Iced Earth: em post apagado, Stu Block apoia invasão ao Capitólio; ele se retrata
Por Igor Miranda
Postado em 11 de janeiro de 2021
Uma captura de tela de uma postagem no Facebook atribuída ao vocalista Stu Block, do Iced Earth, mostra o cantor apoiando a invasão ao Capitólio, o prédio do Congresso dos Estados Unidos, ocorrida na última quarta-feira (6). O guitarrista e líder da banda, Jon Schaffer, estava no grupo de apoiadores do presidente Donald Trump que entrou sem permissão no local, cometendo uma série de crimes.
Conforme noticiado anteriormente, Jon Schaffer está entre os procurados pela polícia de Washington, capital dos Estados Unidos, e pelo Departamento Federal de Investigação americano (FBI), pela invasão ao Capitólio. O líder do Iced Earth ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.
Na publicação, feita no dia 6 de janeiro e já apagada, Stu Block declarou, no dia da invasão: "Oh, está acontecendo! A história está sendo feita. Enviando amor aos meus amigos nos Estados Unidos e em todo o mundo". O print screen foi divulgado pelo brasileiro André Breder e republicado pelo site MetalSucks.
Um internauta chegou a perguntar se ele estava "condenando" o ocorrido. Então, conforme apontado na captura de tela, o vocalista respondeu: "E em qual lugar da minha declaração você teve essa impressão?".
Após Stu Block remover a postagem, diversos seguidores passaram a questioná-lo, divulgando a captura de tela da publicação deletada. De acordo com o MetalSucks, todos esses internautas estão sendo bloqueados da página de Block e tendo seus comentários apagados.
Posicionamento contraditório
Seguidores de Stu Block o questionaram, especialmente, pelo posicionamento soar contraditório, já que ele repudiou o ocorrido em uma nota também assinada por seus colegas de Iced Earth, com exceção de Jon Schaffer. Block, o baixista Luke Appleton, o guitarrista Jake Dreyer e o baterista Brent Smedley divulgaram o comunicado no último sábado (9).
No texto, os companheiros de Schaffer no Iced Earth buscaram se afastar da polêmica. Os músicos afirmam que não apoiam a violência registrada em meio ao protesto e disseram que confiam na investigação da Justiça sobre os atos.
"Queremos agradecer a todos que enviaram palavras de apoio nos últimos dias. Alguns de vocês estão preocupados com nosso silêncio, o que entendemos. Precisávamos de algum tempo para processar adequadamente as informações e apurar alguns fatos antes de fazermos uma declaração", diz a nota, inicialmente.
Em seguida, os músicos declaram: "Em primeiro lugar, NÃO toleramos nem apoiamos os motins ou atos de violência em que os manifestantes estiveram envolvidos em 6 de janeiro no edifício do Capitólio dos Estados Unidos. Esperamos que todos os envolvidos naquele dia sejam levados à justiça para serem investigados e responder por suas ações".
Por fim, eles afirmam: "Com o coração partido, destinamos nosso amor e compaixão a todos que sentiram a dor dos acontecimentos de 6 de janeiro. Estamos muito tristes e nossos sentimentos estão com as famílias das vidas perdidas naquele dia. Não há palavras adequadas para consolá-los. Apenas saibam que estamos com vocês em seu estarrecimento, tristeza e dor. Muito amor a todos vocês. Stu, Luke, Jake, Brent".
Retratação
Diante da repercussão negativa, Stu Block se retratou em uma nova publicação no Facebook. O cantor confirmou a veracidade da captura de tela, mas disse que apagou sua postagem original porque foi "mal interpretado".
"Algumas pessoas odiosas postaram a captura de tela e eu tive que removê-las do meu perfil. Peço desculpas pela forma inadequada como redigi dois posts no Facebook em 6 de janeiro. Sou humano e cometo erros. Meu texto foi absolutamente mal compreendido e sei que as pessoas e a mídia podem interpretar as coisas de forma diferente", afirmou.
O vocalista disse que viu "algo histórico acontecendo, que talvez dividisse as pessoas em todos os lugares". "Então enviei meu amor a todos. Rapidamente removi a postagem após perceber que fui mal interpretado. Isso tudo ocorreu antes de eu descobrir que os manifestantes extrapolaram os limites", declarou.
Block reforçou que não tolera, nem apoia "qualquer ato de violência ou qualquer outra coisa com envolvimento de qualquer manifestante ou desordeiro no dia 6 de janeiro no edifício do Capitólio". "Se você me segue, sabe que geralmente sou um cara de paz, de gatinhos e de música. Acredito em protestos pacíficos e em expressar suas queixas, acredito no questionamento às autoridades apropriadamente, mas de uma forma pacífica e respeitosa. Novamente, peço desculpas a todos pela confusão", concluiu.
A invasão ao Capitólio
Um grupo de apoiadores de Donald Trump invadiu o Capitólio e entrou em confronto com a polícia na última quarta-feira (6) em meio à contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral americano nas eleições presidenciais, do último mês de novembro. Na ocasião, Joe Biden venceu Trump, que buscava continuar no cargo, e está prestes a se tornar o próximo presidente dos Estados Unidos.
Com o ato dos manifestantes, a contagem oficial foi interrompida, bem no momento em que eram avaliadas objeções ao resultado no estado do Arizona, onde Joe Biden ganhou de Donald Trump. O atual presidente americano afirma, sem apresentar provas, que a eleição de Biden foi fraudada, provocando a vitória do candidato democrata - por isso, ele não aceita o resultado apresentado pelo Colégio Eleitoral.
De acordo com a Agência Brasil, antes da invasão, Trump fez um discurso de cerca de três horas para a multidão na praça do obelisco de Washington. Ao discursar, ele voltou a dizer que venceu as eleições. "Você não cede quando há roubo envolvido. Nosso país está farto e não vamos aguentar mais", afirmou.
Após diversos atos de vandalismo e relatos de tiros dentro do prédio - quatro pessoas foram mortas, em circunstâncias que ainda não foram totalmente esclarecidas -, o Congresso dos Estados Unidos precisou ser bloqueado por agentes da Guarda Nacional. Foi instituído um toque de recolher para acabar com os protestos.
Invasão do capitólio americano
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