O álbum de estreia do rock nacional que capa só é compreendida se inverter 180º
Por Gustavo Maiato
Postado em 03 de maio de 2025
Lançado em 1986, o álbum de estreia do Capital Inicial – que carrega o nome da banda – marcou uma geração e consolidou a banda como um dos pilares do rock brasileiro dos anos 1980. Em entrevista recente ao podcast Inteligência Ltda., Dinho Ouro Preto, vocalista do grupo, revisitou as histórias por trás do disco que ainda hoje é referência no cenário musical.
Gravado após três anos de estrada e palcos, o álbum reuniu composições autorais que já faziam parte do repertório da banda. Entre as faixas mais conhecidas estão "Música Urbana", "Veraneio Vascaína" e "Fátima", canções que surgiram ainda na época do Aborto Elétrico, banda seminal da qual saíram integrantes para formar o Capital Inicial e a Legião Urbana.
Capital Inicial - Mais Novidades

Produzido por Bozo Barretti — que também tocou teclados no álbum e depois integrou a banda —, o disco é um retrato direto da juventude urbana da época. "A gente era muito novo, muito cru. Mas tínhamos uma urgência, uma necessidade de dizer coisas que hoje ainda fazem sentido", contou Dinho durante a conversa.
Um dos momentos mais curiosos da entrevista foi a explicação da capa do disco, frequentemente mal compreendida. Segundo Dinho, para entender a imagem, é preciso virar o encarte de cabeça para baixo.
"A foto foi tirada no Museu do Ipiranga, em frente a um dos lagos. Quando você inverte, vê que o que parecia uma paisagem surreal na verdade é o reflexo da água misturado com musgo. A gente aparece ali, como silhuetas", disse. O conceito da capa, revelou, foi pensado para provocar estranhamento e questionamento, características que o grupo queria imprimir já no primeiro trabalho.

O repertório do disco foi testado ao vivo antes da gravação. Canções como "Leve Desespero", lado B do compacto de estreia, e "Psicopata" surgiram de shows em pequenas casas e festivais. "Era a nossa forma de entender o que funcionava", disse Dinho.
O álbum foi gravado com a formação clássica: Dinho Ouro Preto (voz), Loro Jones (guitarra e violão), Flávio Lemos (baixo) e Fê Lemos (bateria). Barretti, na época apenas colaborador, adicionou teclados que deram ao som da banda uma camada adicional, sem descaracterizar a essência crua do Capital.
Confira a entrevista completa abaixo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Show do System of a Down em São Paulo entre os maiores momentos do ano para revista inglesa
Brian May escolhe os 5 maiores bateristas e inclui um nome que poucos lembram
A música "complicada" do Pink Floyd que Nick Mason acha que ninguém dá valor
O vocalista que o Black Sabbath deveria evitar, de acordo com Ozzy Osbourne
O guitarrista que Neil Young colocou no mesmo nível de Hendrix, e citou uma música como "prova"
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
Disco do Pink Floyd atinge o topo das paradas do Reino Unido 50 anos após lançamento
A banda de rock nacional que nunca foi gigante: "Se foi grande, cadê meu Honda Civic?"
O músico que atropelou o Aerosmith no palco; "Ele acabou com a gente"
Novo boletim de saúde revela o que realmente aconteceu com Clemente
Com shows marcados no Brasil em 2026, Nazareth anuncia novo vocalista
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
A música "esquecida" do Dream Theater que fala sobre pilantragem

As 5 melhores bandas de rock de Brasília de todos os tempos, segundo Sérgio Martins
O álbum favorito do Capital Inicial de Dinho: "Elogiado e pior comercialmente"
O menos famoso acidente de Dinho Ouro Preto nos anos 80: "Machuquei bastante"


