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Playground: Saaresto antes do Poets Of The Fall

Resenha - Playground - Playground

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Postado em 14 de junho de 2008

Aqui está um disco que poderá facilmente entrar para a lista dos melhores trabalhos que nunca viram a luz do dia. Circulando pelos repositórios de torrents pela internet afora, está essa preciosa obra do grande vocalista Marko, da banda finlandesa Poets of the Fall.

E após escutar as faixas dessa coleção, chega-se a conclusão de que Marko Saaresto deveria começar a pensar em se lançar como artista solo, uma vez que o Poets já conseguiu uma ótima estabilidade com seus três discos lançados.

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Difícil mesmo até acreditar que este disco se trata de um conjunto de demos que Marko gravou na década de 90 com sua antiga banda chamada Playground! Sinceramente, não se parecem em nada com demos, não somente pela ótima produção, estética e qualidade sonora das faixas, mas também pelo conteúdo musical arrojado delas.

E ao fazermos uma breve pesquisa pela internet, chegamos à conclusão de que essa obscura ex-banda de Marko ainda parece estar respirando, mas com outro vocal. Ou isso, ou faz muito tempo que não aparecem e ninguém por aqui ouviu mais falar deles. Mas isso não vem ao caso agora.

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Claro, não espere escutar algo na linha de trabalho que Marko vem desenvolvendo com o Poets of the Fall. O trabalho de Marko aqui no Playground é bem diferente, variando mais para o rock alternativo com diversas influências da world music. Pense como se fosse algo como uma banda com integrantes do Radiohead, do U2, REM, Tears for Fears e Pearl Jam, todos juntos em um supergrupo. É algo para dar água na boca do musicopata mais convicto, não é verdade?

"Under Currents", "I Tread the Same Ground" e "Cool Icon" talvez sejam as que mais cheguem perto do estilo pop rock consagrado do Poets, mas se distanciam pelo estilo mais pessoal de Marko e claro, pela atmosfera anos 90 que permeia a época que essas músicas foram escritas. A lírica do vocalista no entanto contém o mesmo brilhantismo, brilhantismo esse compartilhado pela sua obscura banda que trabalhou nessas gravações.

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Há muitos outros destaques; o peso soturno e a experimentação sonora em "For Sometime Now", belíssimas baladas, como "Different Light" e seu ritmo caribenho contido, a melancolia e arranjos a lá Radiohead em "Inevitable", a bela e doce melodia de "Sing Your Song for Me", todas baladas que primam pela ousadia sonora e trabalho lírico e melódico ímpares, como poucos conseguem desenvolver.

Claro, há também o peso cru e direto como nas pearljâmicas "One More Dead Rat" e na mais lenta "Amber", onde quase se pode ouvir Ed Vedder fazendo um dueto com Marko, pena que não rolou. Também com peso, mas com mais relampejos de Tears for Fears, temos "Far too Far" e seu ritmo dançante e bem trabalhado agrada e contagia.

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"Forgiveness", "Fool's Game" e "Yore" são boas faixas, com maior destaque para a última, mas nada que se sobressaia ao que o resto do álbum apresenta. Fechando o disco com chave de ouro, temos a ótima e dançante "Whisper" com sua batida funkeada e contagiante, seu refrão pearljâmico pesado e os vocais inconfundíveis e marcantes de Marko.

Um disco que infelizmente não teve o reconhecimento merecido, pois seu material é brilhante e deveria de algum modo um dia ser mais divulgado, não só pelos fãs de Marko e do Poets of the Fall, mas também por todas as pessoas que apreciam rock, metal e boa música de maneira geral. O disco, como eu disse inicialmente, não está a venda em lugar nenhum, então vá ao seu programa de downloads favorito e procure por ele, ouça e divulgue! O material é de primeira linha!

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Playground (ano desconhecido)

1. Under Currents
2. For Sometime Now
3. Different Light
4. I Tread the Same Ground
5. Forgiveness
6. Fool's Game
7. Inevitable
8. Cool Icon
9. One More Dead Rat
10. Far too Far
11. Yore
12. Amber
13. Sing Your Song for Me
14. Whisper

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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