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Horna: black metal made in Finlândia invade o país

Resenha - Horna (Fofinho Rock Bar, São Paulo, 21/10/2011)

Por Durr Campos
Postado em 26 de outubro de 2011

Malevolência, escuridão, obscuridade, blasfêmia e muito peso marcaram a passagem da horda finlandesa HORNA em nosso país. Com impressionantes 12 datas em território nacional, este é provavelmente o giro mais extenso que uma banda de black metal já realizou por aqui. O Whiplash! esteve no II Darkness and Hate Fest, que marcou a primeira apresentação da tour. Além da atração principal, estiveram no local outros importantes nomes do cenário negro paulista: Mighty Goat Obscenity, Agouro e o grande Torqverem.

Texto por Durr Campos/ Fotos por Pierre Cortes

O tradicional Fofinho Rock Bar, em São Paulo, abriu suas portas por volta das 22h e, não muito após, o MIGHTY GOAT OBSCENITY deu início ao seu set. O pessoal caprichou no cenário, com direito a caixão, crucifixos invertidos, pentagramas e simbologias diversas espalhadas pelos quatro cantos do palco. Imperator Flagellum Christus vociferava cada palavra com extrema perversidade. O corpsepaint, bastante incomum, me lembrou a utilizada pelo cineasta George Lucas na composição do personagem Darth Maul, apresentado no Star Wars Episódio I: A Ameaça Fanstasma. Promovendo seu mais novo artefato Kosmos Satan’s Sovereign, tocaram ritos como "Ad Gloriam Dominus Luciferi", a faixa-título e uma das mais impactantes, "Anti-Christ Black Metal", entregando exatamente qual a proposta do grupo.

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Pausa para cervejas, bate-papo com amigos e algumas compras, era hora de conferir a próxima da noite. Coube ao AGOURO a tarefa de superar o holocausto sonoro causado pelo Mighty Goat Obscenity. Tiveram sucesso, pois foram responsáveis por um dos melhores shows do evento. Munido de um black metal extremamente agressivo e técnico nos moldes de Emperor, Dissection e Rotting Christ, a horda apresentou uma postura de palco profissional e agradou em cheio ao pequeno, porém interessadíssimo público. Destaque para o carismático vocalista/guitarrista Venom Agorath e menções honrosas aos temas "Satanic Triumph", "Impetuous Kingdom", "Infernal Pride" (nota do redator: que batiza seu debut e mais recente registro de estúdio) e a excelente "Luciferian Age". Uma ótima pedida também aos apreciadores da velha escola nórdica perpetuada por Mayhem, Darkthrone, Immortal, Satyricon, dentre outros.

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Assim que o Agouro finalizou seu set, teve início uma correria por parte da equipe da atração seguinte, para deixar tudo pronto em tempo hábil, haja vista o avançar do horário. Aproveito para destacar a dedicação com que o líder do TORQVEREM, o guitarrista e vocalista V. A. Necrovisceral, lidou desde a montagem do cenário até a retirada do equipamento do palco. Pude falar rapidamente com ele ao final e constatei a árdua noite que tivera extra-show. No âmbito musical, é plenamente perceptível o porquê do respeito que esta banda vem conquistando no underground mundial. Com o lançamento do aguardado debut "Vber Crvciatvs" certamente as coisas tomarão uma proporção ainda maior. Como não tive acesso ao set-list deles e não conheço as músicas por nome, prefiro me abster dos destaques, mas posso garantir que do primeiro ao último acorde o Fofinho transformou-se no inferno na Terra! As linhas vocais de Necrovisceral são uma abominação e casam perfeitamente com o som praticado. A musicalidade é profundamente gélida e blasfema. O fato de utilizarem algumas cabeças de porco – vide foto nesta mesma página, geraram ainda mais imundice à performance. Deixo aqui uma pergunta: Há algum leitor que possui os raros "Opvs Infernii", "Fvneral da Alma Cristã" (nota do redator: limitada a 40 cópias) e o EP "Vrvs Necrovisceral"? Manifeste-se na seção de comentários, sortudo!

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Com um legado de pouco mais de 18 anos, o HORNA é uma daquelas bandas que a despeito da ascensão do black metal, nunca de fato alcançou um patamar muito elevado em se tratando de popularidade, mesmo dentre os apreciadores da escuridão. Entretanto, para quem a segue, é tida como uma lenda! Para o bem (ops!) ou mal, o fato é que o quinteto deixou de lado sua misantropia e, finalmente, veio conhecer seus fãs brasileiros em doze datas ao redor do país, como relatei no primeiro parágrafo.

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A discografia deles é um tanto confusa, pois possuem não só álbuns full-length como inúmeros EPs, singles, splits, compilações e demos, totalizando cerca de 40 itens! Logicamente não abrangeram todos os artefatos em seu repertório, mas os presentes não ficaram sem os maiores hinos, a exemplos de "Ääni Yössä", que dá nome ao registro lançado em 2006; "Örkkivuorilta", do clássico debut Kohti Yhdeksän Nousua; as obrigatórias "Muinaisen Alttarilta" e "Nostalgiaa", bem como as fenomenais "Palavan Tyhjyyden Syvyyksiin" e "Baphometin Siunaus", presentes no EP Herran Ëdessa (2009) e no maravilhoso Sanojesi Äärelle (2008), respectivamente.

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Sobre a postura de palco, posso dizer que foram apenas OK, pois esperava mais interação com os fãs. Apenas o vocalista Spellgoth demonstrou alguma simpatia, mas pelos vídeos dos tempos de Corvus, que deixou o posto de frontman após sete anos, seu esforço foi na medida do razoável. Da formação original restou apenas o guitarrista e eventual cantor Shatraug. Os demais membros, isto é, Infection (na outra guitarra desde 2003); Oraken (responsável pelas quatro cordas há três anos); e o exímio baterista Vainaja (no cargo desde 2006), executaram com eficiência suas tarefas e não permitiram uma pausa sequer no headbangin’.

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Sobre Durr Campos

Graduado em Jornalismo, o autor já atuou em diversos segmentos de sua área, mas a paixão pela música que tanto ama sempre falou mais alto e lá foi ele se aventurar pela Europa, onde reside atualmente e possui família. Lendo seus diversos artigos, reviews e traduções publicados aqui no site, pode-se ter uma ideia do leque de estilos que fazem sua cabeça. Como costuma dizer, não vê problema algum em colocar para tocar Napalm Death, seguido de algo do New Order ou Depeche Mode, daí viajar com Deep Purple, bailar com Journey, dar um tapa na Bay Area e finalizar o dia com alguma coisa do ABBA ou Impetigo.
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