A canção do Led Zeppelin que conquistou Phil Collins, e a decepção que veio depois
Por Bruce William
Postado em 01 de agosto de 2025
Phil Collins nunca escondeu sua admiração por John Bonham. Em diversas entrevistas, o baterista que ganhou fama no Genesis já destacou diversas vezes a influência do Zeppelin em sua formação musical. Mas há uma música específica que mexe com ele até hoje: "When the Levee Breaks". Segundo Collins, o que mais o impressiona é como Bonham conseguiu sincronizar a batida com o peso da melodia. "É provavelmente uma das melhores gravações de bateria já feitas na música pop. É só groove, som, atitude", afirmou, em fala publicada na Geo News.


O respeito era tão grande que Collins aceitou tocar com os membros remanescentes do Led Zeppelin na reunião do Live Aid em 1985. A ideia parecia promissora: reunir lendas do rock em um dos maiores eventos da história. Mas, nos bastidores, as coisas saíram do controle. Jimmy Page reclamou que Collins não sabia tocar os arranjos da banda. "Tocamos 'Whole Lotta Love' e ele estava lá, batucando sem saber nada, só sorrindo. Achei aquilo uma piada", declarou o guitarrista.
Collins, por outro lado, também não saiu satisfeito da experiência. Em sua versão dos fatos, tudo já estava comprometido antes mesmo de começar. "Se eu pudesse ter saído andando, eu teria ido embora. Foi um desastre, de verdade", desabafou. Ele ainda afirmou que Robert Plant não estava com a voz em dia e que Page "estava fora de si, babando".

A verdade é que Collins não teve tempo adequado para ensaiar, e a reunião improvisada acabou virando um momento constrangedor para todos os envolvidos. Ainda assim, a culpa pelo fracasso caiu desproporcionalmente sobre ele, como se fosse o elemento estranho no palco.
Mesmo depois da decepção, Collins nunca deixou de reconhecer a importância da banda. Sua reverência por Bonham permanece intacta, assim como o impacto de músicas como "When the Levee Breaks". O episódio do Live Aid virou uma página amarga, mas não suficiente para apagar o fascínio. Em meio à frustração e ao constrangimento, sobrou pelo menos uma certeza: quando Bonham gravou aquela bateria cavernosa nos estúdios de Headley Grange, ele não conquistou só os fãs, mas conquistou também um dos maiores bateristas da história do pop.

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