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Quando Roberto Carlos se aproximou do Heavy Metal nos anos 80 com uma música sombria

Por Bruce William
Postado em 02 de maio de 2025

Em 1986, no auge do rock Brasil de Cazuza, Renato Russo e Legião Urbana, Roberto Carlos abriu seu disco anual com uma música chamada "Apocalipse". A intenção era claramente religiosa, como o próprio cantor explicou diversas vezes, mas o resultado final pode ser interpretado de outra forma: letra sobre o fim do mundo, tom sombrio, vocabulário bíblico e arranjo com guitarra mais pesada que o habitual. Não é heavy metal no sentido estrito — ninguém vai confundir com Metallica ou Judas Priest —, mas, para os padrões do Rei, foi o momento mais próximo dessa sonoridade.

Foto: Reprodução - Capa
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A canção foi composta em parceria com Erasmo Carlos, e exigiu pesquisa. Segundo o livro "Roberto Carlos em Detalhes" de Paulo Cesar de Araújo (Amazon), a dupla consultou a Bíblia e obras sobre as profecias de Nostradamus antes de finalizar a letra. Já era costume nos anos 80 que Roberto incluísse pelo menos uma faixa religiosa em seus discos, e ele próprio dizia: "Sempre tenho vontade de fazer canções que falem de Jesus".

A postura de Roberto de incluir ao menos uma música religiosa em cada disco incomodava parte da crítica. Jamari França e Tárik de Souza, do Jornal do Brasil, chegaram a chamá-lo de panfletário e redundante por sua insistência em temas religiosos. Irritado com as críticas, Roberto rebateu no começo de 1986: "Se eu gosto de Deus, vou continuar escrevendo canções em seu louvor, até quando eu quiser." E avisou: "Pode colocar aí que no meu próximo LP, o 28, vai ter mais uma música para o Senhor."

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Era exatamente "Apocalipse", que elevou esse compromisso. A letra abordava diretamente temas como drogas, aborto, violência urbana e moralidade. "Perto do fim do mundo / drogas num mar sem porto / a violência e o crime na aprovação do aborto", diz um trecho, conforme reproduzido no site oficial do cantor. Musicalmente, a base da canção vinha carregada, com solo de guitarra estridente e clima quase profético — destoando não só do repertório de Roberto, mas também do espírito mais libertário que guiava boa parte da música jovem na época.

Apesar de não ter sido alvo direto da crítica, a música, que ganhou até um clipe (abaixo) se destacou no disco. Fãs notaram que havia ali algo diferente — tanto na letra quanto na música. A estrutura lembrava uma espécie de hino sombrio, e o solo de guitarra destoava de tudo que se esperava num disco do Rei. Mesmo com um tom moralista, ainda assim a faixa passou a ser lembrada como uma das mais "fora da curva" da carreira do Rei.

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Em entrevistas que estão online, Roberto sempre deixou claro que sua intenção era outra: "Bem, a música fala do apocalipse, mas o verso final é, sobretudo, uma mensagem de esperança", afirmou, referindo-se aos versos: "Pra quem seguir seus passos / E o seu amor profundo / Ele virá trazendo a luz do novo mundo."

Ele também comentou o aspecto bíblico da letra: "Eu não sei exatamente como é essa questão do mundo acabar. Mas eu acho que tudo isso, realmente, se você ler a Bíblia, chega à conclusão de que isso é parte do apocalipse. Porque o apocalipse não é uma coisa que está começando agora. O apocalipse já começou há muito tempo." E concluiu: "Quando fizemos, eu e o Erasmo, fizemos questão de, no final, depois de dizer tudo, falar desse novo mundo, porque esse é o mundo esperado por todos. Logicamente é preciso que o homem se prepare para esse mundo."

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No fim das contas, "Apocalipse" é o típico caso em que intenção e percepção podem não coincidir. Roberto queria falar sobre fé, fim dos tempos e renovação espiritual. Mas, com versos sobre terremotos, crimes, julgamento e mundo novo, embalados por um instrumental incomumente pesado (para os seus padrões), acabou se aproximando — ainda que sem querer — do imaginário lírico e sonoro que o heavy metal já explorava desde os anos 70.

Baseado em post feito no instagram da HBC Rádio, "Hora de Bater Cabeça".

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Sobre Bruce William

Quando Socram chegou no Whiplash.net era tudo mato, JPA lhe entregou uma foice e disse "go ahead!". Usou vários nomes, chegou a hora do "verdadeiro". Nunca teve pretensão de se dizer jornalista, no máximo historiador do rock, já que é formado na área. Continua apaixonado por uma Fuchsbau, que fica mais linda a cada dia que passa ♥. Na foto com a Melody, que já virou estrelinha...
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