz não conseguir mais tocar por causa da Covid
Por Bruce William
Postado em 10 de agosto de 2025
Durante as gravações de "Brothers in Arms", Mark Knopfler ainda estava lapidando aspectos técnicos que hoje parecem naturais. Ele lembra que, mesmo após anos de estúdio, engenheiros ainda apontavam que ele "estava correndo" em algumas partes, algo que ele jurava não estar acontecendo. "Você acha que está tocando no tempo, mas não está", contou em conversa com a Guitar World. Aprender a manter a precisão, especialmente ao trabalhar com semínimas e colcheias tocadas com o polegar e os dedos, é um processo demorado que muitos músicos experientes também enfrentam.

Questionado se tocaria as mesmas partes de "Brothers in Arms" hoje, Knopfler foi franco: "Provavelmente não conseguiria tocar tão bem agora". O músico revelou que a Covid-19, que contraiu três vezes, afetou seu rendimento, deixando-o mais lento e tirando parte da resistência nos dedos. "Se você fica longe da guitarra por um tempo, as almofadas dos dedos amolecem e você perde um pouco da agilidade."
Knopfler admite ainda que, com o tempo, acabou adotando alguns hábitos menos rigorosos, como acordes incompletos e formatos simplificados, algo que ele próprio define como "preguiça técnica". "Isso não deixaria nenhum professor de guitarra feliz. Na verdade, nada do que eu faço deixaria um professor feliz", brincou.
Apesar disso, o guitarrista não acredita exatamente em uma linha reta de evolução constante. Para ele, mais importante que melhorar tecnicamente é encontrar novas fontes de inspiração. "Não sei se é 'melhorar'. Acho que você apenas encontra coisas novas que te inspiram. Não há fim para isso, está tudo aí para você, se quiser se sentar e ter disposição para aprender."
Mesmo sem a mesma velocidade ou destreza de décadas atrás, Knopfler demonstra que sua relação com a guitarra continua sendo de aprendizado e curiosidade. E, para quem criou solos eternizados no rock, talvez seja justamente essa busca constante - e não a perfeição técnica - que mantém sua música viva.
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