O grande álbum do Século 21 para George Martin, o "quinto Beatle"
Por Bruce William
Postado em 22 de outubro de 2024
O que faz algo se tornar relevante ao longo do tempo ou simplesmente se perder na lembrança é um mistério complexo. Nem sempre a qualidade ou o impacto imediato garantem a longevidade. A história mostra que muitas obras só foram valorizadas muito tempo depois de criadas, enquanto outras nunca atingiram seu lugar ao sol, apesar de, se analisadas de perto, possuírem qualidades que as tornam gabaritadas para a fama duradoura.
A atemporalidade de uma obra parece estar ligada a uma combinação de contexto, percepção e significado duradouro. É um conceito que filósofos e estudiosos discutem, pois depende de fatores que vão muito além do controle de quem cria ou de qualquer um envolvido, até mesmo do público e da forma como se interpreta o que é relevante, sem esquecer de como a percepção das coisas muda ao longo dos anos.
O fenômeno dos Beatles certamente está na categoria dos eventos que perdurarão para sempre na história. Responsáveis por transformar a música e a cultura popular, eles redefiniram o que significa ser uma banda, partindo do início com melodias simples até o amadurecimento, em poucos anos, com álbuns inovadores, sua influência atravessou gerações. Por trás desse sucesso, o produtor George Martin, conhecido como o "quinto Beatle", foi fundamental ao expandir os limites sonoros do grupo, ajudando a colocar nos discos as revolucionárias idéias e conceitos sofisticados que eles não tinham receio de experimentar.

E para George, um dos trabalhos dos Beatles se trata da obra-prima pela qual eles serão lembrados: "'Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band' é provavelmente o álbum mais famoso de todos", disse Martin em 1993, em fala resgatada pela Far Out. "Daqui a muitos anos, quando as pessoas perguntarem, 'Qual foi o grande álbum do século 21?', a resposta será o 'Sgt. Pepper'. Pode não ser verdade, mas certamente é o que fica na mente de todos."
"A capa tem quase tanto a ver com isso quanto a música contida nela", prossegue Martin. "A capa foi um exercício brilhante em arte gráfica. Naquela época, as capas se tornaram obras de arte por si mesmas." Esse desenvolvimento não foi trivial; a ascensão da arte de capa representou o surgimento da cultura pop como a conhecemos, onde a música era mais que som - era também sobre a estética, o simbolismo e tudo que se conecta com as ideologias modernas de identidade. O Sgt. Pepper será lembrado como o álbum definidor da época, porque capturou a essência do período como nenhum outro.
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