O treino que Kiko Loureiro fez após sair do palco menor do Angra para o Megadeth
Por Emanuel Seagal
Postado em 08 de dezembro de 2023
Kiko Loureiro participou do Flow Podcast, onde relembrou sua entrada no Megadeth, abordou as diferenças que notou ao tornar-se membro de uma banda deste porte e a importância do patrão Dave Mustaine para os fãs que o acompanham há tanto tempo.
Angra - Mais Novidades
"É diferente, é louco, né? Você imagina, como você, gosta do Megadeth e gosta do Angra, mas o público do Megadeth é um pouco diferente. Um público americano também, mas tem a intersecção", afirmou ao ser questionado sobre o público e a sensação de tocar em palcos onde havia passado com o Angra.
Ao longo do seu tempo com o Megadeth e as interações com o público, Kiko teve a oportunidade de ver gerações bem diferentes de fãs do grupo. "Teve um cara lá: 'Ah, comecei a ouvir Megadeth em 1985' (quando Kiko tinha apenas 13 anos), sei lá, entendeu? E aí o cara tá com o filho, esse tipo de coisa, os caras adoram o Dave, tem ele como um deus. Aí você vê essa relação, o cara muito nervoso quando tá o Dave na frente dele, e aí pra mim, o cara: 'Pô, que legal que você tá fazendo isso, desejo sorte', porque os caras já acompanham a banda faz tempo. É uma relação diferente né, no meu caso, estando na banda e ver como o Dave se comporta e como os caras se comportam na frente do Dave, é legal", disse.
Apesar do "upgrade" em termos de estrutura que Kiko Loureiro sentiu ao tocar no Megadeth, ele também teve a oportunidade de ver como trabalham bandas ainda maiores. "A gente já tocou várias vezes antes do Kiss, os caras têm (muita) coisa… depende da banda que é o headliner. Se você pega o Kiss tocando no final, os caras têm um monte de coisa, aí tem menos espaço. Aí tem toda uma negociação de quanto espaço que precisa, o espaço mínimo que se pode trabalhar. Eu meio que sei de cabeça a distância. É tipo 21 pés do microfone ao drum riser. Esse é o mínimo, porque tem uma questão de engenharia sonora. Quando começa a ficar um palco menor, é mais difícil de trabalhar o som pra ter a qualidade que você espera lá na frente. O microfone tá pegando o prato da bateria que tá logo ali, coisas desse gênero. Quanto maior o espaço, mais limpo vai ficar o som. Aliás, o grande Stanley Soares é o brasileiro que faz o som lá no Megadeth, gênio", afirmou.
O guitarrista também citou as diferenças em termos de estrutura que sentiu ao tocar com o Megadeth, capaz de contratar profissionais de altíssimo nível e consegue espaços melhores em festivais e casas de shows. "Quando você toca nos festivais, o Angra tocava, tipo vai tocar no Wacken, você toca à tarde, então você vai ter a banda principal, sei lá, o Iron Maiden, vai ter todos os trecos montados ali, cobertos com um pano. Antes do Iron Maiden vai ser uma banda grande também, que vai ter mais a bateria, tudo ali, e vai sobrando um espacinho no palco para as outras bandas, que ainda assim, nesses festivais que o palco é gigante, ainda é legal o palco, mas quando tira tudo e você entra como headliner, é muito grande a sensação, entendeu? Você começa a correr pelo palco, é longe pra chegar lá (do outro lado do palco), aí você começa a ter outro treino, que é dos timings das músicas para você chegar nos lugares. Quando você toca num bar não tem isso, você dá um passo e você tropeçou num cantor. Quando você tá assim, porque é muito maior que aqui (nesse estúdio), o final do palco tá lá na rua, e quando começar o refrão eu preciso estar lá daquele lado, porque o microfone está lá."
Clique no player abaixo para assistir o bate-papo completo.
Saída de Kiko Loureiro do Megadeth
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
Wolfgang Van Halen diz que as pessoas estão começando a levar seu trabalho a sério
A melhor música do AC/DC de todos os tempos, segundo o ator Jack Black
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Novo álbum do Violator é eleito um dos melhores discos de thrash metal de 2025 pelo Loudwire
Cinco bandas que, sem querer, deram origem a subgêneros do rock e do metal
Metal Hammer aponta "Satanized", do Ghost, como a melhor música de heavy metal de 2025
AC/DC, Maiden e festivais de R$ 3 mil: 1 em cada 4 brasileiros já se endividou por shows
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
Metal Hammer inclui banda brasileira em lista de melhores álbuns obscuros de 2025
Site de ingressos usa imagem do Lamb of God para divulgar show cristão
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
A banda que "nocauteou" Ray Manzarek, do The Doors; "Acho que era minha favorita"
Kiko Loureiro anuncia que vai ficar afastado do Megadeth
Dave Mustaine se pronuncia sobre o afastamento de Kiko Loureiro do Megadeth
Marcelo Barbosa explica se "Efeito Portnoy" pode acontecer no Angra e Kiko Loureiro voltar
Rafael Bittencourt diz que Kiko Loureiro é maior que Megadeth e apoia decisão de seu amigo
Kiko Loureiro conta como Teemu Mäntysaari foi escolhido para ser guitarrista do Megadeth
Kiko Loureiro começou a pensar em sair do Megadeth quando marcou viagem para o Brasil
Dave Mustaine diz que saída de Kiko Loureiro do Megadeth foi "agridoce"
Beatles, Led Zeppelin; Regis Tadeu explica o que é uma boyband e quem é ou não é
Aquiles Priester celebra título da Copa do Brasil conquistado pelo Corinthians
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
Angra fará novos shows de reunião? Empresário afirma que dependerá da química no Bangers
Como um telefonema permitiu a participação do Twisted Sister no Bangers Open Air
O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
Regis Tadeu coloca Deep Purple no grupo de boybands ao lado do Angra
Por que Angra escolheu Alírio Netto como vocalista, segundo Rafael Bittencourt


