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Monsters Tour: 3 ícones britânicos abalam estruturas de Curitiba

Resenha - Monsters Tour (Pedreira Paulo Leminski, Curitiba, 28/04/2015)

Por Haggen Kennedy
Postado em 01 de maio de 2015

Três ícones britânicos abalam as estruturas de Curitiba com um som pesado, robusto e revelador. Sinônimos de heavy metal, Motörhead, Judas Priest e Ozzy Osbourne dão um banho de música (e espuma) nos presentes.

A noite começou com uma certa incerteza – e até um certo temor – quanto à presença do Motörhead no evento. Na verdade, quanto à presença e também quanto ao set list, pois a ausência da banda no Monsters de São Paulo não deixava entrever nem se ele apareceria, nem, se aparecendo, o quanto ficaria no palco.

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Felizmente, às 18:30 o power trio entra no palco e, sem firulas, o próprio Lemmy dispara: "Boa noite, Curitiba. Nós somos o MOTÖRHEAD. E tocamos rock n’ roll". Isso entremeado com uma gritaria ensurdecedora do público, é claro. Muitos viam a banda pela primeira vez, com seu cenário de fundo mostrando o mascote Snaggletooth e os anos 1975 e 2015 em dois naipes de espada com os dizeres victoria aut morte ("vitória ou morte" em latim) logo abaixo. Ou seja, são 40 anos de vida regados a muito, mas muito metal pesado.

E assim começou o show. Puxaram Shoot You in the Back, do clássico disco "Ace of Spades", lá de 1980, e não quiseram conversa: emendaram Damage Case sem deixar ninguém respirar, e, logo depois, Stay Clean. O som, que na primeira música cambaleava, nessa altura se acertou, pelo menos para o público. Em cima do palco, o guitarra Phil Campbell parecia não se escutar muito, conversando com o roadie algumas vezes e fazendo gestos com a mão para levantar ou abaixar o som dos outros instrumentos que saíam do retorno. Chegou a falar no microfone que não escutava muito bem o próprio instrumento, e Lemmy concordou. Campbell então trocou de guitarra, Lemmy deu um "oi" geral para o público e anunciou a próxima: "essa se chama Metropolis", levando outra do mesmo disco que a canção anterior.

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Tocaram com prazer e, ao final, quando Campbell clamou pelo grito do público, Lemmy não aceitou o barulho pela metade: "não, assim não. Vocês estão aí aos milhares. Quero ouvir a dor de vocês! É pra gritar: 1, 2, 3!", o público se esgoelou, o baixista dedicou a quarta música a todos, inclusive a si próprio, e mandou Over the Top, seguida por uma pausa para o solo de guitarra, com uma pegada bastante rock n’ roll, com direito a muito pentatônica e bends com gosto do melhor que existe no blues.

Seguiram então com Rock It e, na sequência, Do You Believe – essa útima sendo anunciada por Lemmy como sendo "meio que nova, é do nosso último disco. Quer dizer, último não. Nosso disco anterior", esclarecendo que o Motörhead ainda está longe de encerrar as atividades. Tocaram ainda "uma mais lenta", Lost Woman Blues (também do disco Aftershock, de 2013), e depois "uma mais pra frente", Doctor Rock, com direito a solo de bateria de Mr. Mikkey Dee, mais novo integrante da banda (e "mais novo" equivale a 23 anos no grupo, frise-se). Entraram com a última estrofe (e refrão) de Doctor Rock e finalizaram em tom teatral. Lemmy então apresentou a próxima da noite explicando que o poder não é tudo: "só porque você tem poder, isso não significa que você tem o direito". E Campbell completou, magistralmente: "e você continua sendo um FDP". Levaram Just 'Cos You Got The Power, com direitos a solos inspiradíssimos de Phil Campbell.

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Conversando com a plateia, Lemmy diz que "a próxima é uma bem rock n’ roll", e pergunta: "vocês gostam de rock n’ roll, não gostam?", e, inconformado com o grito do pessoal, comanda: "Say Yes!". Leva então Going to Brazil, com alma, de fato, extremamente rock n’ roll, puxando o clássico máximo da banda, Ace of Spades, logo em seguida, cantada com muita empolgação pelo público.

Deixando o palco, a banda volta para o bis poucos minutos depois, e Lemmy comunica inequivocamente seu amor pelo Brasil – "I fuckin’ love Brazil. I like South America, but I fuckin’ LOVE Brazil!" –, oferecendo inclusive um dos motivos incontestáveis dessa paixão: "sabiam que o Brasil é o único lugar onde consegui transar no banco de trás de um táxi?". Até os colegas de banda riram – e concordaram. Apresentou então o comparsa de "30 anos de Motörhead, Phil Campbell", e logo depois, o excelentíssimo Mikkey Dee, que passou o show inteiro agitando como um louco atrás da bateria, sempre puxando a galera pra cima quando se calavam. Campbell então tomou o microfone, conclamando o público a soltar a voz: "façam barulho, caralho. Porque logo aqui ao lado está Mr. Lemmy KIL-mister", pronuciado como se fossem dois L’s. O baixista então imediatamente agradece a Phil e ao público curitibano, pedindo encarecidamente que não se esqueçam da banda – "please don’t forget us. We are Motörhead, and we play rock n’ fucking roll!". E se houve uma piada na noite, foi essa. Esquecer do Motörhead é como esquecer do Black Sabbath, do Judas, de Ozzy, do Iron Maiden, em suma: é esquecer do próprio heavy metal. É esquecer, de fato, do próprio deus, segundo um certo "cabeça de vento" (e quem prestou atenção entendeu a referência). Ou seja, simplesmente não existe essa opção.

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Tocaram ainda Overkill, a última da noite, que, para surpresa deste redator, contou com o mestre Kilmister segurando o baixo exatamente como o faz seu colega britânico Steve Harris – aquela mesma pose de metralhadora apontando o instrumento para o público. Será que a influência do Motörhead sobre ‘Arry foi além da música em si? A banda deixa o palco então imerso em escuridão sob os aplausos do público, que passava então a aguardar a próxima apresentação da noite.

E que apresentação. O quinteto do JUDAS PRIEST subiu ao palco logo após o som mecânico de Battle Cry, música do novo disco Redeemer of Souls, de 2014. Abriram o set com Dragonaut, faixa que abre também o próprio Redeemer, e emendaram com Metal Gods, clássico de 1980. O som foi um estouro de intensidade, heavy metal em sua forma mais pura, acompanhado com grande empolgação pelo público. Ver – ouvir! – aqueles Deuses do Metal à queima roupa é uma experiência única.

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Dali a pouco o metal god Rob Halford se dirigia ao público, afirmando pungentemente, para que não restassem dúvidas: "the Priest is back!", inquirindo aos gritos no microfone se todos estavam prontos para uma sonora noite de heavy metal – "are you ready?". Perguntou uma, duas, três vezes, e quando a comoção dos presentes já era grande, declarou: "let’s go!", puxando Devil’s Child, a primeira do que somariam três músicas do Screaming for Vengeance aquela noite. Logo depois, sem dizer nada, ouviu-se o som das guitarras duplas, tão simbólicas da NWOBHM: era o início da canção mais antiga da noite, Victim of Changes, que já soma 39 anos de idade. É isso mesmo. O Judas Priest está na ativa há incredibilíssimos 46 anos, e de posse dos insanos gritos de Mr. Halford, que do topo de seus 63 anos de idade cantava "No! No!", incorporando "Curitibaaaaa..." ao final da música em agudos de pujança digna dos idos de 1976.

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Mas a vida não é só feita de passado. Para (com)provar isso, levaram, sem temor, Halls of Valhalla, outra do petardo mais recente do conjunto. Com o diferencial de que quem estava na Pedreira pôde testemunhar, ao vivo, Rob Halford mesclando agudos com guturais ao cantar "halls... of Valhalla!", com pegada infinitamente superior ao murmúrio que se ouve na versão de estúdio. É realmente um espetáculo poder ver esses caras ao vivo. As coisas que se podem contar depois...

Outro exemplo foi a música da sequência, Turbo Lover, do no mínimo controvertido Turbo. Mas com uma bateria de verdade no fundo e guitarras distorcidíssimas na frente, o som é outro, e a controvérsia que se fez em 1986 deu lugar a uma pegada sólida, com extremo vigor. Ao fim, Halford agradeceu o público e disse que era um prazer estar em terras curitibanas pela primeira vez para mostrar a música do velho Judas. Fez uma breve divulgação do disco novo, Redeemer of Souls (que, aliás, está sensacional. Se não escutou ainda, dê um jeito de ouvir) e chamou a faixa-título, tocada com uma garra por esses sessentões (à exceção de Scott Travis, 53; e Richie Faulkner, 35) que certas bandinhas adolescentes hoje sequer sonham em ter. Depois o vocal agradeceu ao público e declarou que o Judas vinha fazendo heavy metal há 40 anos (aparentemente Rob só contou os anos a partir de Rocka Rolla, arredondando ainda o ano que sobrou – porque tem anos de sobra, mesmo) e que a próxima era do "Defenders of the Faith", anunciando enfim Jawbreaker.

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Levaram ainda Breaking the Law, que não poderia faltar, com o cenário de fundo mostrando luzes de patrulha policial e cantada por todos os presentes com grande emoção. Em seguida, Halford desaparece para entrar no palco em seguida numa moto, o som dos motores ribombando no PA. Era a deixa para tocarem Hell Bent for Leather, com um logotipo imenso no fundo mostrando "Judas Priest – Birmingham", em alusão à cidade britânica onde a banda nasceu.

Halford então agradece a plateia em português ("obrigado!") e a banda some do palco para retornar, pouco tempo depois, para o bis. Entra o som mecânico de The Hellion, que dá lugar a Electric Eye, com sua pegada "pra frente". No fim o conjunto some do palco mais uma vez e só quem permanece é o batera Scott Travis, que toma o microfone e pergunta em alto e bom som: "Curitiba, pra saideira, o que é que vocês querem ouvir?". Lógico que a resposta foi uníssona. Mas Travis ainda cutucava o público: "é o quê?!". Perguntou três vezes antes de puxar a conhecidíssima linha de bateria da música que absolutamente não poderia jamais faltar em um show do Judas. Painkiller contou com a comoção geral da Pedreira, e talvez a surpresa maior da noite tenha ficado por conta dos solos, que, por algum motivo, foram todos tocados por Glenn Tipton (Richie Faulkner limitou-se a fazer a base durante todo o curso da música).

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Contrariamente ao que dissera Travis, o Judas tocou ainda uma última música – a verdadeira saideira da noite –, Living after Midnight. Halford agradeceu novamente ao público em português, deixando escapar inclusive um "I love you all" (que seria mais esperado de Ozzy), deixando então o palco sob aplausos abundantes do público, depois de mais de uma hora de INTENSO heavy metal.

Esperava-se que a banda principal da noite entrasse por volta das 22:20 devido ao set do Judas, que teve um pequeno atraso. Mas eram 22:00 em ponto quando os PAs pareciam explodir com algum tipo de bomba. O susto deu lugar a um breve coro operístico (parecido com o de Symphony of Destruction do Megadeth) que, por sua vez, deu lugar à presença de ninguém menos que o Príncipe das Trevas em pessoa. Bem do centro do palco Mr. Ozzy Osbourne gritava a plenos pulmões no microfone: "are you fucking crazy?", com urros esgoelados do público em resposta. Perguntou mais duas vezes antes de finalmente se convencer, em meio a gritos ensandecidos da plateia, declarando enfaticamente: "Let the madness begin!". Tommy Clufetos desceu a primeira baqueta na bateria e o resto da banda entrou com Bark at the Moon, os conhecidos acordes de teclado soando em volume altíssimo na Pedreira.

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Cantada, aliás, por todos, até pelos mais bêbados (principalmente pelos mais bêbados!) no local, gritando o refrão "Bark at the Moon!" do começo ao fim numa super energia. O grego Gus G. sentou o pau na guitarra e assim que a última nota soou, 15.000 pessoas já gritavam "Ozzy! Ozzy!" com grande empolgação.

O Prince of Darkness nota a empolgação e, exclamando que "parece que há um banco de loucos aqui essa noite", chama Mr. Crowley, outra favorita do grande público. Claro, devidamente acompanhada do "ô ô ô" na introdução de teclado, com gritos gerais de "Mr. Crowley" logo depois. Mas só da plateia. Ozzy, calado e fazendo suspense, só se pronunciou um minuto após, chamando o nome da música e sendo acompanhado pela banda, regada a muita emoção por parte dos presentes, que aqui e ali exclamavam um "PQP", visivelmente satisfeitos com o desenvolvimento dos acontecimentos. Logo em seguida, outra do "Blizzard of Ozz": I Don’t Know, a segunda do que totalizariam três músicas do primeiro disco solo do "vovô do heavy metal". E na sequência, outra ainda mais antiga: Fairies Wear Boots, do Black Sabbath.

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Ozzy realmente é um ícone. Mesmo nas partes instrumentais, ele simplesmente não sai do palco; e mesmo após uma vida extremamente desregrada e com 66 anos de idade, continua agitando loucamente em cima daquele tablado. Pula, corre, bate no chão com os pés, faz todo mundo jogar as mãos para cima e bater palmas, empolga o público o tempo todo, tudo isso sem parar um segundo. Sem contar com a espuma, que deu as caras o show todo – a mangueira inclusive fica preparada de antemão ali mesmo no chão, ao lado do microfone. A exemplo da polêmica Suicide Solution, que se seguiu logo depois, com muita espuma e aos gritos de "let’s go!" por parte de Ozzy, que fazia todo mundo sair do chão, com direito a um "we love you all" no meio da música. Aliás, o próprio vocalista chamou um "olê olê olê", a que o público deu seguimento com satisfação cantando "Ozzy... Ozzy!", antes de puxar Road to Nowhere. Gus G. tirou as partes de Zakk Wylde com perfeição, incluindo os harmônicos, e depois de suas passagens no Firewind, Dream Evil e Arch Enemy, realmente chegou num ponto em que não há nada mais a provar. O cara é bom. Simples assim.

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A próxima foi War Pigs – outra do Black Sabbath –, que teve a honra de contar com a presença do tecladista e menino prodígio Adam Wakeman (filho de Rick Wakeman, do YES). Deixando os teclados para trás, Adam foi até a frente do palco, guitarra em punho, para dar uma força nas bases e deixar a música mais pesada. Cantada por todos os presentes, Ozzy, além de fazer todos baterem palmas e agitarem muito, alternou estrofes da música, cantando uma e deixando que o público, sozinho, cantasse a outra. O público curitibano encarou o desafio e mandou ver muitíssimo bem, recitando de cabo a rabo um dos maiores hinos do heavy metal. Satisfeito, o vocalista gritou um "I love you all" ao final e perguntou se todos estavam se divertindo, exigindo uma resposta definitiva do público – "não consigo ouvir vocês!". Quando o grito foi um "yes!" perfeitamente sonoro e uníssono da plateia, puxou então outra da fase solo, a conhecidíssima Shot in the Dark, para alegria dos presentes.

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Levou ainda Rat Salad, do Black Sabbath, que contou com solos de guitarra e bateria, respectivamente. Aliás, o som que Gus G. tira daquela (ou melhor, daquelas) ESP não é brincadeira. Som limpíssimo, e mesmo a altíssimas velocidades, não fritou nada, sendo perfeitamente audível uma palhetada por nota. Ou melhor, não fritou na hora do solo individual, porque após a banda retomar Rat Salad, fritou com gosto, provando que tem o poder de fazer, mesmo, o que bem quer com a guitarra. Merece a exclamação até em grego: μα τι στο καλό ήταν αυτό, ρε καλέ;!

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Depois arregaçaram as mandas ainda com Iron Man – também do Sabbath –, com direito a muita, muita espuma, inclusive sobre o coitado do roadie, que apenas tentava limpar o chão do palco; I Don't Want to Change the World, outra do "No More Tears"; e, finalmente, Crazy Train, outro clássico indiscutível de sua fase solo, que sempre remeteu, remete e remeterá à figura emblemática do inesquecível Randy Rhoads (R.I.P.). Ao fim do set, Ozzy simplesmente ajelhou-se na frente do palco perante a totalidade dos pagantes da Pedreira e agradeceu a todos efusivamente antes da banda finalmente sair do palco.

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Voltaram para o bis pouco depois com a última da noite, Paranoid, quinta e derradeira música do Black Sabbath naquela apresentação. Foi um show que contou com sucessos cobrindo toda a sua fase mais antiga – também a de maior sucesso –, para delírio dos presentes, que sem dúvida sonhavam em ver o Príncipe das Trevas ao vivo e a cores. Pois quem foi, não só viu, mas ouviu, em primeira mão, um heavy metal de qualidade estrondeando dos alto-falantes da Pedreira Paulo Leminski.

Resumo da noite: o Motörhead, como sempre, apresentou um show clássico, sem firulas. Não houve pirotecnia nem milhares de luzes e lasers. Tudo é focado no som: um heavy metal (ou "rock n’ roll", como diria o mestre Lemmy) puríssimo, pesado pra cacete e sempre envolvente. A simplicidade da banda pode ser vista desde sua introdução no show (sem música de abertura, nem coros operísticos, nem efeitos visuais: é só o deus Lemmy lá na frente, dizendo em alto e bom som, "we are Motörhead, and we play rock n’ roll") até os efeitos de palco, praticamente inexistentes (há um pouco de gelo seco durante o solo de bateria e no final do show). Mas a força do som é impagável, e o peso do baixo e a qualidade das músicas, além da sinceridade de Mr. Kilmister, um cara que viveu (e vive) pra isso há 70 anos, são simplesmente impagáveis.

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Já o Judas foi (e é!) realmente a epítome do heavy metal. É difícil bater esses caras na pegada essencialmente NWOBHM que parecem exalar pelos poros. PQP. Estamos falando de músicas resistentes como o couro e afiadas como os spikes que usam. Um misto de brilhantes linhas de guitarra, batidas estrondosas e vocais que vão de ameaças ardentes a uivos opertísticos aparentemente feitos sob medida para bater cabeça. Sem falar na flexibilidade das guitarras, cuja combinação Glenn Tipton–K.K. Downing resultou em composições que terminaram por moldar todo um universo da música. E, claro, à frente de tudo, o poderoso e inigualável Rob Halford, o ás na manga da banda, com seus cantos aterrorizantes que muito se tentou imitar, mas nunca foi duplicado. É um cara que fala, em suas músicas, de tópicos cobrindo o autoempoderamento, liberação e castigo – e quando grita por vingança, a intensidade é de matar. Infelizmente não tocaram March of the Damned, que rolou no Monsters em São Paulo, mas foi indiscutivelmente um puta show.

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E Ozzy foi a surpresa da noite. Longe de ser a múmia caquética que muitos lhe tentam fazer parecer, o madman pulou, gritou, correu e divertiu todos os presentes com um carisma que inequivocamente apenas os grandes possuem. Foram sucessos das fases Sabbath e Ozzy, focados principalmente no período compreendido entre 1970 e 1983, com um parênteses para 1991 (ano do "No More Tears"). No set list original estavam previstas as músicas Fire in the Sky e Mamma, I’m Coming Home, que terminaram não sendo tocadas, provavelmente por causa do horário (o show terminou às 23:30, e a Pedreira já teve diversos problemas por conta da área residencial do entorno, que se sente prejudicada com som alto do local, já havendo sido inclusive interditada por algum tempo). Principalmente por ser uma terça-feira, e não um final de semana – muitos trabalhariam de manhã cedo. Porém, malgrado as músicas não tocadas, esse continuou sendo um show que pareceu mais um presente, especialmente para quem nunca havia visto tantos "montros do rock" juntos. Siim, essa Monters Tour foi mesmo um sucesso.

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SET LISTS

MOTÖRHEAD
1. Shoot You in the Back
2. Damage Case
3. Stay Clean
4. Metropolis
5. Over the Top
Guitar Solo
6. The Chase Is Better Than the Catch
7. Rock It
8. Do You Believe
9. Lost Woman Blues
10. Doctor Rock (solo de bateria)
11. Just 'Cos You Got the Power
12. Going to Brazil
13. Ace of Spades
Bis:
14. Overkill

JUDAS PRIEST
Intro: Battle Cry (som mecânico)
1. Dragonaut
2. Metal Gods
3. Devil's Child
4. Victim of Changes
5. Halls of Valhalla
6. Turbo Lover
7. Redeemer of Souls
8. Jawbreaker
9. Breaking the Law
10. Hell Bent for Leather
Bis:
Intro: The Hellion (som mecânico)
11. Electric Eye
12. Painkiller
13. Living After Midnight

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OZZY OSBOURNE
1. Bark at the Moon
2. Mr. Crowley
3. I Don't Know
4. Fairies Wear Boots (Black Sabbath)
5. Suicide Solution
6. Road to Nowhere
7. War Pigs (Black Sabbath)
8. Shot in the Dark
9. Rat Salad (Black Sabbath)
Solo guitarra
Solo bateria
10. Iron Man (Black Sabbath)
11. I Don't Want to Change the World
12. Crazy Train
Bis:
13. Paranoid (Black Sabbath)

Fotos: Kennedy Silva. Galeria completa em
https://www.facebook.com/kennedysilvaphotos

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Sobre Haggen Kennedy

Nascido ao fim dos anos 70 e adolescido em meio ao universo metálico, Haggen Heydrich Kennedy já trabalhou e atuou numa vultosa gama de atividades, como o jornalismo, o desenho, a informática, o design e o ensino, além de outros quefazeres. Atualmente vive em Atenas, Grécia, onde estuda História, Arqueologia e Grego Antigo na Universidade de Atenas. A constante nesse turbilhão de ofícios, todavia, sempre constituiu-se de dois fatores: as línguas (ainda hoje trabalha com tradução e interpretação) e a música - esse último elemento, definitivo alimento espiritual.
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