Steve Harris relembra sua mansão "assombrada" que inspirou a letra de "Fear of the Dark"
Por André Garcia
Postado em 19 de janeiro de 2025
O Iron Maiden conquistou o mundo carregando a bandeira do metal britânico com a sequência de obras-primas "The Number of the Beast" (1982), "Piece of Mind" (1983), "Powerslave" (1984) e o álbum ao vivo que eternizou aquela era, "Live After Death" (1985).
Depois dali, a banda foi seguindo outros rumos musicais e se tornando mais nichada com "Somewhere in Time" (1986), "Seventh Son of a Seventh Son" (1988) e "No Prayer for the Dying" (1990).
Foi com "Fear of the Dark" (1992) que o Maiden atraiu um novo público com a faixa-título e a balada "Wasting Love" — foi nessa fase que eu, então criança, descobri a existência da banda.
Se você pensa, entretanto, que em sua letra Steve Harris compartilhava com o público seu medo mais profundo... sinto decepcionar, mas não é o caso.
Em entrevista de 2019 para a Rolling Stone Harris garantiu não ter medo do escuro:
"Não [tenho medo do escuro]. Eu escrevi essa música porque morei por muitos anos em um casarão medieval muito antigo no Reino Unido. Não era uma mansão no estilo medieval — era uma construção datada de 1400! Meus filhos sempre me diziam que ela era meio assustadora, mas eu brincava dizendo 'Olha, a coisa mais assustadora que tem nesta casa sou eu!'"
"Mas, como era uma casa de madeira, tinha muito rangido. Tanto no calor quanto no frio madeira se dilatava ou contraía, então todos os cantos e fendas rangiam. O pessoal costumava estranhar. Aquilo não me incomodava porque eu morava lá, mas a imaginação das pessoas saía de controle. As pessoas gostam de temer. Portanto, há um elemento disso ali [na letra de 'Fear of the Dark'], mas também é sobre aquela casa, que para alguns era assombrada por fantasmas. Talvez até fosse mesmo!"
Outra lenda do rock britânico que já habitou um lugar para lá de assustador foi Jimmy Page: que não só comprou a casa onde viveu o ocultista Aleister Crowley com morou nela.
"As más vibrações já estavam lá", contou ele à Rolling Stone, em 1975. "Um homem foi decapitado lá, então às vezes você ouvia a cabeça dele rolando pelas escadas. Claro, depois de Crowley [outras pessoas moraram lá e] aconteceram suicídios, gente que foi parar em hospício..."
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