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On The Road: Joni Mitchell e Charlie Mingus

Por Cláudio Vigo
Postado em 30 de outubro de 2001

Do que andei ouvindo esta semana, uma coisa me marcou profundamente: o álbum de 1980 de Joni Mitchell chamado "Shadows & Light" que reúne os concertos de sua fase mais jazzy com uma banda de colocar os cabelos em pé. Lembrei logo do disco gravado com Charlie Mingus, que tanto ouvi na época, quando a musa dentuça letrou algumas das maiores pérolas deste gênio, que estava no fim da viagem e acompanhou tudo numa cadeira de rodas. Nestes tempos bicudos e insalubres me veio à lembrança a sentença: "God must be a Boogie Man!"

Tudo começou quando meu amigo e "enfant terrible" Fernandinho Andrade me chegou com uma expressão apocalíptica e diagnosticou: "Este fim de mundo está te fazendo mal, você precisa ouvir as mulheres, você precisa ouvir as mulheres", repetiu com o olhar beatífico, como se fosse um personagem de Nelson Rodrigues. Isto dito, me entregou, quase tremendo, um bálsamo para moribundo: dois cds da Joni Mitchell, não sem antes relatar detalhes mínimos das lendárias coxas que a musa do folk jazz dos 60 possuía então. Fiquei um tanto perplexo com a performance e olhei os títulos: uma coletânea bastante abrangente (hits) e o álbum duplo ao vivo chamado "Shadows & Light". Após deixar meu amigo embebido no auge dos hormônios descritivos, onde cada caso com cada Crosby, Still, Nash & Young foi relatado com os detalhes picantes e picarescos que lhe são peculiares, ainda o ouvi na esquina enquanto me afastava: "Presta atenção na banda! Está à altura das coxas". Diante disto, parei na rua mesmo e abri o cd como se fosse a última edição da Playboy e estava lá: Pat Metheny (guitarra) Lyle Mays (teclados) Michael Brecker (sax), Jaco Pastorious (baixo) e Don Alias (bateria) - realmente uma indecência de boa esta banda...

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Nunca fui um fã muito entusiasmado de folk bitter sweet, coisas como James Taylor, Carole King etc... Sempre tiveram meu respeito, mas uma certa distância do meu toca disco. Lembrava-me de Joni Mitchell cantando "Coyote" e fazendo dueto com Neil Young no filme despedida do The Band e era só até me cair na mão no início dos anos 80 o famoso disco feito em parceria com Charlie Mingus, onde Pastorius como de costume só faltava fazer chover em suas surpreendentes linhas de baixo.

Quando este disco foi gravado, Mingus estava paralisado em uma cadeira de rodas e aparece em várias gravações de diálogos entremeando seus clássicos e algumas músicas originais, além de Pastorious, Wayne Shorter e Herbie Hancock dando suporte. A versão de sua homenagem a Lester Young, "Goodbye Pork Pie Hat", ganhou uma bela letra e um solo de baixo inesquecível.

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Charlie Mingus (1922/1979) foi um dos maiores gênios musicais de seu tempo. Sua música transcendeu o Jazz. Sua maneira de compor, bastante peculiar, muitas vezes constava de estímulos ao improviso onde cada componente de sua banda participava com um trecho que era substituído por outro com o controle à distancia, mas preciso, de mestre Mingus. Quem ouvir "Mingus Ah Um" (1959), "Pithecanthropus Erectus" (1956) ou o fantástico "Tijuana Moods" (1957) vai entender na hora o que estou falando.

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Doidão notório, era um glutão, biriteiro e alucinado de todas as drogas possíveis. Sua autobiografia chamada "Beneath the Under Dog" é de leitura obrigatória pra todo mundo que tenha ouvidos e coração abertos. Têm de tudo um pouco, exploração de mulheres (cafetinagem brava), lembranças dos amigos, opiniões importantes e sensíveis sobre musica - uma geléia geral, assim como é a vida mesmo.

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Passei muitos anos ouvindo quase que diariamente o álbum duplo "Tijuana Moods" gravado numa balada forte em Tijuana (México) onde no meio de mulheres caras, Tequila e Marijuana baratas (não necessariamente nesta ordem) ele perpetrou uma verdadeira obra prima. O mais interessante é que os dois discos possuem as mesmas músicas em versões diferentes, onde não tem nem pior nem melhor, só ouro puro, e fica claro seu método investigativo de composição. Quando morreu, teve suas cinzas jogadas no rio Ganges na Índia por seus amigos. Uma justa homenagem a este iogue do excesso.


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Pois então, com este clima e estas lembranças, coloquei o cd da Joni Mitchell prá tocar. Para início de conversa, com uma banda desta era impossível ser ruim não é? Não tem ninguém mais ou menos, só monstro sagrado e os caras correspondem à expectativa. O que Pat Metheny, Lyle Mays, Michael Brecker, Don Alias e principalmente Jaco Pastorious fazem é uma coisa muito séria. Joni Mitchell com esse suporte mantém o clima em alta voltagem com lugar para muitos solos em composições muito inspiradas.

Segue o que tem dentro:

Disco 1
1- Introduction
2- In France they Kiss on Main Street
3- Edith and the Kingpin
4- Coyote
5- Goodbye Pork Pie Hat
6- The Dry Cleaner from Des Moines
7- Amelia
8- Pat's solo
9- Hejira

Disco 2
1- Black Crow
2- Don's Solo
3- Dream land
4- Free Man in Paris
5- Band Introduction
6- Fury sings the Blues
7- Why do fools fall in love
8- Shadows & Light
9- God must be a boogie Man
10-Woodstock

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Roberta Joan Anderson (1943) nasceu no Canadá e só começou a usar o nome que a tornou mundialmente famosa quando fez dupla com seu primeiro marido (Chuck Mitchell) e se tornou a sensação do meio folk cabeça nova iorquino para onde foi depois de seu divórcio. Musa absoluta da Woodstock generation, freqüentou os corações e mentes de ídolos da época como Crosby Stills Nash & Young e Bob Dylan (que gravou seu hit "Big Yellow Táxi"). Manteve o tom introspectivo de grande talento até meados dos anos 70 quando começou seu flerte com o Jazz que durou até este disco que estamos comentando.

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Poetiza e pintora de talento (desenhou algumas capas famosas) Joni Mitchell em sua fase posterior não me agrada tanto. Mas este ao vivo com certeza está entre aqueles de ouvir sempre.


Parece que o meu amigo conseguiu o que queria. Esta dobradinha Mitchell e Mingus é pra acabar com qualquer fundamentalismo dogmático. Se os baixos de Charlie e Jaco se foram há algum tempo, nos deixaram o fervor de sua música marcando o tempo no compasso de seus gênios. Afinal, como já foi dito por eles e por aqui: "God must be a Boggie Man!"

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Sobre Cláudio Vigo

Da safra de 62 , Claudio Vigo ganha a vida com a poesia, o jazz e o rock n roll. Paga as contas como arquiteto.
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