Por que John Bonham foi um gênio, segundo Mike Portnoy
Por Igor Miranda
Postado em 25 de setembro de 2020
O baterista Mike Portnoy contribuiu com um depoimento para o livro "Bonzo: 30 Rock Drummers Remember The Legendary John Bonham", que aborda a genialidade de John Bonham, do Led Zeppelin, a partir de 30 colegas de instrumento. A obra é assinada por Greg Prato e traz entrevistas com nomes do porte de Charlie Benante, Herman Rarebell, Simon Wright e Greg Bissonette, além dos saudosos Lee Kerslake e Frankie Banali, falecidos recentemente.
O trecho em que Portnoy busca explicar a genialidade de John Bonham foi compartilhado pelo site da revista "Classic Rock". A intenção é relembrar Bonzo no 40° aniversário de sua morte - ele nos deixou em 25 de setembro de 1980, aos 32 anos.
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O ex-baterista do Dream Theater diz, inicialmente, que há "muitos elementos" que transformam John Bonham em um gênio. "O primeiro é o som que ele tinha dentro dele. As pessoas perguntam quais microfones, qual bateria, quais baquetas John Bonham usava. Não acho que isso fazia diferença. Era o que estava no corpo e nas mãos dele. É o jeito que ele tocava. Ele tiraria aquele som em qualquer bateria e em qualquer ambiente. É a chave para todo grande músico", afirmou.
Em seguida, ele definiu Bonzo como uma "âncora sólida" e disse que o baterista conseguia tocar tanto de forma grandiosa, como em "When the Levee Breaks", quanto de um jeito sutil, como em "Fool in the Rain". "Havia uma combinação desses extremos. E ele tinha um grande ouvido para improvisar. Se você ouvir qualquer gravação ao vivo do Zeppelin, ele sempre tocava as músicas diferente. E isso acontecia porque eles se ouviam. Fazia parte da química", declarou.
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Mike Portnoy também destacou "Moby Dick" como "o solo essencial de bateria" e relembrou sua reação quando assistiu ao show "The Song Remains the Same", pela primeira vez, em uma biblioteca, à meia-noite de sábado para domingo. "O destaque para mim foi 'Moby Dick', é o que sempre lembro. No meio do filme-concerto, um solo de bateria de 20 minutos. Eles tocam o começo como banda, então Bonham começa o solo gigantesco. Muitas vezes, as pessoas iam ao banheiro durante solos de bateria, mas quando Bonham fazia, era cativante", disse.
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Outras músicas que trazem John Bonham em sua melhor forma, na visão de Mike Portnoy, são "Rock and Roll", "Black Dog" e "Kashmir". Por fim, ele ainda pontuou que Bonzo cantava bem, como é possível ouvir na gravação de "Bron-Y-Aur Stomp" no "Earls Count 1975". "Ele era o outro cantor do Zeppelin, já que Jimmy Page e John Paul Jones nunca cantavam, e muitos não percebem", afirmou.
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