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Pink Floyd: A impressão de caça-níquel é incômoda

Resenha - Endless River - Pink Floyd

Por Vlademir Lazo
Postado em 12 de novembro de 2014

Nota: 5

Desde que foi anunciado que um novo álbum do PINK FLOYD viria à luz, a notícia surpreendeu os numerosos fãs com um misto de receio e emoção. Era a primeira vez que um disco do conjunto seria lançado em nossa época, vinte anos depois do último trabalho de estúdio, mas não da forma como todos sonhavam, com o antigo baixista e co-fundador ROGER WATERS se reunindo ao grupo (possibilidade que pairou fortemente após a marcante apresentação da formação clássica no Live 8, em 2005). O que não garantiria o grupo em sua completude, visto o falecimento de RICHARD WRIGHT, outrora responsável pelos teclados e importante uma força criativa nos seus primórdios.

Bruce Dickinson

The Endless River (2014) se revela a confirmação dos piores temores. Um disco de sobras do The Division Bell (1994), aproveitando muito material de WRIGHT descartado naquela oportunidade. Um tributo ao tecladista. Mas não seria conveniente lançá-lo como um disco solo e póstumo de WRIGHT, com a produção dos seus antigos colegas GILMOUR e MASON, ao invés de faturar com o nome do conjunto? A impressão de caça-níquel é incômoda.

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O primeiro desapontamento é quando logo percebemos que se trata de um disco quase inteiramente instrumental. PINK FLOYD sempre prezou por longas e não raro inebriantes passagens sonoras sem letras em seus discos (em alguns casos ocupando um lado inteiro de um LP), misturado com canções variadas que no todo conferiam uma grande dimensão a obra. Em The Endless River, porém, é inevitável a sensação de que, mais que uma opção estética, o caráter instrumental do disco é pela preguiça e falta de inspiração em compor faixas distintas que servissem para incrementar o álbum. Aqui mais uma vez o espectro da ausência de ROGER WATERS: há trinta anos que não se deve pensar o PINK FLOYD de nosso tempo com WATERS, contudo se o ex-baixista era a força única e predominante nas letras do grupo em seu auge, a sua ausência levou os remanescentes a recrutar outros compositores para os dois discos que se seguiram (inclusive a esposa de GILMOUR, Polly Samson) e suprir esse vazio. Em The Endless River o vácuo se encontra escancarado e sem vergonha alguma de se apresentar, como se o que valesse fosse a homenagem a WRIGHT e contando com a compreensão afetiva dos fãs do grupo. Tivessem sido superados os ressentimentos e ROGER WATERS chamado para botar letra em muitas dessas faixas possivelmente teríamos um álbum de alcance mais notável.

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Convenhamos que o já citado The Division Bell ou o anterior A momentary lapse of reason (1987), a despeito de terem crescido com o tempo e contando hoje com muitos admiradores, possuem certa irregularidade. Com momentos que se arrastam, faixas insípidas que fazem valorizar os belos momentos que as cercam, que redundam no tédio ou possibilitam um descanso na concentração, dependendo do ouvinte, que constroem uma modulação e serviam apenas como intervalo entre as canções de maior força para preencher um disco inteiro. Tempos mortos ou planos de transição. O que dizer de suas sobras? Até mesmo uma faixa ou outra que individualmente mais se destacaria, como "Sum", ganharia muito se contasse com composições mais ricas ao seu lado. Do jeito que está, as diferenças entre uma música e outra, por mais que elas existam, são bem poucas significativas, quase nulas. Música espacial que beira o som ambiente com algum exotismo aqui e ali. Mais new age que progressivo, com certas notas se dilatando com melancolia na profundidade do espaço-tempo. Da coisa toda não se extrai uma personalidade, uma identidade, um caráter diferençável – a não ser uma nuvem de melodias em que texturas e composições fazem parte e atuam mais como efeitos sonoros indiferenciáveis. Lembra certas introduções de alguns dos álbuns antigos, ou os interlúdios, como se introduções e interlúdios se prolongassem pelo disco todo sem o fazer engrenar. Desnecessário, principalmente para quem não for tão aficionado por discos instrumentais.

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Frustra ainda mais que a única faixa cantada, "Louder Than Words", justamente a que encerra o disco, seja pouco marcante. Ela seria um ponto baixo em qualquer outro disco da banda, no máximo ganhando força se do lado de composições melhores. De certa forma, há uma justiça poética indevida e por linhas tortas no lançamento desse disco. Se para muitos dos fãs mais antigos e radicais PINK FLOYD de verdade terminava em The Wall (1979), com a banda se esfacelando logo a seguir, tivemos desde então o disco solo de WATERS tocado pelo grupo (The Final Cut, 1983), o solo do GILMOUR (A momentary lapse of reason – vamos considerar The Division Bell como um esforço maior e razoavelmente bem-sucedido em criar uma obra em conjunto e com a cara da banda) e agora o de WRIGHT. Ainda que o falecido tecladista não tivesse em vida poder para tanto.

Bruce Dickinson

A pergunta que fica é se The Endless River poderá crescer com os anos, com o tempo, superando a decepção inicial? Creio que não. É bem apócrifo, não resistindo nem estimulando a muitas audições. Disco póstumo na acepção mais ampla do termo. Division Bell se saía melhor na tarefa de encerrar a discografia gloriosa do PINK FLOYD.

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