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Carmine Appice: "Ninguém sabe se a vacina da Covid é vacina ou algo para nos matar"

Por Igor Miranda
Postado em 08 de outubro de 2021

O baterista Carmine Appice compartilhou algumas teorias da conspiração ligadas à pandemia em recente entrevista ao Rocking with Jam Man, transcrita pelo Blabbermouth. O veterano diz que as ações de isolamento social são "políticas", acredita que "tudo foi planejado" e aponta não saber se a vacina contra a Covid é segura ou se é "algo para nos matar".

O assunto veio à tona após o entrevistador perguntar a Appice se alguma vez na vida ele pensou que algo tão insano quanto a pandemia e o lockdown aconteceria na vida dele. O baterista, então, compartilhou suas observações a respeito do momento.

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"Não. Acho que tudo isso é político. Mas não vamos entrar nisso. Foi para a eleição. Acho que tudo foi planejado. Mas enfim, não vamos entrar nisso", disse, em possível referência à eleição de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos no fim de 2020.

Em seguida, Carmine disse que não gostou de ter ficado sem fazer shows durante o período da pandemia. O músico de 74 anos disse que não, pois preferia estar na estrada.

"Eu tive que parar, mas não gostei disso. Preferia fazer shows. Costumava fazer 60 shows em um ano, mas fiz apenas quatro no ano passado. Neste ano, talvez sejam 18, se todos eles acontecerem. Ainda não sabemos. Quando fiz os shows com meu irmão (Vinny Appice), uma das datas caiu por conta da Covid", declarou.

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Apesar de ter incentivado o público a se vacinar, o baterista demonstrou ter certa dúvida com relação ao imunizante. "Espero que as próximas datas não caiam e todos se vacinem. E ninguém sabe se a vacina é realmente uma vacina ou algo para nos matar. Tive que me vacinar para viajar, mas tudo isso é uma loucura. É a coisa mais louca que vi em minha vida", afirmou.

A entrevista completa está disponível, em inglês e sem legendas, no player de vídeo a seguir.

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Como são desenvolvidas vacina contra Covid

Teorias conspiratórias à parte, cientistas de todo o mundo confirmam que a vacina contra Covid-19 é segura e passa por vários testes antes de ser disponibilizada à população em geral. Além disso, o imunizante já foi aplicado em parte da população e sua eficiência tem sido comprovada com a redução de casos da doença.

Em texto divulgado em seu site oficial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explica brevemente as etapas de desenvolvimento de vacinas no Brasil.

(A) Pesquisa básica e testes não clínicos

Nessa etapa, a partir de testes em laboratório (chamados in vitro) e com animais, o objetivo é pesquisar a segurança da vacina e sua capacidade de gerar anticorpos. Alguns testes com animais também podem ser realizados em paralelo com a próxima etapa.

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(B) Estudos clínicos

Esses estudos são realizados com seres humanos depois de obtidos dados e informações significativos na etapa anterior. O protocolo desses estudos clínicos precisa ser avaliado e aprovado pela Anvisa antes da sua execução.

Fase 1

Essa é a primeira etapa de testes em humanos para avaliar a segurança e possíveis reações indesejáveis no local da aplicação da vacina ou no organismo. Nessa fase também pode ser verificada, de forma preliminar, a imunogenicidade da vacina, ou seja, sua capacidade de gerar anticorpos contra o novo coronavírus.

Fase 2

Chegou a hora de avaliar a dose, a forma de vacinação e a capacidade de gerar anticorpos (contra o novo coronavírus) na população (faixa etária, por exemplo) que deverá ser indicada para receber a vacina. A segurança continua em análise aqui.

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Fase 3

Estamos quase lá! Os testes nessa etapa são realizados em grandes populações para avaliar a segurança e a eficácia da vacina. A vacina precisa provar que, de fato, é capaz de nos proteger da doença.

Registro

Agora é a hora da Anvisa, órgão regulador federal, entrar em ação mais uma vez! Profissionais especializados da Agência vão revisar todos os documentos técnicos e regulatórios e verificar os dados de segurança e eficácia, bem como avaliar a qualidade da vacina. O registro, concedido pela Anvisa, é o sinal verde para que a vacina seja comercializada e disponibilizada no país.

Algumas observações

- Diante da situação de emergência internacional em saúde pública, os estudos clínicos em todo o mundo têm sido desenvolvidos de forma adaptativa. Isso quer dizer que algumas das fases descritas podem ser desenvolvidas de forma simultânea para acelerar a obtenção dos resultados.

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- Vale destacar outro fator importante no desenvolvimento das vacinas: o tempo de proteção. Ou seja, mesmo que uma vacina seja declarada eficaz e venha a ser registrada e disponibilizada, os participantes vacinados precisam ser acompanhados para definição do período de proteção contra o novo coronavírus.

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Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
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