RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Regis Tadeu comenta o problema das letras de Renato Russo; "poeta de cursinho pré-vestibular"

O megahit do AC/DC que Bon Scott desmaiou na sessão de gravação do refrão

Amy Lee enfrentou momento difícil no auge do sucesso do Evanescence

A banda dos anos 1990 que reinventou o metal duas vezes, segundo o Ultimate Guitar

Ian Anderson diz que Robert Plant quase o substituiu no Jethro Tull

Wayne Lozinak, guitarrista do Hatebreed, é diagnosticado com tumor cerebral

Paul McCartney já era famoso, mas quase largou tudo num show cercado de estrelas

Planet Hemp anuncia fim da banda e turnê de despedida, "A Última Ponta"

A verdadeira razão que levou Robert Smith a criar The Cure

Ex-empresário lembra momento em que Axl Rose assumiu o controle do Guns N' Roses

Os cinco álbuns obrigatórios pra quem quer ouvir Slash na guitarra

O disco dos Ramones que traz "tudo o que você precisa saber sobre rock", segundo jornalista

O conceito de "legitimidade genética" que Paulinho da Viola usou para defender Rita Lee

O cantor mais incrível de todos os tempos, segundo Axl Rose; "Abraçou todos os estilos"

A canção pop que Geddy Lee diz que nunca envelhece, e que até inspirou o Rush a ousar mais


Manifesto 2025

Rock in Rio: a jogada de mestre que fez o festival ter tantas grandes bandas em 1985

Por Igor Miranda
Postado em 08 de julho de 2021

O empresário Roberto Medina passou um verdadeiro perrengue para fechar shows de grandes bandas, como Queen, Ozzy Osbourne, AC/DC e Iron Maiden, entre várias outras, para o primeiro Rock in Rio, realizado em 1985. O criador do evento tinha a grana, mas não era o suficiente para fazer com que os artistas topassem vir ao Brasil.

Em uma antiga entrevista ao programa "Conexão Roberto D'Ávila", da GloboNews, transcrita pelo Whiplash.Net, Medina explicou que uma jogada inusitada fez com que muitas bandas mudassem de ideia e considerassem aceitar o convite para o Rock in Rio 1985. A "tacada" envolveu o cantor Frank Sinatra, que era seu amigo pessoal, e uma conferência de imprensa que repercutiu o festival, antes mesmo de acontecer, como o "maior do mundo" - uma promessa que, na época, foi cumprida.

Rock In Rio - Mais Matérias

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Inicialmente, Roberto conta que o Rock in Rio não foi idealizado com um grande planejamento. Foi, de fato, uma proposta que surgiu da noite para o dia. Na época, o empresário considerava deixar o Rio de Janeiro, mas parecia não querer sair de lá - por isso, buscou alguma realização para que tivesse uma "desculpa" para permanecer na Cidade Maravilhosa.

"Em uma noite, fui instigado a pensar no que faria para ficar e me justificar no Rio de Janeiro. Eu já tinha uma agência bem-sucedida, empregava pessoas, pagava imposto - tudo isso poderia me justificar, mas não era o bastante. Eu queria, antes de tomar a decisão de ir embora, fazer uma coisa importante", afirmou, inicialmente, conforme transcrito pelo Whiplash.Net.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Ele completa: "O Brasil passava por uma saída da ditadura para democracia, então me parecia o momento certo de botar a juventude mostrando a cara. Numa noite... não foi planejado. Saí de um processo de uma depressão em um dia e, à noite, fiquei acordado. De manhã, fui para a agência, eu não tinha dormido, eu já tinha o nome Rock in Rio, sabia como seria".

Desacreditado

Apesar de ter a ideia e o dinheiro para investir, Roberto Medina foi desacreditado por quem ouvia a ideia de seu gigantesco festival. As explicações estão relacionadas ao histórico do Brasil com eventos do tipo: praticamente inexistente até então.

"Não tinha cultura anterior de evento de música. Não tinha nada. Foi uma intuição, uma visão de um projeto... acho que o Rock in Rio me buscou, não fui eu que o busquei. Cheguei na agência, ninguém acreditava em mim. Vinte e seis anos atrás, um projeto de US$ 50 milhões. O Brasil não tinha luz, não tinha som... o maior show aqui tinha sido de 40 mil pessoas", disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Tal histórico atrapalhou a tentativa de Roberto Medina em fechar com grandes artistas para o Brasil. O empresário alega que recebeu, ao todo, uma resposta negativa de 70 músicos e bandas convidados em um período de 60 dias.

"Fui para os Estados Unidos contratar as bandas. Parecia simples, pois eu tinha o dinheiro... mas nada! Fiquei 60 dias em Nova York, montei um espaço fantástico para mostrar vídeos... nenhuma banda aceitou. Pensavam: 'claro que não iria acontecer no Brasil... o Brasil tinha histórico de roubar equipamento nos poucos shows que rolaram, e vocês não pagam'. Eu falei: 'caraca, mas estou aqui pronto para isso'. Mas enfim. "Depois desses 60 dias, recebi 70 'nãos'. Procurei praticamente todos os artistas", declarou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A jogada de mestre

Depois de tantas negativas, Medina seguiu para Los Angeles, onde se recordou de um amigo: o cantor Frank Sinatra. A sorte começou a virar.

"Lembrei de pedir ajuda ao Frank Sinatra, que mandou o relações-públicas dele, Lee Solters, me ajudar. Ele mesmo fez algumas ligações para veículos e mandou o Lee me ajudar", declarou.

A ideia de Lee Solters envolvia a realização de uma coletiva de imprensa onde o Rock in Rio seria anunciado como o maior show de rock do mundo - e em um local considerado inusitado, o Brasil. Os jornalistas compraram a ideia e a repercussão da entrevista fez com que os artistas e bandas, que anteriormente negaram a proposta, reconsiderassem e fechassem com o evento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

"O Lee ajudou, fiz uma conferência de imprensa no próprio hotel em que eu estava, Beverly Hilton. Lotou de jornalistas. No dia seguinte, todos os jornais americanos falavam: 'o maior show do mundo, de rock, acontecerá no Brasil'. Aí as bandas fizeram fila na porta do hotel. Todas que recusaram, fizeram fila em Los Angeles", declarou.

A formação do line-up

Os dois primeiros nomes a fecharem contrato com o Rock in Rio foram Ozzy Osbourne - com a famosa cláusula o proibindo de morder animais no palco - e o Queen, nessa ordem. Em dois dias, o line-up do evento já estava todo montado, de acordo com Roberto Medina.

"O primeiro a assinar contrato foi Ozzy Osbourne. Ele estava na Inglaterra, o Oscar (Luiz Oscar Niemeyer, produtor-executivo) foi para lá. Depois, o Queen, que o Jim Beach, empresário deles, me ajudou muito. Mas em dois dias, estava tudo fechado", disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A única atração que não foi contratada naquele momento foi James Taylor. Medina sonhava em trazê-lo, mas o artista estava afastado da música, portanto, não foi feita uma proposta naqueles prósperos dias de negociação.

Novamente, a sorte virou - agora, através de um amigo que tinha contato com Taylor. "Ele não tocava mais. Era uma ideia minha, mas ele tinha um problema de droga, parado com a música, foi para uma fazenda. Um cara que conhecia o James Taylor, com o casting já fechado, falou: 'James Taylor é o cara certo'. Eu falei: 'eu sei, mas ele não toca mais'. Ele disse: 'mas sou amigo dele, vou no sítio dele e quero apresentar esse vídeo'. Relutei, mas ele pediu para esperar um dia. Foi e voltou com ele, que ressurgiu para a música, ele declara isso, a partir daquela mobilização. O cara vê 250 mil pessoas cantando a música dele... é incrível", concluiu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O trecho da entrevista em que Roberto Medina fala sobre o primeiro Rock in Rio pode ser assistido a seguir.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Rock In Rio 1985

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeThiago Feltes Marques | Marcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
Mais matérias de Igor Miranda.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS