O artista que conseguiu façanha de ser amado tanto por Roger Waters como David Gilmour
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de agosto de 2025
Durante os anos 1970, o Pink Floyd viveu uma fase de criatividade expansiva, mas também de tensões crescentes que culminariam na saída de Roger Waters no início da década seguinte. As brigas internas envolvendo poder criativo e direção artística transformaram o clima no estúdio em um campo de batalha, especialmente nas gravações de "The Wall" e "The Final Cut".
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Ainda assim, mesmo em meio a tantas divergências, Waters e David Gilmour compartilham uma admiração que resiste até hoje: a devoção pelo trabalho de Leonard Cohen. As entrevistas foram resgatadas pela Far Out.
Gilmour deixou isso claro em plena pandemia, quando participou de uma transmissão ao vivo em que apresentou versões de clássicos de Cohen, como "Marianne", "If It Be Your Will" e "So Long". Em entrevista à Rolling Stone em 2021, ele explicou que o mergulho no repertório do canadense o fez perceber algo além da poesia das letras. "Uma coisa que eu aprendi é o quão bom ele era como guitarrista. Você tende a pensar em cantautores apenas como pessoas que usam o violão para carregar suas palavras, mas Leonard era um guitarrista absolutamente brilhante em fingerstyle, algo que eu simplesmente não consigo fazer. E, claro, ele é sobre o melhor letrista que eu conheço."
Roger Waters, David Gilmour e Leonard Cohen
Já Roger Waters havia revelado sua veneração por Cohen em uma participação no programa Desert Island Discs. Na ocasião, ele destacou o papel fundamental que o artista teve em sua formação como letrista: "Leonard Cohen e Bob Dylan foram os dois homens que nos permitiram acreditar que havia uma porta aberta entre poesia e letras de música". Waters ainda elegeu "Bird on the Wire" como uma de suas canções favoritas de todos os tempos, descrevendo-a como "tão simples, tão comovente, tão brilhante".
Esse elo em comum entre os dois líderes do Pink Floyd ajuda a entender a maneira como ambos lidaram com as palavras ao longo de suas carreiras. A busca por uma profundidade poética nas letras — que se tornaria marca registrada da banda — tem raízes diretas no legado de Cohen, mestre em unir delicadeza melódica com narrativas densas e emocionais.
É curioso notar que, enquanto Gilmour enaltece a habilidade instrumental de Cohen, Waters destaca sobretudo a dimensão lírica. Em outras palavras, cada um se conecta a um aspecto diferente da obra do canadense, mas ambos reconhecem sua grandeza como artista total.
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