Black Sabbath: primeira resenha completa do álbum "13"
Resenha - 13 - Black Sabbath
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 23 de abril de 2013
Por direito adquirido, o novo álbum do BLACK SABBATH deve ser um petardo, na veia de seus clássicos discos antigos dos anos 70. Pra começar, a própria confissão de Ozzy sobre estar usando drogas em meio às gravações de "13", considerando-se que isso sempre foi um ingrediente vital na criação de obras-primas do Metal como ‘Paranoid’ [1970] e ‘Master Of Reality’ [1971] – é um bom indício.
Black Sabbath - Mais Novidades
Por SCOTT KARA do NEW ZEALAND HERALD
Mas num nível mais sério e técnico, diz Osbourne, o ponto de partida do produtor superastro RICK RUBIN foram os dois primeiros álbuns do Sabbath ['Black Sabbath' e 'Paranoid'];
"Ele foi certeiro ao nos levar de volta a nossas raízes nisso. Ele ateve-se ao básico", disse Osbourne na coletiva de imprensa da banda em Auckland, Nova Zelândia, na semana passada.
O baixista Geezer Butler concordou: "Foi como voltar àquela sensação original de se gravar ao vivo que tivemos nos três primeiros álbuns, e Rubin disse que éramos uma das poucas bandas que ainda podiam fazer isso ao vivo no estúdio. Então foi assim que fizemos."
E depois de uma audição de uma prévia especial do álbum de oito faixas e cinquenta minutos de duração antes de seu lançamento na Oceania no dia 7 de Junho, o site TimeOut pode afirmar que é pesado, bonito e assombroso como só o Sabbath pode ser.
Então aqui está, faixa por faixa…
"End Of The Beginning"
A primeira coisa que você nota – além dos gloriosos e massacrantes licks de guitarra de Tony Iommi, e o baixo chacoalha-cérebro e a bateria rompante – é aquela levada única do Sabbath. Para qualquer outra banda, soaria arrastado, mas eles de algum modo transformam isso em uma paulada de meter medo. Enquanto 'End Of The Beginning' não é nenhuma 'War Pigs', é um épico impressionante que vai do peso da bateria sentando a bota, até uma tranquilidade estranha, e daí transforma-se em uma das tenras serenatas de Ozzy.
"God Is Dead?"
O primeiro single do álbum – que, em quase nove minutos e sendo a faixa mais longa do álbum, não é exatamente material pras rádios – sai se arrastando e arrepiando dos falantes como um vagabundo. Mas daí se intensifica e logo no começo aumenta e cresce como se fosse a reviravolta numa briga. E você não tem como não rir quando Ozzy canta um verso como 'Out of the gloom, I rise up out of my tomb, into the impending doom'.
"Loner"
Basicamente, uma paulada de riff na cara, mas naquele estilo distinto, de levada perfeita do Sabbath setentista. É numa música dessas que eles acertam na mosca e não há nenhuma outra banda como essa – eis o porquê de, ao longo dos últimos 40 anos, eles tem influenciado todo mundo desde o IRON MAIDEN até o METALLICA e o NIRVANA e FOO FIGHTERS.
"Zeitgeist"
Essa balada começa meio viajandona e alienígena acompanhada por um fundo instrumental acústico com o estilo sombrio dos vocais de Ozzy a pleno vapor. Lembra a psicodelia de 'Planet Caravan', mas é mais folk do que viagem. Serve como adorável centro de reflexão no álbum.
"Age Of Reason"
É aqui que o álbum começa a engrossar, com Ozzy duelando vocalmente com a bateria pulsante e as guitarras galácticas. É um groove estampido contínuo à medida que a música escala cada vez mais fundo para um ponto de psicose. Enquanto ela chicoteia um turbilhão melódico de vez em quando, ela também lhe transporta para um lugar esmagado que bandas modernas como o Meshuggah também podem te levar. É justo dizer que é uma das mais pesadas do disco.
"Live Forever"
A música em que Ozzy compartilha sua filosofia frustrada sobre a vida, com o verso, "I don't want to live forever, but I don't want to die", o que pode fazer você rir, mas você tem que admitir que o Príncipe das Trevas vai direto ao ponto nessa aqui. Musicalmente, é uma especiaria de acompanhar batendo na coxa, e se você não tiver cuidado, você vai comprometer seu pescoço também, especialmente durante o calcinante solo de Iommi.
"Damaged Soul"
Soul music do Black Sabbath, alguém quer? Porque isso não é um blues psicodélico, ou uma balada, mas algo no meio das duas coisas, meio que como um soul heavy metal, talvez. Isso antes de entrar em território mais duro e se transformarem um blues oculto. Tudo isso e Ozzy ainda tem tempo para pensar na situação de "losing a battle between Satan and God".
"Dear Father"
Eles guardam os riffs mais devastadores, pungentes e do naipe de 'Iron Man' para o final nesse encerramento encorpado e violento de sete minutos. Tem o peso tradicional, mas tem, de certa forma, uma sonoridade moderna que pode decorrer da influência de seu novo baterista, BRAD WILK, ex-RAGE AGAINST THE MACHINE.
Osbourne disse na coletiva que ele vê "13" como uma continuação de "Sabbath Bloody Sabbath", o quinto álbum da banda, de 1973, que, segundo muitos, foi o último grande álbum da banda. E enquanto "13" se encerra com um trovejar, o barulho da chuva caindo e um sino badalando, você não tem como não pensar que o Sabbath realmente está de volta.
Outras resenhas de 13 - Black Sabbath
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Ouça "Body Down", primeira música do projeto Stanley Simmons
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
Graspop Metal Meeting terá 128 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Será mesmo que Max Cavalera está "patinando no Roots"?
Megadeth anuncia show em país onde nunca tocou
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
Os dois bateristas que George Martin dizia que Ringo Starr não conseguiria igualar
Guns N' Roses lança duas novas canções
Max Cavalera revela como "selou a paz" com Tom Araya, vocalista do Slayer
Horrorizado, Jason Newsted diz que aprendeu com o Guns N' Roses o que não quer ser na vida
O hit de Raul Seixas que é versão de Beatles e diretor vetou expressão estranha na letra


O período da carreira do Black Sabbath que Tony Iommi considera caótico e frustrante
Como "Paranoid", do Black Sabbath, impactou o guitarrista Andreas Kisser
Geezer Butler e Tony Iommi homenageiam Ozzy Osbourne, que faria 77 anos nesta quarta-feira
Cozy Powell sugeriu "Satanic Verses" como nome de álbum do Black Sabbath
Camiseta oficial de Ozzy Osbourne zoa Roger Waters por fala que irritou a todos
Tony Martin diz que foi pego de surpresa ao ser dispensado do Black Sabbath para a volta de Dio
A música do Black Sabbath que "não tinha morte o suficiente", segundo Cozy Powell
Tony Iommi escolhe o maior guitarrista de todos os tempos; "meu ídolo"
O maior frontman de todos os tempos para Ozzy Osbourne; "é Deus pra mim"
Em 2000, Ozzy Osbourne e Tony Iommi gravaram com o Wu-Tang Clan
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



