Roger, do Ultraje a Rigor, sai em defesa de vacina contra Covid e discute com seguidores
Por Igor Miranda
Postado em 16 de dezembro de 2021
Roger Moreira, vocalista e guitarrista do Ultraje a Rigor, discutiu com alguns seguidores de seu perfil no Twitter após fazer publicações em defesa à vacina contra Covid-19. O músico é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e tem fãs na plataforma que também são favoráveis ao chefe do Executivo nacional, notório por desestimular a imunização.
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A discussão sobre o tema se tornou mais evidente nas redes de Roger após o artista compartilhar um vídeo de um telejornal alemão divulgado pela jornalista Thais Garcia, do site Conexão Política.
"Em Cuxhaven, na Alemanha, uma criança de 12 anos morreu 2 dias após receber a 2ª dose da Pfizer. A autópsia confirmou que a morte foi causada pela vacina", afirma Thais na legenda da filmagem, que foi respondida pelo integrante do Ultraje a Rigor: "Essa manchete, sozinha, não significa que a vacina mata todo mundo. Significa que uma menina, entre milhões de outras, morreu e é necessário saber o motivo".
Em outro post, ele completou: "Inclusive, se a vacina matasse, teria morrido logo na primeira. Não seja burra".
As duas publicações de Roger somaram mais de 1,2 mil respostas. Vários internautas que acompanham o artista e se manifestaram naquela publicação fizeram críticas ao posicionamento do músico e à vacina contra a Covid.
Ativo no debate na plataforma, o frontman do Ultraje a Rigor respondeu a alguns usuários. Uma delas ironizou: "Mas se a Anvisa aprovar (vacinação para menores), ele leva a filha para vacinar". Ele respondeu: "Sim, levo".
Outra seguidora declarou: "A maioria dos casos que eu tive notícia, os problemas surgiram a partir da segunda dose". Moreira rebateu: "Meu, foco! 'A maioria dos casos que eu tive notícia' não é ciência, p*rra!! A enorme maioria dos casos foi bem sucedida!!".
Em resposta a outro usuário da rede que declarou "meu irmão, poderia ser só uma pessoa, ainda assim seria preocupante, 5 é um absurdo", o músico disse: "Você prefere o risco? Você queria alguma espécie de milagre, uma mágica talvez? Não existe isso. Toda substância, pode até ser comida, oferece perigo para certas pessoas. Mas nao é a regra. Nao se pode afirmar que camarão ou amendoim matem. Mas podem matar. O alerta está na bula".
Um internauta relatou ter pego "Covid extreme mode etc 20 mano". Moreira refletiu: "E daí? O que isso prova? Vacina não é mágica. Tem gente que morre de tiro usando um colete à prova de bala".
O líder do Ultraje a Rigor demonstrou concordar com um seguidor que disse: "De forma alguma, não sou contra a vacina, sou contra a obrigatoriedade, e acredito sim, que tem curado milhares, mas se existe 1% de chance de morrer ao tomar a vacina, então é justo que alguem tenha receio de tomar". O músico respondeu: "Sim, até que enfim alguém faz sentido. Eu mesmo tive medo de tomar. Mas daí a tentar provar que a vacina é ruim é muito diferente. Eu não tinha motivos para ter medo, fiz checkup, falei com médicos. E a chance não é de 1%, é muito menor e muito menor do que a de pegar a doença".
Confira mais algumas publicações relacionadas ao tema.
Em posts seguintes, Roger Moreira compartilhou conteúdos noticiosos a respeito da vacinação. Respondendo a uma manchete da agência Reuters que diz "Maioria dos casos reportados da variante Omicron nos Estados Unidos atingem os totalmente vacinados", ele declarou: "Bem, é porque a MAIORIA das pessoas está vacinada, mas elas morreram?".
Já em outra ocasião, ele rebateu um internauta que citou 130 casos de mal súbito relatados pelos bombeiros em Santa Catarina nas 24 horas anteriores à da postagem. A resposta trouxe um fragmento de uma reportagem do site NSC Total que menciona 16 mil vacinados nos últimos 7 dias, novamente defendendo que os problemas podem ter ocorrido devido a outras causas, não pelo imunizante.
Vacinação e óbitos por Covid no Brasil
De acordo com o consórcio de veículos de imprensa formado por G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e Uol, mais de 140 mil pessoas estão totalmente imunizadas no Brasil. O número corresponde a 66% da população. A dose de reforço foi aplicada em mais de 21 milhões de brasileiros, cerca de 10% da população.
[an error occurred while processing this directive]Ainda segundo o grupo de veículos de comunicação, foram registradas 227 mortes por Covid no país nas últimas 24 horas, totalizando mais de 617 mil óbitos desde o início da pandemia. A média móvel de falecimentos causados pelo vírus está em queda desde o último mês de junho, quando a vacinação acelerou no Brasil.
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