O único músico diante de quem Slash se curvava; "Acabamos virando amigos"
Por Bruce William
Postado em 10 de agosto de 2025
Antes de sua imagem ficar associada a brigas internas e mudanças de formação, o Guns N' Roses era visto como uma gangue de músicos perigosos, talentosos e prontos para atropelar qualquer rival. No final dos anos 1980, enquanto boa parte do hard rock que dominava o Sunset Strip apostava em fórmulas açucaradas, a banda liderada por Axl Rose e Slash injetava peso, atitude e credibilidade nas paradas.
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Cada integrante tinha um papel claro. Axl, com sua voz e letras. Izzy Stradlin, contribuindo fortemente na composição. Duff McKagan e Matt Sorum, formando uma das bases rítmicas mais sólidas do período. E Slash, o guitarrista cuja cartola e timbre inconfundível se tornaram tão emblemáticos quanto os riffs que compunha. "Sweet Child o' Mine' é só um exemplo e, somente ela, já bastaria para cravar seu nome na história.
Quando a convivência na banda se deteriorou, Slash não se mostrou disposto a ceder às exigências de Axl. Fora dos palcos, porém, havia uma exceção: um único músico diante do qual ele admitia se curvar, não por obrigação, mas por respeito. E não era nenhum dos parceiros de renome que participaram de seu álbum solo de estreia, em 2010 - nomes como Ozzy Osbourne, Iggy Pop ou Dave Grohl.

A reverência era por Ian "Lemmy" Kilmister, líder do Motörhead. Em entrevista à Ultimate Guitar (via Far Out), Slash recordou a experiência de gravar com o vocalista de "Doctor Alibi": "Foi outro grande momento; ter o Lemmy por perto. Porque o Lemmy era um daqueles caras que eu admirava muito, e ainda admiro. Quando eu era garoto, era um daqueles fãs que se curvavam na presença dele. E nós acabamos virando amigos, ele meio que me tomou sob sua proteção, e sempre foi muito legal comigo".
Embora seja conhecido por suas inúmeras colaborações, trabalhando com nomes de peso como Chris Cornell e Alice Cooper, Slash vê a maioria deles como colegas de nível equivalente. Lemmy, no entanto, ocupava um lugar diferente: o de inspiração e liderança. Um músico cuja postura, carisma e autenticidade atravessaram gerações, e que fez até Slash trocar a cartola pela humildade.

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