O sucesso do Paralamas onde Herbert admite uma inspiração externa: "Na verdade é um roubo"
Por Bruce William
Postado em 17 de janeiro de 2025
Lançado em 24 de abril de 1986, "Selvagem?" é o terceiro álbum de estúdio do Paralamas do Sucesso e se tornou um marco na carreira da banda. O disco, que mistura Rock, Reggae e MPB com temáticas sociais, é o segundo mais vendido do grupo, ficando atrás apenas de "Vamo Batê Lata". Entre suas faixas de destaque, a canção-título se consolidou como um dos maiores sucessos dos Paralamas.
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Em entrevista de 1986 à revista Mix, Herbert Vianna explicou como surgiu a canção. "Essa música pintou quando estavam eu, Bi e o João tocando, e aí eu tive a ideia do riff de guitarra. Sempre tocávamos porque curtíamos e achávamos legal, e foi a última letra que escrevi para o disco. Eu estava passando a limpo as letras do disco, aqui em casa, e já tinha algumas ideias, como o lance de 'apresentam suas armas'. Aí afastei os papéis da mesa e escrevi a letra em alguns minutos, direto. A base já estava gravada, voltamos para o estúdio, pedi um microfone e, sem mostrar pra ninguém, botei a voz. Felizmente, todo mundo gostou. Liminha especialmente", contou o vocalista.
Mais de uma década depois, em um workshop realizado na IG&T em 1997, Herbert revelou um detalhe curioso sobre a composição de "Selvagem". Ao ser questionado sobre a canção, ele admitiu: "'Selvagem' na verdade é um roubo". Ele se referia à inspiração retirada da música "What Is Life", do Black Uhuru, descrita por ele como uma das maiores bandas de Reggae de todos os tempos. "Existe uma música do Black Uhuru que tem aquele...", comentou Herbert, reproduzindo os acordes conhecidos de "Selvagem" em um estilo mais limpo e cantando a letra original jamaicana.
Logo em seguida, Herbert explicou o processo de adaptação que levou à versão final da música: "Mas como na música quase nada se cria e muito se copia, a gente acabou transformando...", disse ele, enquanto transicionava para os acordes distorcidos que deram a identidade única de "Selvagem" na versão do Paralamas. Com bom humor, Herbert ainda concluiu: "É a coisa mais simples do mundo, até a minha mãe sabe tocar".
A fala de Herbert pode ser conferida no player a seguir, a partir dos dezoito minutos.
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