Megadeth: álbum mostra toda a genialidade de Dave Mustaine
Resenha - Thirteen - Megadeth
Por Junior Frascá
Postado em 23 de outubro de 2011
Nota: 8 ![]()
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Realmente temos que reconhecer uma coisa: Dave Mustaine é um dos maiores músicos da história do metal! O cara pode ter todos os defeitos que for, ser arrogante, convencido, encrenqueiro... Mas quando o quesito é seu talento musical (que é o que nos realmente importa), não há como não elogiar o cara. E essa nova fase do MEGADETH nos mostra toda essa genialidade de Mr. Dave.
A banda passou por alguns altos e baixos na carreira, e mesmo após um disco não tão bem recebido como "Risk", conseguiu se reerguer, atingindo seu ápice no disco "Endgame", de 2009, que agora é sucedido por este excelente "TH1RT3EN", mais um trabalho de destaque na carreira do conjunto.
E logo de cara percebemos que estamos diante de um disco menos direto que seus antecessores, com mais passagens trabalhadas e que demanda algumas audições mais apuradas para que se possa captar todas as suas qualidades.
Um dos destaques imediatos do novo lançamento é o grande entrosamento entre Mustaine e Chris Broderick nas guitarras, aliando riffs e solos com perfeição, fazendo lembrar os bons tempos em que Dave dividia as guitarras com Marty Friedman. Além disso, Shawn Drover evolui a cada lançamento, com uma pegada destruidora. Já David Ellefson é o baixista brilhante de sempre, e mostra mais uma vez o porque de ser considerado um dos melhores de todos os tempos do estilo.
"Sudden Death" abre o trabalho mostrando bastante peso e agressividade, como solos virtuosos e um riff base muito legal. Tem um refrão mais cadenciado, mas sem perder o peso. A já conhecida "Public Enemy No.1", o primeiro single do trabalho, vem na sequência, e mostra também a velha pegada clássica da banda, mesclando elementos de thrash oitentista e heavy metal tradicional, com belos solos e um grande refrão.
"Whose Life (Is It Anyways?)" também é de grande destaque, bastante rápida, e com riffs precisos e solos dobrados, no melhor estilo NWOBHM, além de um vocal distorcido de Mustaine.
Além desta, ainda merecem destaque "We the People" (com muito groove), "Never Dead" (com uma introdução lenta, que deságua em mais uma canção pesada e novamente cheia de groove), "Fast Lane" (mais cadenciada, com Shawn quebrando tudo com seus pedais duplos precisos), "Millennium of the Blind" (uma semi balada, replete de climas soturnos, lembrando até CANDLEMASS em algumas passagens), "Deadly Nightshade" (uma das melhores do disco, com riffs cavalgados e um refrão espetacular) e "13" (um épico, repleta de variações de andamento, encerrando o disco com chave de ouro).
A produção do álbum, realizada por Johnny K, também ficou boa, mas nada comparado com as produções anteriores do mago Andy Sneap, que deixava o som mais na cara.
A fase atual do MEGADETH é das melhores de sua longa trajetória, e este novo disco mostra uma banda revigorada, que tem tudo para seguir firme entre as maiores e melhores do thrash metal, sendo mais um dos grandes lançamentos deste excelente ano de 2011. Não é um disco tão marcante quanto "Endgame", mas mesmo assim não deixa de ser excelente. Portanto, compre o seu sem pensar duas vezes!
TH1RT3EN – Megadeth
(2011 – Roadrunner Records - Nacional)
Formação:
DAVE MUSTAINE - vocal, guitars
DAVID ELLEFSON - bass
CHRIS BRODERICK - guitars
SHAWN DROVER - drums
1. Sudden Death (5:09)
2. Public Enemy No. 1 (4:15)
3. Whose Life (Is It Anyways?) (3:50)
4. We the People (4:33)
5. Guns, Drugs & Money (4:19)
6. Never Dead (4:32)
7. New World Order (3:56)
8. Fast Lane (4:04)
9. Black Swan (4:10)
10. Wrecker (3:51)
11. Millennium of the Blind (4:15)
12. Deadly Nightshade (4:55)
13. 13 (5:49)
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