Los Toskos: a caminho do segundo CD
Por Anderson Amaral Boscari
Postado em 21 de outubro de 2004
O grupo paulistano de punk rock está gravando o novo álbum, que deverá se aproximar mais do rock tradicional.
O grupo paulistano Los Toskos, formado no fim dos anos 90, vem conquistando seu espaço na cena punk rock. Com fortes influências de ska, o conjunto já é "figura carimbada" no underground de São Paulo.
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Depois de participar de várias coletâneas, a banda lançou seu primeiro trabalho, O Mundo Não Gira a Seu Redor (em 2002). Agora, Zinho (vocal e guitarra), Gaboo (guitarra e voz), Luiz (baixo) e Chapeleta (bateria) preparam a gravação de seu segundo CD ainda sem data prevista para ser lançado.
Nesta entrevista, os integrantes falam da entrada de Zinho na banda, a produção do segundo CD e as expectativas para este novo trabalho.
Comando Rock: Quando vocês sentiram a necessidade de ter um novo vocalista na banda?
Gaboo: Desde o começo em que estávamos montando a banda procuramos e experimentamos pessoas. Então, essa formação que temos hoje é resultado de tudo isso. Aí acabou acontecendo de eu fazer o vocal porque não tínhamos ninguém para este posto.
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Luiz: Isso mesmo. Foi por falta de opção na época. Por isso o Gaboo assumiu o vocal. Acabou rolando isso porque estávamos mais preocupados em sair tocando. A gente não tinha essa experiência que estamos tendo agora no segundo disco, se preocupando com a qualidade da música. A gente só foi perceber isso depois que já tínhamos feito uma porrada de coisa.
Gaboo: Eu me sentia esse tempo todo tocando 50% guitarra e fazendo 10% de vocal. E não dava pra continuar fazendo isso no Los Toskos. Ou fazia 100% ou não fazia! Chegou uma hora que tive de decidir: ou eu continuo igual ou eu melhoro. Isso vai da atitude de cada um, entendeu? De assumir aquilo que não está bom.
Luiz: No começo até pensamos que o Gaboo tava maluco: "vai largar justo agora que a gente tá na vibe de trabalhar o segundo CD?". Na época foi difícil, mas a gente vê hoje, ouvindo as músicas novas, vendo a sintonia que teve com a entrada do Zinho... a gente sentiu que a parada fez sentido!
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Vocês fizeram alguns testes antes?
Chapeleta: Fizemos sim. Inclusive, na época, a gente anunciou no nosso site que estávamos procurando vocalista. E apareceu uma galera que se interessou. Mandaram material, MP3. A gente selecionou um pessoal e fizemos os testes.
Luiz: Nessa aí o Zinho soube, entrou em contato e deu certo. Uma coisa que ajudou bastante é que nós já o conhecíamos. Nós sempre mantivemos a banda dessa forma. Além do som, todos nós temos as mesmas influências, ouvimos as mesmas coisas. Tem o lance de sintonia, de amizade também.
Vocês tinham a necessidade de que esse novo integrante também tocasse guitarra?
Chapeleta: Não necessariamente. Veio a calhar que o Zinho além de cantar, toca guitarra.
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Como anda a produção do novo CD de vocês?
Luiz: Da melhor maneira possível. Está sendo uma experiência nova para todos nós estarmos trabalhando no disco dessa forma. A gente nunca fez isso antes de realmente entrar no estúdio, fazer música por música, pensar direitinho uma a uma ...O legal é essa soma que tá rolando. Geralmente uma banda, quando vai gravar o segundo disco, muda totalmente o estilo etc. Já com a gente tá rolando outra parada. Acho que o mais importante mesmo está sendo essa soma. O Zinho vem com as idéias dele e já soma com as nossas.
O Zinho participou da composição das músicas que vão estar nesse novo trabalho?
Luiz: Tá sendo feito no coletivo. Antigamente ficava mais nas costas do Gaboo o lado de compor as letras. Tinha uma ou outra participação minha ou do Chapeleta. Agora tá bem no coletivo.
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Quais bandas vocês estavam ouvindo na fase de composição do CD?
Gaboo: A gente tem ouvindo bastante coisa legal como Good Charlotte, Green Day...
Luiz: Para o disco a gente tem ouvindo bastante punk rock melódico... O CD tá indo do punk rock para o rock. Vai ampliar mais. Vai ficar menos segmentado do que era antes. Acho que até pelo fato de não ficarmos se apegando a rótulos.
O que os fãs podem esperar de novo para este CD?
Zinho: Bem pra cima, divertido, como sempre foi a essência da banda até hoje. Isso eu posso dizer, porque já conhecia a banda antes.
Gaboo: A essência é aquela: diversão! A gente fala alguma coisa que pode ser até meio "down", mas de um jeito diferente, pra cima!
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O CD tem previsão para lançamento?
Luiz: A gente ainda tá trabalhando na calma, com carinho mesmo. Não adianta a gente querer ter pressa, pode até atrapalhar. Estamos dando o maior valor a cada música feita, o melhor refrão também. Trabalhar uma a uma independente de quanto tempo vai demorar.
Comando Rock
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