Demons & Wizards: Hansi Kürsch confirma saída da banda após prisão de Jon Schaffer
Por Igor Miranda
Postado em 01 de fevereiro de 2021
O vocalista Hansi Kürsch (Blind Guardian) anunciou sua saída do Demons & Wizards, projeto que tinha ao lado do guitarrista Jon Schaffer (Iced Earth), preso por envolvimento na invasão ao Capitólio, o prédio do Congresso dos Estados Unidos.
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Em um comunicado divulgado à imprensa e publicado pelo site alemão Rock Hard, Kürsch declarou: "Disse a Jon e à Century Media nesta segunda-feira (1°) que estou deixando o projeto Demons & Wizards, uma decisão com efeito imediato. Minha colaboração com Jon no Demons & Wizards acabou".
No mês passado, logo após a invasão ao Capitólio, ocorrida no último dia 6, Hansi divulgou uma nota onde lamenta o ocorrido. "Estamos profundamente chocados e nossos pensamentos estão com os familiares da falecida. Nos distanciamos expressamente de qualquer tipo de violência, independentemente se aplicada contra instituições ou pessoas. Os incidentes serão investigados exaustivamente e os responsáveis serão levados à justiça Pedimos que entendam que, tendo em vista a situação das notícias de última hora, não faremos mais comentários no momento", afirmou, na ocasião.
Jon Schaffer se entregou às autoridades no último dia 17 de janeiro, onze dias após a invasão ao Capitólio. Um grupo de apoiadores do presidente Donald Trump entrou sem permissão no local, cometendo uma série de crimes e alegando, sem provas, assim como Trump, que a eleição presidencial vencida por Joe Biden foi objeto de fraude.
No dia 8 de janeiro, dois dias após a invasão, o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) divulgou fotos de várias pessoas envolvidas na entrada ilegal ao Capitólio, que resultou em violência. Foram registrados diversos atos de vandalismo e relatos de tiros dentro do prédio - quatro pessoas foram mortas, em circunstâncias que ainda não foram totalmente esclarecidas.
Em meio às fotos, estava Jon Schaffer, que usava um chapéu da Oath Keepers, uma milícia antigovernamental de extrema-direita. Ele estava ao lado de outros manifestantes e, na imagem, aparecia dentro do prédio.
Estima-se que pelo menos 170 pessoas estão sendo investigadas pelo FBI por terem feito parte da invasão. Ao menos 54 cidadãos já foram acusados criminalmente pelo ato.
O músico é acusado de seis crimes:
- Entrar ou permanecer, de forma consciente, em um edifício ou terreno restrito sem autoridade legal;
- Perturbar a conduta de ordem da rotina governamental;
- Participar, de forma consciente, de um ato de violência física contra qualquer pessoa ou propriedade em qualquer edifício ou terreno restrito;
- Entrar, de forma violenta e desordeira, em um edifício do Capitólio;
- Envolver-se em um ato de violência física em um edifício do Capitólio;
- Realizar desfile, manifestação ou piquete em um edifício do Capitólio.
Em nota, o FBI declarou: "Jon Schaffer, de Columbus, Indiana, foi preso devido à conexão com o incidente de 6 de janeiro no Capitólio dos Estados Unidos. Schaffer enfrenta seis acusações, incluindo envolvimento em um ato de violência física no prédio do Capitólio. Schaffer, supostamente, estava entre os desordeiros que dispararam 'spray de urso' (uma variação mais forte do spray de pimenta, usada para conter ursos; imagens abaixo) no policiamento no Capitólio".
A invasão ao Capitólio
Um grupo de apoiadores de Donald Trump invadiu o Capitólio e entrou em confronto com a polícia, no dia 6 de janeiro, em meio à contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral americano nas eleições presidenciais, do último mês de novembro. Na ocasião, Joe Biden venceu Trump, que buscava continuar no cargo, e está prestes a se tornar o próximo presidente dos Estados Unidos.
Com o ato dos manifestantes, a contagem oficial foi interrompida, bem no momento em que eram avaliadas objeções ao resultado no estado do Arizona, onde Joe Biden ganhou de Donald Trump. O atual presidente americano afirma, sem apresentar provas, que a eleição de Biden foi fraudada, provocando a vitória do candidato democrata - por isso, ele não aceita o resultado apresentado pelo Colégio Eleitoral.
De acordo com a Agência Brasil, antes da invasão, Trump fez um discurso de cerca de três horas para a multidão na praça do obelisco de Washington. Ao discursar, ele voltou a dizer que venceu as eleições. "Você não cede quando há roubo envolvido. Nosso país está farto e não vamos aguentar mais", afirmou.
Após diversos atos de vandalismo e relatos de tiros dentro do prédio - quatro pessoas foram mortas, em circunstâncias que ainda não foram totalmente esclarecidas -, o Congresso dos Estados Unidos precisou ser bloqueado por agentes da Guarda Nacional.
Invasão do capitólio americano
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