Os álbuns que marcaram Pierre Cortes, do Violent Noise
Por Emanuel Seagal
Postado em 04 de fevereiro de 2023
O paulistano Pierre Cortes, amante de todas as vertentes do rock e metal, é responsável pelo Violent Noise, um site e canal no YouTube que visa criar um ambiente virtual para leitores conhecerem o cenário underground, tanto musical como cultural.
Melhores e Maiores - Mais Listas
Pierre, que já foi colaborador do Whiplash.Net, nos conta abaixo um pouco dos seus primeiros contatos com a música e os álbuns que marcaram sua vida.
"Comecei a escutar heavy metal quando tinha 14 anos e fui influenciado por duas amigas que eram fãs de AC/DC e Led Zeppelin. Escutava inicialmente estas bandas, mas logo fui conquistado por nomes como Judas Priest, Iron Maiden e Motörhead. Dali em diante nunca mais parei de ouvir e pesquisar sobre som pesado e underground. São praticamente 40 anos dedicado a este movimento. Já fui colaborador de veículos como Heavy Nation e Whiplash.Net e atualmente tenho meu próprio espaço, o Violent Noise. Ali busco evidenciar, divulgar e discutir o movimento e as bandas que dele fazem parte. Além desse, criei recentemente um novo Instagram voltado exclusivamente ao metal e que se chama Metal Forces.
Judas Priest — "British Steel" (1980)
"Sinceramente tenho dúvidas se este é o melhor álbum do JUDAS, mas é fato que é uma obra que a mim muito marcou. Não somente por ser extraordinário, mas por ter sido a minha estreia com a banda. Um heavy metal impecável e com muita fúria. Rob Halford é um dos melhores cantores do metal e a dupla Downing e Tipton impressiona em estúdio e ao vivo também. Destaque para 'Rapid Fire', uma das melhores composições da música pesada."
Anvil — "Metal On Metal" (1982)
"O ANVIL é uma das minhas bandas favoritas, mas este trabalho é uma obra que considero perfeita e memorável. Um trabalho que mistura heavy metal com toques e influências de power metal. São 10 canções sensacionais e com um instrumental digno. Robb Reiner é um dos melhores bateras do estilo, além da incrível performance do Lips na guitarra. Os destaques ficam a cargo de 'Metal On Metal' (um hino do metal), 'Stop Me' e 'March of the Crabs' (uma das melhores instrumentais do gênero)."
Hawaii — "One Nation Underground" (1983)
"A trajetória deste grupo é muito boa e também muito me interessa, mas 'One Nation Underground', o primeiro full, é mais do que marcante. Tendo pouco mais de meia hora de duração e trazendo uma capa muito pouco atrativa, o trio consegue executar uma sonoridade pesada e intensa. O instrumental é eficaz e nos traz o grande Marty Friedman nas guitarras, mas o vocal do Gary St. Pierre é para mim o ponto mais forte na obra. Agudos memoráveis. Destaque para 'Living in Sin', 'Silent Nightmare' e 'The Pit and the Pendulum'."
Satan — "Court in the Act" (1983)
"Apesar de ter uma produção que não é tão boa assim, este primeiro trabalho do SATAN traz composições belíssimas e é fundamental para os amantes do estilo. Com uma capa impactante e um time de músicos de fazer inveja, 'Court in the Act' soa contemporâneo até os dias atuais. Brian Ross é dono de uma das melhores vozes no mundo da música pesada. Somente por ele o álbum já basta. Destaques: 'Trial by Fire', 'Blades of Steel' (a melhor do full) e 'Hunt You Down'."
Mercyful Fate — "Don't Break the Oath" (1984)
"Essa excelente banda dinamarquesa já me conquistou de cara no álbum 'Melissa', que é também um dos melhores do mundo da música pesada. 'Don't Break the Oath' me impressiona desde a arte gráfica até a sonoridade. Riffs de guitarra impecáveis, solos precisos, bateria com ótima marcação, baixo pulsante e as vocalizações sublimes de King Diamond dão o tom da perfeição. Neste trabalho tudo é FUNCIONAL. Destaque para as músicas 'Nightmare', 'Night of the Unborn', 'The Oath' e 'Welcome Princess of Hell'."
Jag Panzer — "Ample Destruction" (1984)
"Obra perfeita e que muito bem representa a energia, o vigor e fúria do heavy metal tradicional. A cozinha instrumental é habilidosa e os maiores destaques são os riffs de guitarra, os solos e a inconfundível e belíssima voz de Harry Conklin com seus agudos intensos. Complicado eleger algum destaque musical, pois tudo é bastante satisfatório, mas arrisco alguns títulos: 'Licensed to Kill', 'Warfare', 'Symphony of Terror' e 'Cardiac Arrest'."
Exodus — "Bonded By Blood" (1985)
"Álbum de estreia grandioso e cheio de vigor do melhor que existe no thrash metal. Rapidez, peso, brutalidade e fúria em todos as músicas desta pérola. A grande sensação aqui é a dupla de guitarristas que faz excelentes riffs e solos brilhantes, mas não podemos deixar de lado a voz do grande Paul Baloff, o peso do baixo e a velocidade da batera. Falar em destaque musical aqui é uma covardia, pois tudo funciona muito bem."
[an error occurred while processing this directive]Kreator — "Endless Pain" (1985)
"Outra obra de estreia que fez bonito e alegrou os ouvidos dos amantes do thrash metal oitentista. O que ouvimos aqui é uma seleção de músicas extremas e brutais que soam contemporâneas até os dias de hoje. Muita velocidade, riffs intensos, solos rápidos, vocais repletos de agressividade. Uma grande sacada também a questão das divisões de vozes entre Ventor e Mille. Funcionou demais. Destaques: 'Endless Pain', 'Son of Evil' e 'Flag of Hate'."
The 3rd and The Mortal — "Tears Laid in Earth" (1994)
"Esse grupo foi, sem sombra de dúvidas, uma das melhores criações do mundo da música. Nesta época eles faziam um atmospheric doom metal e este trabalho é espetacular. Cozinha instrumental perfeita e o grande destaque é a vocalista Kari, dona de uma voz belíssima. Composições tristes e lindas do começo ao fim do full. Minha única reclamação é que eles JAMAIS deveriam ter encerrado as atividades. Maiores destaques: 'Why So Lonely', 'Atupoéma' e 'Shaman'."
[an error occurred while processing this directive]Silent Cry — "Goddess of Tears" (2000)
"Confesso que até é complicado falar desse grupo. Eu os acho grandiosos. Ouvi esse álbum exaustivamente. As melodias, a sonoridade e as composições são preciosas e trazem uma melancolia significativa. Com ótima produção, o que mais me marca aqui são as vocalizações da Suely Ribeiro que fazem lindo contraste com as do Dilpho Castro, além dos teclados do Bruno Selmer. O time está perfeito. Destaques: 'Desire of Dreams' e 'Last Visions'."
Álbuns que Marcaram
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