Claustrofobia: Thrash Metal Claustrofóbico e Fulminante
Por Antonio Rodrigues Junior
Postado em 15 de fevereiro de 2005
O grupo de Leme (Interior de SP), que teve seus primeiros trabalhos relançados meses atrás, encontra-se em estúdio preparando o terceiro disco de inéditas.
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Uma das mais jovens promessas do thrash metal nacional encontra-se em estúdio já preparando o terceiro petardo. Atualmente, o Claustrofobia está gravando o disco intitulado Fulminant, que deve ser lançado em meados deste ano.
Apesar da baixa idade de seus integrantes – entre 20 e 23 anos –, a banda originária de Leme, Interior de São Paulo, já comemora dez anos de estrada, sendo que a formação atual se mantém sem alteração desde 98: Marcus D’Angelo (guitarra e vocal), Daniel Bonfogo (baixo), Alexandre de Orio (guitarra) e Caio D’angelo (bateria).
Durante este período, o grupo já colocou dois álbuns no mercado: Claustrofobia (2000) e Thrasher (2002), que conseguiram ótimas repercussões. Em entrevista a Comando Rock, Marcus – o líder do conjunto – revelou detalhes do próximo trabalho.
"Estamos gravando desde novembro no mesmo estúdio e com o mesmo produtor de Thrasher", revela o guitarrista e vocalista. "São 12 músicas onde mostramos uma grande evolução sonora. Tentamos inovar em algumas coisas, para soar diferente. Pode-se dizer que é uma continuação do Thrasher. As gravações estão caminhando melhor impossível. Na verdade, até esperava menos. Estamos registrando no formato analógico, pois o som fica mais natural. Além de ficar diferente de todos esses conjuntos que gravam hoje e parecem iguais."
A evolução sonora e a inclusão de elementos próprios são os objetivos do novo CD, que ainda não tem gravadora definida para o lançamento. A banda pretende criar uma sonoridade própria que remeta apenas ao Claustrofobia. Baseado nisso foi escolhido o nome Fulminant, que não foi retirado de nenhuma faixa.
"O nome foi escolhido, pois reflete o som do conjunto", alega o músico. "Queremos fazer um estilo mais ‘fulminante’ mesmo. Não cópias marcadas. Já estamos há um bom tempo juntos e conseguimos criar elementos próprios. Mas ainda estamos caminhando. Está sendo uma evolução a cada álbum. Estamos no caminho certo e criando um estilo. A gravação está toda sendo independente e quando estivermos com o ele pronto iremos procurar uma gravadora para lançá-lo. Quem tiver uma proposta pode nos contatar, pois estamos abertos a conversas."
No ano passado, os dois primeiros discos do conjunto foram relançados pela gravadora MV8 Music. Segundo o líder da banda, o interesse partiu diretamente do selo, que foi atrás das devidas autorizações. "Temos muito orgulho de ter gravado o primeiro CD. Ele nos abriu muitas portas, mas ainda éramos moleques. Tínhamos entre 15 e 18 anos quando o registramos. No Thrasher já apresentamos uma evolução. O som estava mais nervoso e mais a nossa cara. O primeiro álbum foi gravado muito na inocência. Tentamos incluir alguns bônus nestes relançamentos, mas realmente não deu tempo de colocamos nessa prensagem. Possivelmente nas próximas incluiremos alguns covers e versões ao vivo que gravamos."
Durante os dez anos de carreira, a experiência e a evolução sonora são as duas características que mais se alteraram. O conjunto também teve a oportunidade de tocar ao lado de grandes nomes do heavy metal mundial, como Soulfly, Napalm Death, Destruction e (mais recentemente) Paul Di’Anno.
"Ter uma banda de metal no Brasil é muito difícil, tem de gostar muito do que faz. Os únicos grupos brasileiros que conseguiram sucesso foram Sepultura e Krisiun, pois apresentam uma pegada nacional e é isso que queremos mostrar também. Mas tem de acreditar. Só agora as coisas estão começando a acontecer para nós."
Falando do grupo de Igor Cavalera, o Claustrofobia também se apresentou na primeira edição do Sepulfest – evento organizado pelo Sepultura nos moldes do Ozz’Fest, do Mr. Madman –, que (além da banda principal) também contou com Nação Zumbi, Ratos de Porão e Massacration. "Foi o melhor show de nossas vidas. Nunca tocamos com uma estrutura tão grande e tão boa, sem falar na organização do evento. A boa vontade da equipe, a qualidade do som, o respeito e apoio do público foram ótimos. A única coisa negativa foi termos apenas meia-hora para o show. Se tivessem sido 40 minutos seria perfeito!"
O grupo ainda prepara o novo site oficial, que será www.claustrofobia.com.br. Enquanto não fica pronto, os fãs podem entrar em contato com o quarteto ou consultar informações através do endereço www.claustrofobia.cjb.net. Além disso, após o lançamento de Fulminant, o conjunto pretende realizar sua primeira turnê internacional. "Estamos voltados 100% para o novo disco. Não queremos parar de trabalhar. Uma meta nossa para 2005 é fazer uma turnê internacional, pois nunca realizamos. Mas o problema é o mesmo de sempre: a falta de dinheiro. Precisamos de apoio."
Comando Rock
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