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Explicações do autor de livro sobre Dimebag

Por Anderson Raposo
Fonte: Blabbermouth
Postado em 14 de fevereiro de 2007

Autor de livro sobre DIMEBAG diz: A culpa é toda do assassino

Morley Seaver, da antiMUSIC, recentemente entrevistou Chris A., autor do livro "A Vulgar Display Of Power: Courage And Carnage At The Alrosa Villa", sobre o assassinato do guitarrista do PANTERA/ DAMAGEPLAN, "Dimebag" Darrell Abbott. Alguns trechos da entrevista:

O que te motivou a escrever este livro? Se entendi bem, não se trata necessariamente de uma biografia ou um tributo a Dimebag, e sim uma reconstituição histórica dos eventos que aconteceram naquela noite, procede?

Chris A: "É o detalhamento de tudo que aconteceu. Ele foi tachado de 'livro do Dimebag' ou 'livro do assassino do Dimebag', e, é claro, eu já esperava por isso. É claro que o livro fala disso, mas vai muito além. O que me fez escrevê-lo... sabe, eu me lembro quando ouvi que Dimebag havia sido assassinado, foi como um chute no peito. Me lembrei de quando John Lennon foi morto, e senti uma grande frustração. Por qual motivo alguém mata um sujeito que estava no palco tocando guitarra para entreter as pessoas? Dimebag não era arrogante, idiota ou algo assim. Ele era tido por todos como um cara muito, muito legal".

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"Nos meses seguintes fui acompanhando tudo pela mídia, e uma das primeiras coisas que me incomodou foi que outras três outras pessoas foram assassinadas e não vi mencionarem sequer o nome delas, além de não ler detalhes sobre as circunstâncias nas quais eles foram mortos. Então fiquei pensando se essas pessoas só estavam na platéia e de repente foram atingidas por balas perdidas, o que de fato aconteceu! Porque eles foram totalmente sufocados pela fama de Dimebag. E é claro que a mídia se concentrou quase que exclusivamente em Darrell e no atirador. E uma das coisas que realmente me fizeram pensar em fazer algo foi tentar entender os motivos que o levaram às vias de fato, pois o cara estava chateado pelo PANTERA ter acabado. Bem, há muitas razões para matar um monte de pessoas, mas eu não considero isso viável, mesmo se tratando de alguém que parecia sofrer de problemas mentais".

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"Eu fui bem detalhista. Achei que tudo tinha sido abordado de forma muito genérica. Quer dizer, não fazia o menor sentido. Eu tenho formação em justiça criminal, bacharelado em justiça criminal, mestrado e algumas outras graduações. Então comecei a analisar tudo de forma mais analítica e tentei me aprofundar o máximo possível. Três caras normais foram mortos e eu não sabia quais as circunstâncias que levaram a tal fatalidade, mas o motivo maior foi que eu tinha certeza de que se tratava de muito mais que simplesmente a separação do PANTERA".

"O que me impeliu a seguir em frente foi quando eu estava entrevistando Zakk Wylde em Columbus, provavelmente seis ou sete meses após o assassinato. Estávamos falando sobre Dimebag e ele estava me dizendo coisas maravilhosas sobre sua pessoa, não o guitarrista ou o Rock Star. E foi isso o que realmente me convenceu. Sabe… Eu precisava descobrir mais sobre esse cara, pois eu nunca vi o PANTERA tocando. Eu era um fã, mas não vivia e respirava apenas pela banda, embora admirasse muito quem ele era e tinha muito respeito por suas contribuições ao Heavy Metal"

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A pergunta mais feita na época foi como o atirador conseguiu passar pelos seguranças com a arma. O que você descobriu sobre isso?

Chris A.: "Muito simples. Não me considero um jornalista, sou um escritor e historiador. Então quis manter ao máximo possível a objetividade, não tinha idéias pré-concebidas nem nada, pois constatei rapidamente que tudo que sabia estava errado. O que aconteceu foi que quando Nathan Gale (o assassino), chegou ao lugar do show... a entrada no Alrosa Villa é assim: você entra por uma porta lateral; esta é a entrada principal. Aí você têm por um corredor de aproximadamente 300 metros para então virar a direita e andar mais uns 20 metros. É lá que fica a segurança. Você não consegue ver o que a segurança está fazendo do lado de fora da casa, por isto Nathan não tinha idéia do que estava acontecendo. Ele não sabia se haveriam detectores de metal, não sabia se seria revistado, não tinha a mínima idéia. Conseqüentemente, ele não passou por aquela porta. O que ele fez foi o seguinte: há um pátio com um cercado de 1,80 m, que serve de área para fumantes. Então se você está no clube, pode sair para esse pátio e ficar lá fumando. Ele pulou essa cerca e entrou pela porta do pátio, quando foi visto pelo atendente do estacionamento, que correu para avisar aos seguranças e eles correram atrás do cara. Por que eles não o detiveram? Primeiro de tudo: o cara tinha 1,80 de altura, o ingresso custava só US$8,00. Se um segurança jogasse um cara no chão e desse uma dura nele por causa de um ingresso de 8 dólares... Isso seria um problema muito sério".

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"Questão é: qual segurança, qual casa de show, qual banda pensaria por um momento que alguém poderia pular a cerca, entrar no prédio, chegar até o palco e sair atirando nas pessoas? Sabe, não faz sentido. O DAMAGEPLAN está tentando processar a casa e outras pessoas insinuaram fazer isso, fizeram críticas à segurança, sem ter certeza do que realmente aconteceu lá, e as nuances que fizeram diferença nessa história. Meu pensamento é que, se você realmente olhar para o que aconteceu, esse é um daqueles eventos extremamente raros. Eu procurei por qualquer tipo de artista que foi literalmente assassinado enquanto se apresentava no palco, e nunca encontrei nenhum. Não sei de nenhum fato antecedente a este. Depois de toda minha pesquisa, posso dizer sem receios que a culpa é somente do assassino. Tentar culpar a casa de shows, ou a banda, ou alguma terceira pessoa ou fator, é simplesmente maluquice".

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Leia a entrevista completa no rocknworld.com.


Morte de Dimebag Darrell

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