Os três astros brasileiros "empurrados aos gritos" no Rock in Rio, segundo Herbert Vianna

O Rock in Rio de 1985, edição inaugural do festival, foi marcada pelo choque entre as atrações nacionais – como Paralamas do Sucesso e Erasmo Carlos – e as internacionais – como Iron Maiden e Queen.

Em entrevista ao Gente de Expressão, Herbert Vianna relembrou a truculência de parte da produção brasileira. Ele se recordou de ver artistas como Caetano Veloso, Rita Lee e Moraes Moreira serem empurrados.

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"O problema do Rock in Rio 1985 não foi nada que veio dos gringos e sim da organização brasileira. Eu vi Caetano Veloso, Rita Lee e Moraes Moreira no corredor serem empurrados aos gritos porque os Scorpions iam passar. Não pode ser assim. Não pode o Gilberto Gil abrir um show da Nina Hagen de dia, sem luzes e com pouco som, como todos os brasileiros. Tivemos todas as coisas contra e nos saímos bem".

Histórias do Rock in Rio 1985

A participação de Erasmo Carlos no Rock in Rio 1985 se tornou um episódio marcante e controverso em sua carreira. Segundo Rick Ferreira, guitarrista do Tremendão na época, Erasmo enfrentou dificuldades devido à escolha inadequada do dia para sua apresentação, que contava com bandas mais voltadas para o heavy metal, como Iron Maiden.

A atitude teimosa de Erasmo Carlos no Rock in Rio 1985 que prejudicou sua carreira depois

Ferreira menciona que Erasmo, sendo roqueiro, mas não metaleiro, enfrentou problemas com o público e a vaia tornou-se ensurdecedora durante o show. A sugestão de Ferreira era que Erasmo deveria ter adaptado seu repertório, focando em músicas mais pesadas para agradar o público daquele dia específico. No entanto, Erasmo teria mantido sua postura, tocando seu repertório tradicional, o que resultou em uma recepção negativa por parte do público.

A situação ficou tão tensa que houve considerações de transferir a apresentação para o dia seguinte, em um contexto mais adequado. Essa mudança foi realizada, mas o incidente teria causado um impacto significativo na carreira de Erasmo Carlos, afetando a venda de shows e discos. Ferreira enfatiza que as vaias tiveram um impacto duradouro, representando um baque na carreira do músico.