Iron Maiden: Grata surpresa e despedida perfeita do gigante
Resenha - Book Of Souls - Iron Maiden
Por Luis Wasques
Postado em 11 de setembro de 2015
Nota: 9 ![]()
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Este álbum é, na verdade, uma grata surpresa. Muitos vão considerar blasfêmia, mas é como se o Maiden tivesse gravado o Seventh Son of a Seveth Son novamente. Lá também haviam músicas longas e progressivas se esse for o argumento para malhar o novo disco.
Acho que falta um pouco de boa vontade aos céticos mas, na minha opinião, este é o melhor disco do Iron Maiden em anos. Ameaça até o BNW, bem como FOTD e NPFTD. Não acharei absurdo se muitas pessoas considerarem The Book of Souls o melhor álbum da donzela desde 7th Son of a 7th Son.
Detalhes importantes que justificam minha opinião:
1) O grande "contra" da fase pós 2000 é o excesso de longas introduções baseadas em dedilhados de baixo e guitarras, presentes talvez em menos escala no BNW. Pois bem, em The Book of Souls isso acabou. Existe em uma ou outra música, exatamente como deve ser!
2) Cavalgadas de baixo e guitarra. Perceberam? É o velho Maiden do qual há muito estávamos com saudade.
3) Música épica com piano. Ok, ninguém está entendendo essa música. Mas para você que diz que o Iron Maiden é sempre a mesma coisa, tem lá no final uns 18 minutinhos pra você dizer que isso não é Maiden e entrar em um colapso de opiniões bem maneiro. Minha opinião é que cada vez que eu ouço "Empire of the Clouds" descubro algo novo. Desconfio que quando eu começar a prestar a atenção na letra será algo fantástico. Sei que ela fala sobre o desastre do Zeppellin em 1937. Só sabendo o tema é possível visualizar um filme ouvindo essa música.
4) Melodias. Muitas melodias bem feitas. Principalmente de guitarra e voz. Pensando bem, vem melodia até da bateria. O Nicko está surpreendentemente "não preguiçoso". Desculpa Nicko, mas tem uns álbuns aí que você parecia um "Nickotrônomo".
5) O álbum tem músicas rápidas que queríamos que fossem longas: "Speed of Light", "Death or Glory". Tem músicas longas que passam rápido demais: " If Eternity Should Fail", "The Book of Souls", "The Red and the Black" e ainda tem uma música cujo o tema é um dos nossos atores preferidos: "Tears of a Clown".
5) Bruce Dickinson, 57 anos. Quando eu estiver com 57 anos eu espero conseguir me manter em pé. Mas este senhor gravou este álbum, com esse nível monstruoso de vocal e ainda com um câncer na língua e garganta de brinde.
Essa é a minha opinião, e como a opinião de qualquer um, é totalmente pessoal. O fato de eu estar escrevendo um post deste tamanho só pra falar de um álbum que vazou outro dia já é o suficiente pra convencer a mim mesmo que este disco tem algo muito especial.
Notei algo muito específico em The Book of Souls. Existem elementos musicais de exatamente toda a carreira da banda. Podem procurar. O álbum é simplesmente uma retrospectiva de uma história fantástica que só quem é fã da banda entende.
Eu cravo, aqui, que estamos testemunhando o último álbum de estúdio produzido pela banda. Tudo leva a isso. Posso estar errado, mas seria um final perfeito.
Nunca haverá outra banda como o Iron Maiden.
Curtam o The Book of Souls. O Universo possui 13 bilhões de anos e vocês tiveram a sorte de viver na mesma geração de uma banda imortal. Vocês vão morrer, vai passar mais 13 bilhões de anos e, definitivamente, não haverá outro Iron Maiden.
Iron Maiden - The Book of Souls
Disco 1
1. "If Eternity Should Fail"
2. "Speed Of Light"
3. "The Great Unknown"
4. "The Red And The Black"
5. "When The River Runs Deep"
6. "The Book Of Souls"
Disco 2
1. "Death Or Glory"
2. "Shadows Of The Valley"
3. "Tears Of A Clown"
4. "The Man Of Sorrows"
5. "Empire Of The Clouds"
Outras resenhas de Book Of Souls - Iron Maiden
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