The Cure: agitando o público por mais de três horas no Rio
Resenha - Cure (HSBCArena, Rio de Janeiro, 04/04/2013)
Por Gabriel von Borell
Postado em 06 de abril de 2013
17 anos depois de sua última vinda ao Brasil, no extinto Hollywood Rock, e com alguns quilos a mais, Robert Smith, junto com seus companheiros Reeves Gabrels (guitarra), Simon Gallup (baixo), Jason Cooper (bateria) e Roger O’Donell (teclado), fez um show de altos e baixos nessa quinta-feira (4) na HSBC Arena, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. E para compensar a ausência de quase duas décadas no país, o The Cure agitou o público por mais de três horas com um setlist de 40 músicas que percorreu várias fases da carreira da banda.
A apresentação do grupo estava marcada para começar às 21h30, mas a pontualidade britânica precisou ser posta de lado já que muita gente ainda estava do lado de fora nessa faixa de horário. Então , quando cerca de 9 mil fãs estavam finalmente acomodados na HSBC Arena, Robert Smith e cia apareceram no palco às 22h02 e concentraram toda a atenção da plateia, que parecia incrédula ao encarar aquela figura tão emblemática do rock. Hoje com 53 anos, Smith ainda ostenta o visual gótico e apareceu com seus cabelos desgrenhados, maquiagem e batom carregados, calça escura e jaqueta preta com direito a lantejoulas. Tudo da forma como os fãs realmente esperavam. A voz também pouco mudou. O vocalista aguentou as três horas e vinte de show com folêgo de fazer inveja em qualquer menino de 20 anos.
A música de abertura escolhida pela banda foi a adequada "Open", do disco "Wish", de 1992. Depois o grupo emendou com "High", faixa presente no mesmo álbum. Em seguida o público continuou relativamente animado com "The End of the World", "Lovesong" e "Push". Mas foi na hora da dobradinha de "In Between Days" e "Just Like Heaven" que os fãs vibraram de verdade pela primeira vez. "From the Edge of the Deep Green Sea" deixou a temperatura do show um pouco mais fria. Porém, "Pictures of You" e "Lullaby" reacenderam a plateia, que dançou empolgada durante a última. Na sequência do repertório, "A Forest" e "Charlotte Sometimes" foram outras faixas que fizeram o público cantar e pular. Quando chegou a vez de "Friday I’m in Love" os fãs praticamente enlouqueceram e cantaram como se estivessem próximos de perder a voz. Enquanto isso, no palco, Robert Smith respondia apenas com um "obrigado", em português, vez ou outra.
Em um momento mais significativo de interação com os fãs, o cantor mencionou a volta do grupo ao Brasil depois de tanto tempo e disse que em 17 anos não ouvia o nosso idioma. A primeira parte do show do The Cure no Rio terminou, por volta de 00h20, com "The End", que não deixa va de ser apropriada para a ocasião, assim como a abertura, e que também faz parte do disco "Wish", a exemplo da sequência inicial.
Enquanto a banda tirava um breve intervalo no backstage, o público pedia seu retorno fazendo bastante barulho. E logo em seguida o The Cure voltou ao palco para executar ""Plainsong", "Prayers for Rain" e "Disintegration". Depois a banda novamente saiu de cena e retornou para um bis de, simplesmente, dez músicas. A essa altura o relógio já marcava quase 1h da manhã. "Dressing Up" abriu a última parte da apresentação e o público, demonstrando os primeiros sinais de cansaço, ficou morno.
Aí veio "The Lovecats", "The Caterpillar", "Close to Me" e "Hot Hot Hot", faixas forte o suficiente para agitar a plateia novamente. Já "Let’s Go to Bed" não manteve a empolgação dos fãs, que só voltaram a dançar e cantar com a envolvente "Why Can’t I Be You" e a clássica "Boys Don’t Cry". Para fechar a noite, pouco antes de 1h30, o The Cure tocou "10:15 Saturday Night" e "killin na Arab", que se mostrou uma escolha perfeita já que o público foi contaminado por uma vibração explosiva.
Assim terminava o show de uma banda que, dessa vez, deixou claro para os cariocas que ainda tem muita estrada pela frente. Antes de deixar o palco, Robert Smith, ironicamente, agradeceu aos fãs pela última vez e disse que voltaria a vê-los em menos de 17 anos. Que tenha sido apenas uma brincadeira e um possível reencontro do The Cure com o público brasileiro não seja tão demorado.
Setlist:
1- "Open"
2- "High"
3- "The End of the World"
4- "Love Song"
5- "Push"
6- "Inbetween Days"
7- "Just Like Heaven"
8- "From the Edge of the Deep Green Sea"
9- "Pictures of You"
10- "Lullaby"
11- "Fascination Street"
12- "Sleep When I"m Dead"
13- "Play for Today"
14- "A Forest"
15- "Bananafishbones"
16- "Shake Dog Shake"
17- "Charlotte Sometimes"
18- "The Walk"
19- "Mint Car"
20- "Friday I"m in Love"
21- "Doing the Unstuck"
22- "Trust"
23- "Want"
24- "The Hungry Ghost"
25- "Wrong Number"
26- "One Hundred Years"
27- "End"
Bis 1:
28- "Plainsong"
29- "Prayers for Rain"
30- "Disintegration"
Bis 2:
31- "Dressing Up"
32- "The Lovecats"
33- "The Caterpillar"
34- "Close to Me"
35- "Hot Hot Hot"
36- "Let"s Go to Bed"
37- "Why Can"t I Be You
38- "Boys Don"t Cry"
39- "10:15 Saturday Night"
40- "Killing an Arab"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
Brian May escolhe os três maiores solos de guitarra de todos os tempos
Camiseta oficial de Ozzy Osbourne zoa Roger Waters por fala que irritou a todos
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
A banda esquecida que Eric Clapton considera os pioneiros do heavy metal
O jovem guitarrista preferido de Stevie Ray Vaughan nos anos oitenta
David Gilmour revela quais as quatro bandas de prog rock que ele mais detesta
As melhores músicas grunge feitas por 5 bandas de hair metal, segundo a Loudwire
Tony Iommi escolhe o maior guitarrista de todos os tempos; "meu ídolo"
Líder do Metal Church conta como a nova formação da banda foi montada
Nazareth: um elogio à pertinácia
A música do Led Zeppelin que Noel Gallagher escolheu como uma das melhores de todos os tempos
A clássica música do Queen que Brian rejeitava pois pressentia a tragédia de Freddie
O cover que Bruce Dickinson confessa ter se arrependido de ter feito

O curioso motivo que leva Robert Smith a ser fã de Jimi Hendrix e David Bowie ao mesmo tempo
O ícone do thrash metal que comprou um modelo de guitarra por causa dos caras do The Cure
A música do The Cure tão depressiva que seu vocalista Robert Smith não queria cantar
A banda que Robert Smith nunca gostou: "Só falam de cerveja, futebol e quem grita mais"
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!



