Calibre 12: Punk, atitude e resistência
Por Adriano Coelho
Postado em 09 de agosto de 2004
O Calibre 12 é um dos grupos punks mais cultuados no underground paulista. Seja pelo seu som, seja pela sua atitude. Liderado pelo vocalista Aleks, a banda virou "figura" carimbada na cena. Depois de conquistar definitivamente seu espaço graças ao álbum Resistiremos Até o Fim (lançado em 2001), o conjunto prepara seu próximo álbum que estará ainda mais pesado e com mais influência do hardcore em relação aos trabalhos anteriores. Nesta entrevista, Aleks fala do próximo CD, de punk rock e da atual cena nacional.
Comando Rock: O que você pode adiantar sobre o próximo CD?
Aleks Punk: O próximo CD vai estar mais hardcore e mais pesado que o último (Resistiremos Até o Fim). As musicas estão, na sua maioria, mais curtas e mais diretas.
Qual foi reação do público em relação ao seu último trabalho?
Foi ótima, levando-se em conta que o Resistiremos não teve nenhuma divulgação a não ser a que a gente mesmo fez.
Como foram as turnês da banda?
Foram ótimas. Nas turnês, a gente esquece todos os problemas e se concentra só no que realmente gosta que é tocar.
Dá para conciliar o trabalho de tatuador com o dia-a-dia da banda?
Sem problemas. Mas, em caso de coincidência de datas, o Calibre tem prioridade.
Como ficou o seu batera depois da operação de redução de estômago?
O Oscar já perdeu cerca de 65 quilos e vem se recuperando bem rápido. Já esta tocando bem mais rápido e vocês poderão ver a evolução dele no próximo CD do Calibre.
O que você escuta fora hardcore e o que odeia na música?
Escuto muito Elvis Presley, Ritchie Valens, Dick Dale, surf music em geral. Estamos ouvindo muito o SUB (disco pioneiro do punk rock nacional) hoje em dia. Tem muita coisa boa nesse disco. O que eu não ouço nem f. é bandas fabricadas pra fazer sucesso momentâneo.
Quais as bandas que ouviu nos últimos anos e mais gostou?
Exploited, Misfits, Elvis, Blind Pigs, Atitude, Zumbis do Espaço, Flicts, Motorhead, Hatebreed, Agnostic Front, Blitz, Invasores de Cérebros, Questions, CPL 2, Symarip, Imperpheitos, Psykóze, Ratos, Fogo Cruzado velho, Cólera e outras que não lembro agora.
O que acha de CPM22 ser chamado de hardcore?
O CPM 22 é uma banda que não diz nada de importante pra mim e eu não gosto do estilo do som deles. Se não existissem, não iam me fazer a menor falta.
Dizem por ai que você é um cara estourado. É verdade?
Não. Eu gosto de respeito e o que não falta é folgado nesse meio. Só que eu não engulo as coisas e quero que eu e meus amigos sejamos respeitados. Caso contrário, a chapa esquenta...
Os festivais punks deram uma parada?
Acho que sim. Em São Paulo só tem espaço agora pra esse lixo de sensibilidade exagerada chamada emo. A maioria dos shows que a gente faz e fez ano passado são fora de SP.
O que é ser punk na sua opinião?
É nunca aceitar uma situação que não te parece certa. É ser contra qualquer tipo de autoridade, é pensar e agir por conta própria sem se importar se todos seus amigos pensam diferente de você. É, acima de tudo, manter a mente jovem e aberta e curtir muito punk rock e hardcore.
Comando Rock
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