A banda que abriu para o The Cure e que Robert Smith comparou a David Bowie e Rolling Stones
Por Bruce William
Postado em 21 de junho de 2025
Em 1980, o The Cure ainda era uma banda em ascensão quando organizou uma noite especial no Marquee Club, em Londres. Robert Smith e seus colegas escolheram a dedo as quatro bandas que queriam ver no mesmo palco, e entre elas estava o Joy Division. Smith já era fã: tinha ouvido "Unknown Pleasures" no programa de John Peel e ficou impressionado com a força crua das músicas.
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Na entrevista que deu ao programa Radio Urbana, em 2013, Smith não escondeu a admiração. Para ele, ver Ian Curtis e companhia ao vivo foi uma experiência intensa, digna de rivalizar com shows lendários que já tinha visto, como David Bowie e os Rolling Stones. "Eles eram tão poderosos... Foi nosso melhor show naquele ano, acho. A gente teve que se esforçar muito para fazer algo à altura do que eles fizeram", lembrou.
A apresentação aconteceu pouco antes da tragédia que encerraria a trajetória do Joy Division. Ian Curtis tirou a própria vida em maio daquele mesmo ano, o que ainda hoje faz Smith colocar o vocalista no mesmo patamar de talentos raros como Jimi Hendrix ou Kurt Cobain: artistas que aparecem muito de vez em quando e partem cedo demais.

Mesmo com o fim do Joy Division, Smith seguiu acompanhando o que os ex-integrantes fizeram depois. Em 2012, Peter Hook escreveu em sua autobiografia que o The Cure teria se vendido, mas Smith nunca deu bola para isso. Pelo contrário: continua conversando normalmente com os músicos do New Order sempre que se cruzam em festivais.
Na mesma entrevista, ele deixou claro que a admiração permanece: "Sempre adorei o New Order, acho que é uma das melhores bandas. Eles são um bom exemplo de grupo que fica melhor à medida que envelhece." Para quem já viu Bowie, Stones e tantos outros, não é pouca coisa.

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