A lendária banda "alegrinha" que Ian Anderson respeita, mas nunca curtiu
Por Bruce William
Postado em 10 de agosto de 2025
A morte de Brian Wilson, anunciada recentemente, gerou uma onda de homenagens em todo o mundo. Reconhecido como um dos maiores compositores de todos os tempos, o fundador dos Beach Boys marcou gerações com seu talento para harmonias vocais, arranjos complexos e melodias que atravessaram décadas, relembra a Far Out. Entre os tributos, um dos mais emocionados veio de Paul McCartney, que ressaltou como a rivalidade criativa entre Beatles e Beach Boys ajudou ambos a alcançar novos patamares.
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"Brian tinha aquele misterioso senso de genialidade musical que tornava suas canções tão dolorosamente especiais", escreveu McCartney. "As notas que ele ouvia na cabeça e passava para nós eram simples e brilhantes ao mesmo tempo. Eu o amava e tive o privilégio de estar próximo à sua luz brilhante por um tempo. Como vamos continuar sem Brian Wilson, 'Só Deus Sabe'", disse Paul, fazendo um trocadilho com a canção "God Only Knows" do Beach Boys.
Mas nem todo músico foi arrebatado pelo encanto da banda californiana. Ian Anderson, vocalista e flautista do Jethro Tull, não esconde que nunca foi fã do estilo ensolarado dos Beach Boys. Para ele, havia algo artificial no clima excessivamente alegre das músicas. "Com todo respeito ao Brian Wilson e seu recente falecimento, eu nunca fui fã dos Beach Boys", afirmou. "Era aquele tipo de coisa com brilho e um ar meio falso, feliz demais, sabe, aquela coisa californiana. Não me atraía nem um pouco."

Anderson contou que chegou a ver a banda ao vivo, levado por um funcionário da Warner Brothers para um show no Madison Square Garden, em Nova York. A apresentação aconteceu na véspera de um show do próprio Jethro Tull no mesmo local. "Ele me convenceu: 'Vamos, você vai gostar, eles têm ótimas harmonias, ótimas vocalizações'. Eu fui, mas aguentei talvez meia dúzia de músicas e tive que sair de fininho, porque simplesmente não era para mim."
A fala do líder do Jethro Tull mostra que, mesmo diante de uma figura tão reverenciada quanto Brian Wilson, nem todos se rendem ao seu legado musical. Para Anderson, respeito e admiração pela trajetória não significam necessariamente identificação com o som.

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